Capítulo Quatro: Mirella

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Casada .

Essa era exatamente a palavra que me descrevia o meu estado civil. Eu sou casada a 15 anos com o sétimo milionário mais rico de Itália, para ser mais especifica, em Veneza.

Bem,acho que ainda não nos apresentamos. Então que comecem as apresentações. Meu nome é Mirella e vou contar minha história para vocês.

Há alguns anos atrás,para ser mais específica quando tinha por volta dos meus dezassete anos, em uma de minhas curtições e idas frequentes ao club , conheci Giancarlo D'Angelo. E foi amor a primeira vista (se é que assim posso dizer) nos primeiros dias, achei que era paranóias da minha cabeça e continuei com a minha vida de diversões e festas infinitas. Mas havia um problema,tudo havia perdido a graça. As coisas não eram mais as mesmas; As festas tinham se tornado chatas,as discotecas pareciam tão sem graça e piada alguma,até o Club era tão insignificante. E tudo isso porquê?

Por que a todo momento eu queria estar com o belo homem moreno de olhos azuis e não saía de jeito nenhum dos meus pensamentos e estava a toda hora em cada acto meu. O que eu fiz para mudar a situação? Bem,não precisei de fazer nada.

Como os bregas dizem, o destino nos uniu de uma forma tão indescritível. Como estava ansiosa para rever o meu crush, passava o todo santo dia no club,na esperança de vê-lo mas nunca o via. Então em um dia qualquer, esbarramos na rua e daí já podemos imaginar: trocas de olhares,sorrisos, batidas frenéticas do coração, as estúpidas borboletas no estômago. Trocamos os números, combinamos o nosso primeiro encontro. E foi tão lindo e até romântico. Daí nós começamos a sair e depois de uma semana chegou um pedido de namoro e um mês depois de muito carinho e paixão, eu já me sentia pronta para ir além dos beijos; fizemos amor pela primeira vez e daí entre as várias entregas e eu engravidei. Muito ao contrário dessas mocinhas bobas que existem por aí, não fiquei assustada e nem nada. Apenas pensei que era muito cedo para que me tornasse mãe.

Não fiquei amedrontada de contar a minha família do meu estado, não fiquei com receio de ser expulsa. Como era de se esperar, uma atitude correta; Giancarlo e eu casamos, como minha família era rica, eles não se importaram em casar uma filha já grávida. Quer dizer, a única filha.

Nove meses de pouco carinho, Giancarlo sempre ocupado com qual reunião idiota e a grávida mais isolada de todas. Dei a luz a uma menina. Uma menina! Morena de olhos azuis . Fiquei tão irritada quando vi que coloquei uma menina no mundo! Eu desejava um menino! Quem sabe se não fosse um menino, eu não chamaria toda atenção daquele o que eu considerava marido. Quem sabe, se não fosse um menino, Giancarlo seria mais atento a mim e ao nosso filho. Nos primeiros meses de vida de Giuliana, foram tão irritantes e cansativos. A menina berrava noite e dia, queria sugar o meu seio a toda hora, não me deixava dormir e nem curtir a vida. Giancarlo ficava conosco e tentava cuidar da criança. Como eu nunca tive paciência nenhuma para aquela pirralha, contratei uma babá. 

E assim quase dez anos se passaram, Giancarlo tentava cuidar da filha o mínimo que podia; Claro, evitava participar o mínimo possível das reuniões escolares, aparecia menos em casa. Nós quase nem nos víamos direito. Por semana, acho eu que nos víamos umas duas ou três vezes.

E foi assim mesmo que nos distanciamos. Porém uma noite tudo mudou. Se a memória não me falha, antes do nascimento de Grazie. Óbvio. Certo dia, eu e o meu único amigo bebemos tanto mais tanto que até chegamos a ter relações.

Culpa da bebida. Porque eu nunca senti nenhuma atração por ele, sempre o vi como um amigo-irmão que eu nunca tive. Voltando ao assunto,nessa mesma noite voltei embriagada para casa e numa das tentativas de Giancarlo _ numa reconciliação _ sobre o efeito do álcool cedi aos encantos do meu marido. E nessa mesma noite, fomos para cama.

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