# Capítulo 7 #

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    No dia seguinte, começaram os treinos para nossa preparação física.

  Eu usava um casaco cinza de fleece com zíper uma calça justa de lycra. Espiei o campus pela persiana e saí para fora.

  Meu nariz e orelhas estavam enrubecidos e roxos por conta do clima. Tudo aqui fero estava coberto por neve e gemada.

Era nosso primeiro dia de aula. E eu estava ansiosa.

  Os flocos caíam levemente sobre nossas cabeças.

  Olav estava pleno, usando roupas esportivas que acentuavam seu corpo de atleta. Assim que me viu, arqueou as sobrancelhas.
— O que é isso na sua cabeça? — foi o que falou.

— Bom dia para você também, seu grosso. Gostou do meu acessório? — eu usava uma tiara com orelhas amarelas de gatinho.

— Veio de uma festa fantasia ou quando sair daqui vai direto para um clube de striptease? — forcei um risinho que durou apenas um segundo e ele fuzilou.

  Nick Fury não costumava comparecer ao café da manhã. De dois em dois dias, era dia de inspeção.

  Marc buscava cada migalha molecular de amendoim embaixo do travesseiro, saía e entrava do nosso banheiro conferindo tudo.

  Meu abdomen contraia toda vez que ouvia os gritos dele quando algo estava fora do lugar.

— QUEEN, KENT! MENOS PAPO MAIS AÇÃO! 50 POLICHINELOS! — o professor interrompeu meus pensamentos.

***
  No intervalo, Olav sentou ao meu lado numa mesa de quatro cadeiras.
— Você na minha humilde mesa? Eu esperava uma formiga escalando o Everest de biquíni e o sol nascer gelado, mas nunca isso.

— Quer que eu ria disso? — rolou os olhos.

— Fofo!!! — apertei suas bochechas rosadas. — Vamos jogar League Of Legends quando voltarmos do café.

— Não sei se você se lembra mas hoje é o primeiro dia de preparação e quando sairmos daqui, coisas horríveis vão nos esperar.

— Não mais pior que o professor que vai nos dar aula. — Harry Allen se juntou. — Um tal de Grimes, Rick Grimes, que veio da terra seis.

— Terra seis? — repeti, Olav.

— Um universo paralelo ao nosso. — explique, segurando o garfo com força. Acabei entortando o objeto. Pousei-o na mesa, antes que os meninos vissem como sou desastrada.

— Então a teoria do multiniverso está...?

— Até que é legal viver aqui. Bem diferente da vida que eu levava em National City. Vivia às sombras da Kara mas aqui... — ponho as mãos apoiadas atrás da cabeça e os pés no colo de Harry. — me sinto em casa...

— Você já visitou Kripton? — brincava com as orelhinhas na minha cabeça quando Queen falou.

— Comprei essa orelhas numa loja geek, estava em promoção porque tinha uns pontos mal costurados... Se eu fui pra Kripton? Não... nem sei voar. E parece que planeta foi extinto.

— Isto é sério? — ele arregalou os olhos.

— Eu falei que ela era uma Kent estranha...

   Olav que não parecia estar feliz aqui. Mal tocou no purê de batata. Quem não gosta de purê de batata?

— Que cara é essa Olav? — perguntei.

— Cara de quem não quer sair daqui tão cedo. Nem acredito que vamos ter férias dentro de seis meses. Uma escola só para ladrões e criminosos.

— Parece concorrência demais para você, não é? — disse, Harry. — Você é invulnerável, JoJo?

— A tudo. Uma vez, uma bala de canhão me atingiu bem no peito. Mas eu não morri, só fui bastante zuada na escola.

— Interessante. Joga isso lixo para mim? — pediu Queen. Peguei o pacotinho e levei ao lixeiro. Dei meia volta e me deparei com... Stark. Droga.

— Oi. Pode usar, já joguei meu lixo eletrônico, Stark.  — dei meia volta quando suas palavras me pararam.

— Como conhece o meu nome? Você é a senhorita Kent, alguma relação com Clark Kent? Claro que sim. Então já deve ter ouvido histórias sobre o meu pai. — ficou curioso.

— Eu conheci o seu pai. Ele era um babaca. Você se parece com ele. Egoísta que só pensa em si mesmo. Eu sei que foi você que me colocou naquela aula de aviação, Olav me contou.

— Vou gostar de acabar com você este ano. Nós vamos. — olhou seus amigos de soslaio.

— Isso tudo é inveja da Liga da Justiça? Claro. Minha tia contou que a empresa do seu pai levou toda glória pelo trabalho que eles fizeram.

— Inveja? Inveja eu tenho do meu pai, que ainda é Playboy sem a armadura. Eu tenho pena dessa trupe do barulho, a começar pelo Barry Allen. Qual o seu super poder mesmo? Ah, velocidade. Que piada.

— Ele foi capaz de defender o que nem o grupo do seu pai conseguiu conter. Então não fale assim do tio Barry.

— Pelo menos ficaram até o fim. Não fugiram e nem fingiram que morreram como o Clark Kent, não é?

— O que queres, hein? Eu só vim trazer meu lixo.

— Quero te ver como o seu pai. Só que sem a encenação.

***

Um passarinho verde me contou que vai ter Superman no próximo capítulo...

Heroford College [EM REVISÃO] Onde histórias criam vida. Descubra agora