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|Sila|

-Mãe, eu vou pro Porto não vou para a China. – eu revirei os olhos enquanto a minha mãe me abraçava.

-Para mim é como se fosse. – ela disse sem me largar.

-Podes ir visitar-nos quando quiseres. – eu disse agora afastando-me um pouco da minha mãe.

-Diz isso ao teu pai, ele nunca quer sair. – ela bufa olhando de lado para o meu pai e tanto eu como o meu pai nos olhamos e rimos.

-Elas vem cá tantas vezes qual é a necessidade de irmos ao porto? – meu pai perguntou revirando os olhos.

-Tu não percebes! – a minha mãe suspirou e revirou os olhos. – Filipe por amor de Deus põe juízo na cabeça desta rapariga.

-Mãe porfavor! – eu olhei seriamente para ela. – ele tem ainda menos juízo do que eu.

-Não me parece. – ela respondeu.

-Não parece mas é! – eu disse e olhei para o Filipe que me fez uma cara de mau.

-Eu tenho juízo, mais do que o que tu pensas. -Filipe disse.

-Lembra-te sempre da conversa que tivemos os dois naquele jardim. – O meu pai disse sério para o Filipe e apontou para o jardim nas traseiras da casa.

Filipe apenas assentiu rapidamente com a cabeça, não sei qual foi a conversa que eles tiveram mas o meu pai deve ter assustado bastante o rapaz o que se torna engraçado porque o meu pai é incapaz de fazer mal a uma mosca e sempre se dá bem com qualquer pessoa.

Olhei para o meu pai e este piscou-me o olho.

Ouvi o barulho de um carro parar á porta de casa e logo me virei vendo Ricardo Horta, ele é o melhor amigo da Soraia e também um grande amigo da família, quando éramos mais novos fazíamos jantares entre as duas famílias e várias viagens juntos, eu sempre me dei melhor com o André mas as coisas mudaram.

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