Alice
Mentalizem um homem quase em colapso, pois apresento-lhes o Joaquim. Ele é com certeza a representação clara de um pai de primeira viagem em completo desespero, sem saber como agir ou o que fazer, ou seja, um trem desgovernado em pleno centro da cidade.
O homem confiante e brincalhão de sempre? Esqueçam, não mais habita naquele corpo.
Assim que ele desligou o telefone, ele simplesmente correu para a sala pegando a carteira e chave do carro.
- Joaquim eu acho que você está esquecendo de alguma coisa. - Eu digo quando ele já está chegando quase na porta tamanha é a sua velocidade. Ele vira em minha direção com uma expressão totalmente interrogativa, como se não fizesse a mínima ideia do que eu estou falando. - A roupa. - Eu falo apontando para ele.
- Santo Cristo! - Ele exclama notando que ainda está de toalha.
- Vamos para o quarto, colocamos as nossas roupas e nós vamos para o hospital. Eu sei que é difícil, mas nossas horas a melhor coisa é manter a calma. Sua filha está sendo muito bem tratada no melhor hospital da cidade, por um grande amigo seu e em poucos minutos nós estaremos lá. - Eu vou em sua direção e passo o meu braço pelo seu. - Anda homem, um pé na frente do outro que você chega lá.
- Será que ela tá bem? - Ele pergunta quando nós estamos nos vestindo no quarto.
- Sim.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Sexto sentido, intuição feminina ou simplesmente pelo fato que ela somente está tendo uma simples febre, que por sinal vai ocorrer inúmeras vezes durante a infância dela. Eu sinto informar Joaquim, mas vai ser sempre assim, filhos são preocupações constantes, mas cabe a nós não tornarmos um acontecimento normal em um apocalipse.
- Eu só quero ver que ela está bem.
- Você vai. - Eu digo beijando de leve seus lábios.
Considerando a pressa dele, eu joguei no corpo um vestido de verão, uma rasteirinha e agora nós estamos no elevador. Assim que as portas se abrem na garagem, eu sou mais rápida e pego a chave da sua mão.
- Melhor eu dirigir, no normal você já é meio barbeiro, imagina todo nervoso desse jeito.
- Tá bom. - Ele nem retruca ou faz uma brincadeirinha rotineira.
Nós entramos no carro em silêncio, mas quando já estamos próximos do hospital ele finalmente diz alguma coisa.
- Eu acho que eu extrapolei com a Núbia.
- Com certeza. - Eu falo manobrando o carro.
- Puta merda. - Ele suspira.
- Eu teria agido exatamente da forma que ela agiu, não dá para levar uma criança no hospital assim que ela ficar doentinha. Ela parece bastante responsável, não deixaria a sua filha sofrer de forma alguma. Mas relaxa papai, sempre há espaço para o humilde reconhecimento do erro e para o nobre exercício do perdão.
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Mãe é o Caralho!
CasualeAlice no país das maravilhas? Não amiga, definitivamente não, mas isso não significa que seja tão ruim assim. Acho que já deu para notar que meu nome é Alice, tenho 25 anos, um filho lindo de 7 e com certeza muito azar no amor. Exatamente, grávida a...