Capítulo 3

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A descoberta

Kate

Pego lyss na casa dela, olho para ela e vejo apenas duas diferenças físicas em nós meus olhos são azuis e eu pintei meu cabelo de azul.

Vamos conversando a viajem toda até a escola, ela pediu transferência para minha sala para podermos passar mais tempos juntas, visto que eu sou sua única amiga. Algo recíproco.

Quando acaba a aula levo lyss para minha casa para ela passar o fim de semana comigo. Apresento-a para meus tios e eles a tratam da melhor forma possível, só minha tia que parece um pouco incomoda com algo que ainda não sei o que é.

"mana vamos fazer uma maratona de filmes?" – digo animada pulando em cima dela, dando um belo susto nela, fazendo-a gritar.

"eras mana tu é doida! Vai assustar o cão!" – fala ela olhando a hora e fingindo raiva – "espera ai eu ouvir maratona de filmes? Demorou em!"

Assistimos todos os tipos de filmes possíveis, o jogo do exterminador, projeto almanaque, numero 23, eu sou o numero 4, guerra civil, minha mãe é uma peça 1 e 2, Lucy, doutor estranho, oblivion... E por ai vão foram muitos filmes que nem lembro os nomes.

Comemos muita besteira, de pipocas a brigadeiros de panelas, nunca comi tanto chocolate na minha vida, foi o melhor fim de semana , eu sei que melhores virão.

{...}

Meus tios viajaram, estou sozinha em casa, já faz uma semana que lyss veio aqui. Essa data é a pior do ano, hoje está fazendo seis anos completos que meus pais morreram. Olho para o lado e tem um estilete, me esforço para pega-lo e começo a fazer cortes nas minhas coxas... Não me conformo e faço cortes nos meus pulsos. Começo a chorar sem parar e me dou conta de que estou fazendo e jogo o estilete pela janela, com toda a força que me restava.

"não queria morrer só quero me livrar de toda essa dor" – falo enquanto me olho no espelho.

Ligo para Alyssa, esperando que ela possa me consolar, a essa altura, meu banheiro estava cheio de sangue do meu corpo, a ligação é atendida e tenho uma pequena surpresa...

"poxa mana, sinto muito por ser um dia ruim pra você, é que eu também to muito triste, se quiser pode vim aqui para casa, não é bom você ficar sozinha, nem eu." – falo num tom preocupado.

Enquanto lyss não chega, eu lavo meu banheiro, tomo um banho e faço curativos nos cortes. Visto uma blusa de moletom de mangas compridas e largas, e visto um short um pouco mais comprido e solto, para cobrir os ferimentos das coxas.

Passa 30 minutos e lyss chega aqui, quando abro a porta para atendê-la vejo que seus olhos estão inchados e vermelhos de tanto chorar. Ela entra e vamos fazer um sanduíche e subimos para meu quarto.

Começamos a conversar sobre assuntos paralelos, quando realmente crio coragem para perguntar o que a deixava tão triste.

"o que?" – pergunto surpresa – "repete, eu não entendi direito"

"meus pais faleceram completa seis anos hoje" – Ela fala e lagrimas começam a escorrer de seu rosto.

Meu Deus será que... Não, não pode ser... Espera ai vou tirar essa dúvida.

"poxa lyss sinto muito" – digo enquanto a abraço – "você morava com eles?"

"não, eu fui criada por uma tia minha, só que eu via eles freqüentemente, como minha tia não podia ter filhos ela implorou que eles me dessem para ela cuidar, depois de muita insistência eles me deixaram ir".

Desafios - A Sede Por Sangue Continua. (pausada\em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora