A perseguição.

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Aquele maldito homem começou me perseguir onde eu ia. Na igreja, na escola lá estava ele. Por mais que eu fugisse dele ele sempre estava atrás de mim.

Um dia eu estava em frente a minha casa sozinha, alguém bateu lá na frente. Imaginei ser alguém dá vizinhança, eles sempre iam ver como estávamos.

Mas lá estava ele montado em uma maldita bicicleta, me chamou de amor fiquei assustada mas fui até ele. Então ele me falou que queria me encontrar num lugar mais tranquilo.

Dei dois passos para trás e perguntei:

— Para, para quê? — então ele pulou da bicicleta e agarrou meus braços.

— Você sabe para que.

— Eu não sei.

Então ele enfiou uma das mãos em meus peitos e apertou com força, me deu vontade de chorar. Eu queria sair correndo, ele me deu nojo.

— Me solta! — eu gritei.

— Eu sei que você gosta! — ele disse com uma voz demoníaca.

— Gosta do quê? — eu não sabia do que aquele monstro estava falando.

Nesse momento chegou a vizinha, ele me soltou e na maior cara de pau disse que estava a procura do meu  pai. A vizinha me perguntou se era verdade.

Eu estava em estado de choque, tive vontade de falar a verdade mas senti vergonha, medo daquele homem. Respondi sim, respondi que era verdade.

A vizinha se afastou e ele falou bem baixinho:

— Te espero amanhã naquele rio sozinha, não conte para ninguém.

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Sempre que acontece esse tipo de abordagem, há uma perseguição e logo após o ataque, e a chantagem. Preste atenção em suas filhas adolescentes. E filhos adolescentes também.

Os Sonhos que Me Restaram Onde histórias criam vida. Descubra agora