"A pior coisa do mundo é quando alguém faz você se sentir especial, feliz e única, e de repente, te deixa de lado, e foi nesta cena em que aprendi que pessoas que amamos também vão embora "
4 parte
Era véspera de ano novo, e eu estava feliz, e de volta a Rothenburg a cidade já estava erguida por completo não contei mas ela foi vitima dos bombardeios da 2° Guerra, o dia estava indo bem, estava ansiosa pela chegada do novo ano, mas naquele dia acabei passando mal não sabia o porque, fiquei internada durante tempo de mais para não lembrar, talvez 3 a 4 dias, não faço ideia, eu também tinha perdido a virada, os fogos e toda a festa de ano novo, os médicos não me contaram, Nicholas andou um pouco inquieto, eu não sub de nada no momento, fiquei em duvida se era algo sério, ou bobo o suficiente para não me importar.
Depois que ganhei alta, Nicholas me levou pra casa, e me contou o que estava acontecendo, estava doente mas podia não ser tão grave, porém, o tratamento era alto para as nossas condições, fiquei surpresa e desanimada com tudo aquilo, as coisas começaram a ficar cada vez mais difícil eu sentia dor com muita frequência, eu estava doente e por mais difícil que fosse tentava me manter positiva, no mês de abril fui internada mais uma vez, achei ser porque havia tido uma recaída, mas foi ai que descobri que também estava gravida, foi um impacto, embora eu não estivesse em condição me surgiu uma força na qual me fazia se sentir leve, mas Nicholas não estava tão contente, já que por mais que seja uma dadiva acabara de chegar em um momento delicado, Nicholas sumiu por alguns meses sem dizer novamente, não me disse para onde e nem o porque, simplesmente se foi, fiquei triste por ter sido deixada naquela situação, fui ao médico para meu primeiro exame de rotina, foi quando soube que e além de tudo ainda tinha Endometriose, era um risco para mim e para o bebê, naquele tempo a medicina ainda não estava tão avançada, o médico me deu as opções, e novamente o tratamento era absurdo e os medicamentos caros de mais para que eu pudesse bancar, e a outra saída eu não poderia aceitar, embora fosse o melhor para minha saúde, carregar um ser em minhas condições era um risco, mas decidir que iria até o fim, mesmo que sozinha, foi uma época difícil estava com quase 9 semanas de gravidez embora minha barriga fosse bem pequena já notava-se a diferença, havia um bom tempo que Nicholas tinha partido, algumas noites eram difícil então eu ainda chorava, pensei em desistir algumas vezes, eu não entendia o motivo dele ter nos abandonado.
Era final de junho, as dores e enjoou estavam cada vez mais frequentes, me sentia fraca durante quase todo tempo, mas nunca me deixei abalar, porque a final das contas eu sempre estive sozinha, o relógio indicava as 22hrs, foi quando ouvir alguém batendo em minha porta, era tarde de mais para ser um entregador e também não esperava ninguém aquela hora da noite, desci as escadas do meu quarto lentamente me espantei ao vê Nicholas na porta de casa, envolvi meu corpo com o robe, estava chateada aquele momento que não consegui expressar qualquer felicidade em vê-lo, talvez fosse meus hormônios ou a raiva, fiquei em distância por um tempo antes de abrir a porta, estava tentando raciocinar, suspirei e abri a porta, ele estava cabisbaixo com uma expressão de alivio talvez e ao mesmo tempo preocupado.
---Oi Scar... me desculpa pelo horário mas será que podemos conversar? ~foi um tom deprimente, mas eu não estava afim de escutar nem de dizer nada.
--- Me desculpa pelo horário? ~usei a ironia~ Nick... eu ... não quero conversar, você chega assim a noite como se não tivesse fugido de mim ou me abandonado por meses...
--- Mas eu posso explicar.
---Explicar o porque não ficou feliz, ou porque não queria ter esta responsabilidade?; ou por não ter me dado um simples apoio, olha, eu não quero conversar, e aposto que você não tem nada plausível o suficiente para me falar, então vai pra casa e descansa, eu preciso fazer o mesmo.
~aquelas foram minhas ultimas palavras antes de fechar a porta e subir com um nó na garganta de volta para meu quarto, olhei da janela e ele estava ainda lá, em pé, totalmente imóvel, ele segurava um pacote médio, envolvido em um papel cor de madeira e uma fita , antes de partir ele se abaixou e depositou no canto da porta, por hora sentia vontade de voltar lá e abrir a porta e deixa-lo entrar, mas também não queria ouvir desculpas, por que não havia desculpas para isso. Quando vi ele se distanciando aos poucos sentir um vazio ou um peso, foi nessa intervalo de tempo que uma lembrança profunda tomou conta de mim, de como tinha sido difícil a minha infância.
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A vida de Scarlett cooper
Romansa"Dizem por aí que o coração é apenas uma caixinha de surpresa, e que por algum motivo a razão não entendi. Pode ser verdade, ou talvez não, muitas vezes deixamos envolver por impulsos insensatos da paixão"