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Não passaram nem dois minutos que o jantar foi servido, e eles não paravam de falar, negócios, casamento e parece que agora que os Dior vão se Juntar com os Philips terão uma associação ou algo assim.

- Então Melanie?  Onde você vive mesmo? - Bernice perguntou.

- Bernice. - Christian a repreendeu. - Não precisas responder isso querida.

- Um dia eu te levo pra minha casa querida. - Foi tudo que eu disse.

- Ai me leva junto. - Bonnie sorriu.

- Claro.

- E que tal nós sairmos pra comprar roupas pra viagem? - Ideia de quem? Da simpática e boa samaritana Bonnie.

Dinheiro não tenho, pior tempo, porque agora já tenho emprego..

- Amei a ideia o que acha Melanie? - Bernice.

Isso só pode ser provocação.

- Desculpa, estarei ocupada, outro dia nós vamos. - Falei.

- E o que será mais importante do que fazer compras pra uma mulher como tu? - Bernice.

- É mesmo, eu não tenho nada agendado pra amanhã, tudo bem, compras. - Disse sem pensar.


[…]

Bernice e os pais de Bonnie já tinham ido embora, Bonnie e Will, estavam abraçados no sofá da sala enquanto eu esperava Christian chegar pra me levar.

- Podemos ir. - Christian disse.

Me levantei me despedi deles com abraços e segui Christian que me levou pra seu carro, entramos e deu partida no mesmo.

Em fracções de segundos eu já estava em casa, era típico de eu e Christian fazer uma longa viagem sem trocar uma palavra, ele dirigia, e eu olhava a estrada.

Chegamos na casa de Locasso e ele como sempre fingiu o cavalheirismo e abriu a porta pra eu descer, assim o fiz e por um deslize do salto eu quase tropecei, mas felizmente aquele ser estava ali e segurou minha cintura, ficamos a nos fitar por segundos e eu pude perceber o quão bonitos são os olhos azuis.

- Desculpa. - Disse baixo depois que ganhei estabilidade, mas nossos olhares ainda se encontravam.

- Não tens porque se desculpar. - Disse suave, uma coisa não típica dele.

Não levaram segundos pra que ele juntasse seus lábios aos meus, meus dedos passeavam na sua nuca e a mão dele levemente tocava minha cintura, nossas línguas dançavam na mesma sintonia.

Paramos o beijo devagar por falta de ar, esse beijo sim, foi melhor que o primeiro.

- Porque fizeste isso?  Não vejo ninguém aqui?  - Perguntei a olhar ao redor, de facto estava a procura dos paparazzi.

O homem não respondeu, simplesmente deu a volta e entrou no carro, vi ele a dar  partida.

Ele está estranho.

Entrei e por estranho que pareça vi Leticia na sala.

- Boa noite. - Eu disse a subir as escadas.

- Christian é seu namorado? - Olhou pra baixo.

- Mais ou menos, porque? - Perguntei.

- Fique longe dele, tu não és pra ele, Christian é meu. - Gritou aquelas palavras e eu arregalei os olhos, não obtive resposta nem acção pra aquilo.

Leticia correu e ouvi o barulho da porta a fechar.

Subi as escadas, fui ao banheiro, tirei meu vestido e sapatos, tomei um banho longo, morno e relaxante ainda a me perguntar em tudo o que aconteceu.

Deixei meus pais em Chicago e cá estou eu, numa casa e família de que estou longe de pertencer, escondo uma mentira.

E a pergunta que não quer calar, mais porque Christian me beijou?  Sendo que ninguém estava a ver.
Eu só não quero despertar sentimentos que não existem aqui, depois de Mark não quero mais nenhum homem na minha vida, descobri que nenhum homem presta, que nenhum relacionamento é pra sempre mesmo que haja amor, meus pais quase se separaram um turbilhão de vezes, me admira o porque deles estarem juntos ainda.

E o comportamento de Letícia, ainda bem que minha amiga me avisou, melhor eu tomar cuidado mesmo.

Acompanhante De Mentira #Wattys2017 [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora