Capítulo 11

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Eu estou no banco da mesa da cozinha dos meus avós  tomando um calmante enquanto observo o Teddy conversando com a polícia sobre os detalhes do ocorrido. Ver aquela cena do defunto me dá calafrios. Meus avós estão cochichando algo no fundo da cozinha junto com meus tios e meu pai.

-Oi filha -diz minha sentando do meu lado. -Quer alguma coisa?

-Não, obrigada. -digo botando a xícara na mesa - eu só quero ir pra casa descansar um pouco.

-Você pode ir lá pra cima pro quarto do seu pai e descansar até as coisas se acalmarem aqui. Qualquer coisa estou aqui.

-Está bem -digo tomando coragem, vou em direção a porta em  direção às escadas. Tiro os meus sapatos e vou subindo os degraus segurando no corrimão. Ao chegar no meu destino, abro e porta do quarto do meu pai e acendo a luz.

Nossa, como ele era clichê.  Digo a mim mesma, mas pelo visto é bem bonitinho. Jogo meus sapatos caros pro canto do quarto e vou em direção à cama do meu pai. Dou um salto e fico lá para a olhando a parede enquanto penso na vida.

Pego o meu celular, e aperto o play na primeira música que vejo. Coloco os fones e fecho os olhos.

◆◆◆

Ouço um barulho vindo do quarto do meu pai. Pelo visto não estou sozinha. Me levanto e vejo uma sombra no fundo do quarto. É de uma garota. Parece aparentar minha idade. Tem cabelos pretos e lisos, com um olhar escuro. Além de este com uma calça jeans rasgada e com um casal que pelo visto não é do seu tamanho. Ela está com as mãos presas ao casaco segurando algo laminado. Com certeza é uma faca. Será que ela é a assassina? Fico gelada de medo. Cacete!

Tiro uma parte do meu fone e encaro o seu rosto. Ela está com uma expressão fria de dar medo.

-Oi? -respondo, mais pelo visto ela só fica me encarando. Me levanto e vou em sua direção.

-Não... -diz ela dando um sermão- Se aproxime de mim.

Me afasto um pouco. Essa garota me dá medo. Calma, tenha controle da situação.

-Pode me dizer o seu nome , pelo menos?

-Meu nome não interessa -diz dando um grunhido. -Acha que vai se safar desta Phoebe Grey?

-Me safar de quer?

-Não se finja de vítima sua vaca. -diz ela sendo grosseira -Você vai pagar pelo que fez. Principalmente sua família.

-Olha, pra  começo de conversa, eu não estou de dando ousadia pra você vir falar Merda na minha cara sua puta! E segundo lugar ninguém vai ameaçar a minha família de morte está me ouvindo? -digo furiosa

-Ah! Agora está mostrando suas patinhas? -diz ela surpresa.

O que está garota está querendo de mim?

-Eu vou mostrar minhas patas na sua cara sua piranha de merda -digo com o rosto cheio de raiva -Você não sabe com quem está se metendo. Meu pai pode te procurar, sabia?

-SEU PAI NÃO PODE FAZER NADA, ME OUVIU? -diz apontando a faca pontiaguda que saiu do lado direito do casaco -EU SOU MAIS ESPERTA DO QUE O MERDA DO SEU PAI.

-NÃO CHAME ELE ASSIM.

-Eu falo o que me der na telha!

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