Small Bump《Mystrade》

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NA.: Desculpem a demora! Esse capítulo é baseado na música Small Bump que, em minha opinião, é uma das mais belas e tristes do Ed. O capítulo é Teen!Mystrade com um Sherlock criança fofinho. Espero que gostem!

"Por quatro meses, depois retirado da vida

Talvez precisassem de você lá

Mas ainda não sabemos por quê"

- Vamos, Sherlock. Segure a minha mão - falou Mycroft ajudando o pequeno a subir no trem. - Muito bem! Você já é um menino crescido.

Sherlock apenas sorriu mostrando sua linda janelinha para seu irmão. Os dois eram inseparáveis e se amavam mais do que qualquer coisa nesse mundo. O mais velho andou segurando a mão do pequeno até entrarem na sua cabine.

Quando entraram nela, lá estava um menino da idade de Mycroft. Era alto e tinha lindos olhos castanhos, mas estava com roupas velhas e amassadas. Os irmãos Holmes o cumprimentaram, o que deixou o garoto feliz.

- Qual é seu nome, menininho do trem? - perguntou Sherlock.

- Meu nome é Greg Lestrade. Quantos anos você tem?

- Tenho isso, olha! - respondeu o pequeno mostrando sua mãozinha aberta.

- Cinco anos? Meu Deus, que crescido!

- Eu sou bem gandinho. Meu irmão falou!

- Falei mesmo, não foi? A propósito, meu nome é Mycroft - disse apertando a mão de Greg.

Lestrade ficou brincando com Sherlock, que estava dizendo que seria um pirata quando crescesse. Continuaram assim por mais uma hora. Até o trem sair dos trilhos e virar.

Foi um acidente feio. Terrível, na verdade. A ambulância levou um tempo para chegar lá e quando o fizeram, muitos já estavam mortos. Os únicos que resistiram foram Mycroft, Greg, Sherlock e um outro homem. O rosto de todos estava ensanguentado e ferido, mas o do pequeno Holmes estava irreconhecível.

O pior era que Greg e Mycroft estavam vendo tudo. Não sabiam o porquê, mas era como se tivessem sido retirados de seus corpos.

- Greg, é você? - perguntou Mycroft assustado.

- Sim, sou eu. Meu Deus, o quê acabou de acontecer? A gente morreu?

- Eu não sei! Pera. Acho que não. Olha! - disse apontando para seus corpos. - Ainda estamos vivos, mas não sei por quanto tempo.

Dessa forma os dois correram para acompanhar o que os paramédicos estavam fazendo. Sherlock e Mycroft foram postos no mesmo veículo. O corpo de Greg estava num diferente, mas ficou ao lado de seu novo colega. Estava com medo de ficar sozinho.

Mycroft não se importava mais com seu bem estar, só queria saber se seu irmãozinho iria sobreviver. Ele chorava, gritava e implorava para Deus deixá-lo viver. A coisa que mais partia seu coração era ver o rostinho de seu querido irmão desfigurado como estava.

A ambulância entrou no hospital e os dois jovens foram atrás do pequeno Holmes, ignorando a si próprios. Os enfermeiros o levaram para a sala de cirurgia rapidamente e não pareciam ter fé que ele melhoraria.

- Sherlock, me escuta. Você não vai morrer. Eu não vou deixar você morrer. Por favor, irmãozinho, resista! Você consegue. Fica aqui, por favor - implorou Mycroft chorando.

- Batimentos cardíacos caindo. Preciso de um desfibrilador aqui! - gritou um dos enfermeiros.

- Sherlock, por favor. Por favor, irmãozinho, não vá. Não me deixe, irmãozinho! Fique aqui comigo. Só te peço isso, ok? Só quero que fique aqui. Sherlock, não se vá!

Os médicos utilizaram o desfibrilador. Uma, duas, cinco vezes. Depois da quinta tentativa, desistiram e declararam hora do óbito: 17h e 35min.

O Holmes mais velho apenas chorava em cima do corpo de seu irmão, gritando que ele estava bem. Greg estava vendo a cena com o coração partido, mas não chorava. Chegou perto de Mycroft e o abraçou. Este ficou chorando em seu ombro.

- É melhor que a gente saia daqui, ok? - sugeriu Greg. - Ficar nessa sala só vai piorar tudo.

O outro concordou com a cabeça e assim ambos saíram do recinto. Ficaram na frente do hospital, porque não queriam ver o que estava acontecendo lá dentro. Holmes só chorava, mas Lestrade o tentava consolar.

- Eu não vou dizer que tá tudo bem, porque sei que não está. Mas, Mycroft, é melhor tentar se recompor. Sua vida pode depender disso.

- Vida? Para quê tê-la? Ele se foi, Greg!

- Eu sei como é essa sensação, Mycroft. Acredite em mim, eu sei.

- Ah é? Sabe mesmo? - perguntou debochando.

- Minha irmã mais nova se foi dois anos atrás. Eu sei como é.

Holmes tornou-se a chorar no ombro de Greg, que o abraçava com carinho. Lestrade sabia pelo que seu colega estava passando. Realmente sabia, por isso não queria que Mycroft tentasse fazer algo extremo, como ele mesmo tentara.

Lestrade falou que era melhor que os dois voltassem para o hospital para ver como estava a situação deles. O outro concordou e assim os dois procuraram pelo quarto em que Holmes estava.

Entraram lá e o corpo de Mycroft parecia estável. Completamente ferido, mas ainda assim estável.

- Você parece que vai ficar bem - disse Greg.

- Queria que fosse assim para ele também.

- Melhor nós pensarmos em outra coisa no momento. Temos que nos manter fortes agora, lembre-se disso.

- É, tem razão. Então, para onde você estava indo?

- Eu estava indo para a casa da minha mãe. Eu moro com o meu pai desde que...

- Que sua irmã morreu?

- É - disse triste.

- Você acha que ela foi para o Céu?

- Não sei, mas espero que tenha ido para um lugar bom. Ela era a criança mais linda e meiga de todo o mundo, então sei que está bem onde quer que esteja.

- O Sherlock não é assim. Ele é lindo e doce, mas é ingênuo demais e precisa de mim. Precisava, eu acho - disse antes de chorar novamente. - Greg, eu não consigo. Eu não consigo pensar em outro assunto. Só sei que o quero de volta. Como faço para ele voltar para mim, Greg? Como?

- Ele está feliz no Céu, Mycroft. Já deve ter conhecido minha irmãzinha e os dois devem estar brincando agora. Eu sei que ele está feliz agora.

Holmes sorriu para Greg com a aparência ainda encardida de chorar. Estava se sentindo mais calmo por alguns instantes, até Lestrade ficar com uma expressão de surpresa.

- O que foi, Greg?

- Olha, Mycroft! Seus sinais vitais estão melhorando!

E era verdade. Holmes olhou para si próprio e viu que já estava quase acordando. Ali ele soube que voltaria a viver.

- Você vai ficar bem - falou Lestrade.

- Greg, se eu voltar e você não; pode cuidar do meu irmãozinho para mim?

- Direi a ele que você disse "oi".

E assim Mycroft acordou, enquanto Lestrade não teve a mesma sorte.

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P.S.: A canção fala sobre um bebê que morreu aos 4 meses de vida, mas resolvi adaptar para uma criança aos 5 anos. Para saber mais, é só pesquisar sobre a música.

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