II.

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Anne.
Capítulo sem revisão.

Minha cabeça dói.Tento me levantar mas meu corpo não permite, estou fraca.
O lugar em que estou é abafado e escuro, tem um certo cheiro de mofo.Não consigo enxergar nada.
-Olá?- me levanto da "cama".Começo a caminhar colocando os braços na frente, preciso tocar para ter noção de onde pisar.
Sinto o que parece ser uma grade.Porém, foi tarde, pois eu já bati com tudo na grade e caí no chão.
-Aii- toco minha testa.O líquido escorre por minha testa...
Sangue.
O que eu vou fazer?
Estou nesge lugar que parece ser uma cela!
O que estou fazendo aqui?
Socorro!
-SOCORRO!- grito.-Tem alguém aí?- começo a me desesperar.
-Ninguém ouvirá seus gritos- alguém com a voz assustadora fala.-Ratinha- escuto seus passos ao se aproximar.Tento me afastar ao máximo.
-Quem é você?- tento enxergá-lo.
-O seu pior pesadelo- debocha.-Bem-vinda a minha casa.E a sua também, pelo menos...Até eu não matar você- sua mão passeia pela grade.
-O-o que você quer comigo?- começo a chorar.
-Bem...Não sei- para de se mexer.-Deposi eu decido se irei te matar e torturar depois, ou torturar e matar depois.
Socorro!
-P-por que você está fazendo isso comigo?- soluço.
-Eu sou um assassino- lambe a grade.-E é isso que eu faço.
-O-o quê?P-por que?- tremo.-O que eu te fiz?
-Você é a minha vítima- bate com total brutalidade na grade.-Eu faço o que eu quiser!
-M-mas...- me encolho.
-Acostume-se - faz um som agudo na grade.Algo como uma faca batendo contra ela.-Pelo menos até eu decidir matá-la.
-Por favor!- me levanto e corro em direção a grade.-Me deixe ir!Por favor!Por favor!- choro desesperada.-Eu não conto nada a ninguém!Eu juro!- balanço a grade.
-Ah não...- sinto seu hálito.-Não  tem graça se eu não te matar.
-Por favor...- caio no chão soluçando.-Me deixe ir...
-Você é fraca- fala frio.-E eu odeio pessoas fracas- abre o que parece ser uma porta e sai.
Eu quero sair daqui!Eu tenho que ir para casa!Para a minha barraca.
Preciso dar um jeito de fugir...Estou com medo desse cara.
O que ele quer fazer comigo?Por que me sequestou?O que eu fiz?
Tenho que fugir!Eu vou fugir.

                        {···}
Não sei quanto tempo se passou até agora.Só sei que estou com fome, e com frio, e com muito medo dele voltar.
Ele vai me matar quando voltar.Tenho certeza.E é esta certeza que me assusta ainda mais.
Somos só eu e a escuridão.Já escutei barulhos de ratos, por isso estou deitada nesta cama suja e fedorenta.
Quero que ele volte.Mas não quero que ele me mate.Quero fugir sem ter de vê-lo.Se sua voz já me causa pesadelos, imagine seu rosto.
Tento dormir.Quero dormir e acordar em minha pequena barraca.Sentir o calor do meu cobertor, o silêncio da noite.Se tudo for um sonho, e eu quero que seja, vou escrever um livro sobre quão complexo isto está sendo.
-Vou fugir- sussurro.-Preciso fugir- e choro.Porque sei que ele irá voltar.E não quero estar acordada para sentí-lo me matar.
Acordo com meu estômago roncando.Levanto com dificuldade, e vejo um prato colocado no chão.Corro até ele e devoro aqueles pães duros e água suja.
-Que nojo- sinto ânsia.-Preciso me conter.Quem sabe esta não é minha última refeição, se for, preciso aproveitá-la- volto a me deitar.
Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer comigo.Agora olhe para mim, prisioneira de um assassino assustadoramente perigoso prestes a me matar.
Mãe.Pai.
Conseguem me ouvir...?Quem sabe não nos encontremos em breve...
Meu corpo está amolecendo.O que está acontecendo comigo?Minha visão está ficando embaçada.
Estou fraca.
Não consigo me mexer.
A porta é aberta.A cela também.Sua máscara torna a sala ainda mais escura.
Ele está aqui.A centímetros de mim.
-Bons sonhos- pega uma mecha do meu cabelo.-Ratinha- sussurra.
Tudo escurece.

Está frio.
Isto está me congelando.

Desperto do que pareceram der horas.Mais uma vez estou no chão, só que de um lugar diferente desta vez.
Parece ser uma sala.Todavia, uma sala bem obscura e cheia de objetos aterrorizantes.
Observo o local, e não o encontro.Aproveito a oportunidade e tento encontrar uma porta, mas tudo indica para paredes e lugares estranhos.
Ah não!Tenho que sair daqui.
Ele não pode voltar!Tenho que aproveitar a oportunidade e...
-Procurando por isto?- ele se posiciona em frente a uma porta.

-Procurando por isto?- ele se posiciona em frente a uma porta

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Sua roupa está toda ensanguentada.Ele segura uma faca em uma das mãos.
-Ah?- olha para a suas roupas.-Fui trabalhar- caminha até mim e vou caminhando para trás.
-F-fique longe de mim!- tento abrir uma das portas.Mas a tentativa é falha.
-Calma, Ratinha- encosta o peito no meu.Seu rosto está a centímetros de distância.-Estamos apenas começando- lambe a faca.E eu gemo de terror.
-P-por favor!- tento olhar em seus olhos.-Me deixe ir embora!Por favor!- imploro.
-PARA COM ESSA MERDA DE "POR FAVOR "!-dá soco na parede.
Alguém me ajude!A próxima serei eu...!
Os meus soluços e o seus suspiros ofegantes preenchem a sala.Ele me encurrala e diz:
-Você irá fazer o que mandar- se afasta.-Entendido?- assinto.
-ENTENDIDO?- fala mais alto.
-S-sim...Sim!- caio sentada no chão.Coloco as cabeça entre o joelhos e tento esconder minhas lágrimas.
Estou perdida.
-Comece limpando a casa- vai até o quarto e se tranca lá.
-Ele nem ao menos me disse onde ficam as coisas...- limpo meu nariz.
Começo uma patrulha pela "casa".Encontro coisas de todos os tipos, a maioria macabras.Me pergunto se ele pretende usar em mim.
-Onde estão?- contínuo chorando.Procuro em alguns armários.-Onde estão??!!- choro ainda mais.-Aonde estão??- soluço.
Depois de muita luta, consegui limpar parte da casa.Quase vomitei quando vi sangue por toda parte.
-Finalmente...- me sento no chão.O mascarado aparece mais limpo.
-Fez o que eu mandei?- cruza os braços.
-F-fiz- olho para o chão.
-Ótimo- sorri diabólico.-Ratinha.
-P-por que você me chama desse jeito?- bufo.-Meu nome é An...
-Eu já sei seu nome- senta em uma poltrona.-Bem marrentinha você, não?
Fico calada por alguns minutos.O mascarado começa a assistir uns filmes de terror, tento ao máximo fechar os olhos.Jamais gostei de filmes de terror, mas nem tão perturbadores como estes que ele está assistindo.
-Por que você não senta ao meu lado?- seus olhos ficam vidrados na televisão.Então de repente...
Seu rosto vira para mim.

Transformando A Assassina - [ Jeff The Killer]Onde histórias criam vida. Descubra agora