Bom como no meu tempo tudo tinha sua hora e momento certo, eu e Derlan ainda não tínhamos nos beijado. Apenas trocamos cartinhas ou andávamos de mãos dadas.
Uma vez ele me deu uma cartinha tão bonitinha, cheia de coraçõezinhos sem dúvida alguma levei para minha casa. Se estivesse no quarto estava com ela, na sala ou em qualquer lugar.
Até que um dia esqueci a cartinha no armário, minha mãe achou e eu levei uma surra daquelas. Mas o que doeu mais foi que ela rasgou minha cartinha, fiquei muito magoada e contei a Derlan. Ele pegou minha mão e disse.
— Não fica triste, te escrevo outra. — ele disse carinhoso.
Então ele foi chegando mais perto, eu podia sentir sua respiração. Me deu vontade de correr novamente, mas quando percebi seus lábios já encostavam nos meus.
No momento foi como levitar, foi um selinho mas foi muito bom. Pena que nos atrapalharam, o Nédio começou a cantar:
— Tá namorando, tá namorando... — Derlan me puxou e saímos dali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Sonhos que Me Restaram
Non-FictionToda menina tem um sonho. O meu era simplesmente ser normal e feliz. Mas a partir da minha adolescência conheci o verdadeiro inferno. ______ Baseado em fatos reais ©2017