Cap 1_ Sofia

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Tenho alguns rascunhos de histórias, porem essa é a minha primeira publicação aqui no meu perfil, peço a quem ler, deixe sua estrelinha, seu comentário, com dicas, criticas, lembrando sou amadora, peguem leve e perdoem os erros e vamos la...

Meu nome é Sofia, tenho 23 anos, sou recém formada em medicina veterinária, iria começar a trabalhar numa clinica dos pais de uma amiga minha, a Fran, tenho meu apartamento que herdei dos meus avós e moro sozinha desde que completei 18 anos, e um carro que ganhei dos meus pais assim que terminei o ensino médio. Sempre fui muito estudiosa, desde que me lembro nunca fiquei de recuperação, nem tirei nota vermelha, nunca sai fora da linha eu era filha única e meu objetivo era dar muito orgulho aos meus pais. Minha vida era perfeita, até um acidente brutal tirar meus pais de mim. Eles eram tudo pra mim, eu era unica e eles me davam tudo que podia, e eu compensava tentando dar o melhor de mim.

Eu estava no meu apartamento, e fazia uma semana que Deus tinha levado meus pais para longe de mim, exatamente uma semana que eu não saia de casa, me arrastava do sofá para o banheiro, do sofá para a cozinha para beber água, e todos os dias depois do trabalho, minha amiga Fran vinha até meu apartamento tentando me animar e me fazer comer, porem nada descia, eu simplesmente não conseguia. Meus pais, os grandes amores da minha vida, não estavam mais aqui e saber que eu nunca mais ia sentir o cheiro, o abraço, ou ouvir a voz deles me fazia ter vontade de desistir de viver. Olhando um porta retrato deles, eu sussurrei:

- Porque me deixaram aqui mamãe? Por que não me levaram junto, minha vida não tem mais sentido sem vocês, o que eu vou fazer agora? - Quando terminei de falar, senti uma brisa gostosa em meu rosto como se fosse uma caricia e o cheiro do perfume da minha mãe, as lagrimas escorriam do meu rosto e eu tentei identificar de onde vinha aquela brisa, estranhei pois as janelas e as portas estavam todas fechadas, fechei meus olhos tentando sentir novamente aquele cheiro, foi quando o interfone tocou e fui atender.

- Oi seu Arnaldo?

-Oi menina Sofia, o Dr. Antonio Carlos esta aqui querendo falar com você!- Seu Arnaldo trabalha aqui no predio desde antes de eu nascer, conhecia meus pais, meus avós, me viu crescer e me chama assim desde sempre.

- Pode mandar subir seu Arnaldo obrigada!

Seu Antonio era advogado e amigo pessoal do meu pai cresci com ele e a esposa frequentando nossa casa, era como um tio para mim, hoje ele deve estar vindo tratar da documentação dos bens e do seguro dos meus pais, sinceramente eu não estava com cabeça ainda pra tratar desse assunto, mas era necessário, pois quanto mais tempo passasse mais complicado ficaria.

A campainha tocou eu eu fui abrir a porta, estava de pijama e nem me dei o trabalho de trocar, Dr. Antonio me olhou com o olhar triste e me abraçou retribui o abraço ja com lagrimas nos olhos, ele entrou e eu me joguei no sofá e ele sentou na poltrona na minha frente colocando uma pasta na mesinha de centro.

- Sosô minha querida, como você está?

- Nada bem tio Toninho, não vou mentir pro senhor, eu queria estar junto com eles naquele carro, por que eu não estava la tio? - Falei e comecei a chorar

- Filha, você esta entrando em depressão, sei que a dor da perda dos pais não é fácil, me senti mal também quando minha mãe se foi, e logo em seguida meu pai que não aguentou ficar sem ela, porem minha querida eu tive que reagir, meus filhos a Lara e Lúcio eram pequenos, e a Marli precisa de mim, me apoiei neles e segui em frente, você tem o Lion, a Maia, por falar nisso quem está cuidando deles? - Lion e Maia são meus chow-chows meus companheiros.

- Estão na casa da Fran, não queria passar minha tristeza pra eles tio!!

- Bom eu tenho uma coisa que talvez vai te animar um pouco - ele falou abrindo a pasta e tirando um monte de papelada e eu me ajeitei no sofá pra prestar atenção no que ele ia me falar.

"Entre a razão e o coração"Onde histórias criam vida. Descubra agora