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Christian me ajudou a colocar os patins e colocou os dele.

Me ajudou a levantar com cautela a ir até a pista, eu segurava os ombros dele, e ele a minha cintura, ficamos uns segundos assim até eu ganhar estabilidade.

Deixei seus ombros e ficamos de mãos dadas, deslizamos na pista, e me vi a patinar no gelo sozinha, claro que estava a morrer de medo, mas era necessário tentar.
Percebi que Christian sorria.

___ Não não não. ___ Gritei quando vi que estava a poucos metros da parede. ___ Alguém para isso porfavor.


[…]

Narração feita por Christian

___ Melanie cuidado. ___ Gritei mais foi em vão pois ela já estava no chão inconsciente.

Os paramédicos colocaram ela na maca e levaram-na pra enfermaria que tem no Rockefeller center, segui-os mas não me deixaram entrar.

Fiquei num banco a contar os minutos que eles iam sair dali, pensei em ligar pra Locasso mas achei melhor não, não quero que mais pessoas fiquem preocupadas como eu estou.

Dava passos largos no pequeno corredor.

___ Ela já acordou. ___ Ouvi alguém falar, e me virei não falei nada, só entrei naquela sala a correr.

____ Ainda bem, que você acordou Mel, quer dizer, Melanie. ___ Já estava sentado na cadeira ao lado da maca.

___ Quem é Mel?  Quem és tu? ___ Ela disse confusa a olhar pra os lados a se sentar.

___ Como assim quem sou?  Melanie, tu não podes ter perdido a memória, eu sou seu namorado Melanie, quer dizer a fingir, mas somos, Melanie que burro eu fui em deixar-te patinar sozinha, me perdoa. ___ Eu cuspia as palavras eufórico  mas fui interrompido pelas gargalhadas que eu ouvi.
Me virei e era Melanie a rir.

___ Era só uma brincadeira, eu estou inteira com toda informação na cabeça necessária. ___ Ela ria cada vez mais alto e eu me controlei bastante pra não matar aquela mulher.

___ Nunca mais faça isso de novo. ___ Levantei e fui em direcção a porta, soquei ela várias vezes.

___ Desculpa. ___ Disse baixo.

___ Tá, vamos.


[…]

Eu conduzia muito rápido nas estradas de Manhattan, ainda estava furioso com a Melanie, pois eu não gostei dela ter me visto daquela forma.

Parei o carro perto da Times square.

___ Pensei que a ideia era ir pra casa. ___ Melanie disse.

___ Eu ainda não terminei de mostrar-te. ___ Sorri, pois era quase impossível ficar zangado perto daquela mulher.

Ei controla as emoções homem.

___ Mas eu quero ir pra casa. ___ Disse, mas eu já havia descido do carro pra abrir a porta pra ela descer.

___ Depois nós vamos. ___ Eu disse a espera na porta do lado dela pra ela sair, mas isso não aconteceu.

___ Me sinto na obrigação de fazer isso. ___ Digo e a tiro do carro a força, claro que com a barriga dela no meu ombro, tranquei o carro e andei com ela naquela posição.

___ Christian para. ___ Falava com a respiração cortada de tanto rir.

Parei depois de andar uns metros com ela.

___ Olha aquele boneco de pelúcia, a Kim vai amar. ___ Corria como uma criança pra uma loja que vendem coisas infantis.

Segui-a e só parou dentro da loja.


[…]

Já tínhamos parado pra comer, pra ver alguns concertinhos que sempre há lá.

Paramos onde tinha um mimo.

Ele dirigiu-se a Melanie, fez gesto de amor pra ela e fez surgir uma rosa vermelha a ofereceu e ela sorriu, virou-se pra mim e ficou com um semblante nervoso, fez passes pra frente e pra trás como se quisesse começar uma luta comigo e fez-se de morto.


[…]

___ Eu acho que o jantar fica marcado pra outro dia. ___ Disse assim que paramos no portão da casa dela.

___ Claro. ___ Roubei um selinho.

Têm coisas na vida que são espontâneas e nem o Homem controla, têm coisas que são feitas sem mesmo que o nosso consciente permita.
Essas coisas vêm do coração.

Me perguntei o porquê desse beijo... A única resposta que obtive foi essa.

Acompanhante De Mentira #Wattys2017 [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora