Desafios - A Sede Por Sangue Continua. (pausada\em revisão)

Capítulo 1

Na escola

Quando eu chego à escola no meu primeiro dia de aula não conheço ninguém então me sento numa cadeira do fundo no canto da sala, é o ultimo ano do ensino médio, apesar de nunca me importar com os estudos eu sempre tiro notas boas.

Simplesmente não me importo em viver, um dia irei livrar o mundo e todo mundo da minha existência, da minha vida inútil. Um dia irei acabar com tudo isso. Mas, só depois de fazer meu desafio. Amo desafios apenas eles deixam minha vida menos entediante.

Estou pensando em como seria a morte perfeita quando sou interrompida pelo professor de filosofia, ele chega se apresentando, seu nome é James, um homem que aparenta ter uns 35 anos, para sua idade é bem-aparentado.

"peço-lhes que se apresentem para nos conhecermos melhor, após isso começaremos a aula."

Todos se apresentam, quando chega minha vez fico com tanta vergonha que coro, enquanto apresento-me o professor me olha de um jeito como se já soubesse tudo que eu dissera. Umas meninas patricinhas ficam me olhando dos pés a cabeça como se eu fosse louca, quando termino e passo por elas, uma diz "essa garota só quer chamar atenção".

"bem como todos já se apresentaram, vamos começar a aula, hoje falaremos sobre vida" – diz o professor com certo entusiasmo. Eu mereço não tinha outro assunto?

Ele faz seus próprios argumentos e de alguns filósofos conhecidos, quando de repente para de falar e olha para mim.

"você mocinha! Para você qual é o motivo de estar viva?"

"como diz Humberto Gessinger 'Estamos vivos sem motivos,
Que motivos temos pra está? ', a vida é sem sentido, antes não existir do que provar da dor de viver nesse mundo violento, frio e sem amor. Melhor morrer pra não perder nenhum minuto nesta terra de monstros, onde tiram a vida de pessoas por diversão ou por qualquer motivo desconhecido, é melhor livrar o mundo e todo mundo da pessoa que é você." – termino de falar sentindo os olhos molhados e uma lagrima ameaça cair, mas resisto, aquela lembrança de meus pais voltam com intensidade.

Todos na sala ficam em silencio, incluindo o professor, ele me olha pensativo, depois de longos 3 minutos e meio ele volta a dar aula, e no final disse que estávamos liberados para o intervalo, mas que queria que eu ficasse na sala.

Todos saem e eu fico.

"o que eu fiz professor?" – pergunto para quebrar aquele silencio sinistro.

"conheci teus pais, eles eram pessoas incríveis, espero que possamos ser amigos" – aquelas palavras doeram mais do que qualquer pessoa possa imaginar.

Saí da sala de aula com os pensamentos a mil, não consegui nem merendar, só passava na minha mente a cena daquele homem matando minha mãe, meu pai...

Toca a campainha de encerramento da aula... Que alívio...

Estou saindo do estacionamento da escola quando vejo uma garota com os cabelos castanhos sendo bagunçada pelo vento, ela tinha olhos cor de mel e traços estranhamente parecidos com os meus, enfim vejo que ela perde o ônibus e ofereço uma carona até a casa dela. Pelo caminho fomos conversando e vimos que temos muitas coisas em comum, inclusive a preferência por legião urbana e engenheiros do Hawaii. Ela tem a mesma idade que eu e se interessa pelas mesmas coisas.

"então seu nome é só Kate?" - Pergunta a garota pensativa.

"não, me chamo Kateriny, mas prefiro Kate."

"ata... Essa é minha casa pode parar ai, por favor."

"olha, eu moro a dois quarteirões daqui, se quiser podemos ir juntas a escola, eu te levo" – digo num tom um tanto animado, pelo fato de que eu estou supostamente começando uma nova amizade.

"não quero forçar a barra" – a garota diz corando de vergonha com a proposta.

"vai ser um prazer, te pego as oito, tchau."

Chego à minha casa animada e digo para meus tios que fiz uma nova amiga.

"sim tia ela parece legal, o nome dela é Alyssa..." – explico como ela é, e minha tia fica um pouco incomodada quando falo as características dela.

"toma cuidado com as amizades que você faz... Hã... Porque elas... Elas podem ser más pessoas."