A compreensão poética

227 12 16
                                    

*A/N* Todos os poemas escrito em inglês terão, no final, a tradução. A fim de dar mais realismo às cenas eu decidi manter em inglês. *

~ EMMA'S POV ~

Ontem tinha chegado à escola já depois do horário de aulas, hoje seria oficialmente o primeiro dia de aulas. 

"Bom dia turma." Dizia Regina colocando os oculos enquanto se sentava na sua mesa. "Hoje temos uma nova aluna." Ela sorriu enquanto olhava para mim. "Emma, por favor, levanta-te e apresenta-te. Nome e Idade."

Sorri para ela, levantei-me e virando-me para a turma apresentei-me. "Chamo-me Emma Swan Blanchard e tenho 17 anos." Rápidamente volto ao meu lugar, na segunda fila. Regina então volta com o assunto da aula enquanto eu, atentamente, olho para ela e mordo a ponta da minha caneta.

Tenho de me lembrar de comprar uma nova.

"Bem, se me lembro vocês tinham trabalho de casa." Ela voltou para trás da secretária e olhou para o computador. "Ah, os poemas. Alguém se martiriza a começar?" Ela soltou uma pequena risada abafada pela mão a frente da sua boca em sinal de concentração. 

"Eu começo." Ouviu-se uma voz do fundo da sala. Virei-me para trás e procurando assimiliar a voz com a pessoa encontrei Ruby. Ela começou a se levantar e em pé, pegou na folha que se encontrava na sua mesa. "Posso começar?"

Regina acenou afirmativamente com a cabeça.

Ruby então começou a ler o seu poema. 

"My cigarette burns like a flame.
My lungs will never be the same
I puff, and I puff.
I can't get enough.
Oh, well.
I'll get cancer just the same."

"Muito bem, Ruby." Ela levantou-se e, de novo, sentou-se na sua mesa olhando diretamente para Ruby. "A beleza da poesia está nos detalhes então da próxima vez não te esqueças de nos dizer que marca é que fumas." Ironizou. "Alguém quer ser o próximo?" O silêncio total encheu a sala... julgo que até os passaros lá fora se calaram. "Ariel, que tal leres tu agora?"

A rapariga permaneceu calada, congelada, olhando diretamente para Regina sem sequer dizer uma palavra. Ela estava petrificada. De repente Ruby pega no papel em que Ariel tinha o seu trabalho de casa, limpa a garganta e começa a ler o poema que Ariel tinha escrito. Ariel permanecera parada e assustada.

"A single blade.
Cold.
Alone.
Misunderstood,
causing fear to move
through my soul like wind."

Regina parou-a, tirando-lhe o papel da mão e praticamente berrando. "Quero falar contigo depois das aulas." Caminhou calmamente até junto da ruiva que agora se encontrava cabisbaixa. Colocou uma mão no ombro dela. "Muito bom, Ariel."

"Yeah, bom o suficiente para me querer suicidar." Ouviu-se, mais uma vez, a voz de Ruby.

Mas qual é o problema dela? Que idiota. 

Regina revirou os olhos e seguiu até à frente da sala de aula. Abram o manual na página 204. 

O barulho de páginas a virar enche a sala, em menos de um minuto o silêncio volta a tomar conta. Então ela iria começar a ler o poema que se encontrava no manual. Eu permanecia em silêncio durante a aula toda, olhando para ela, examinando-a, como ela fala, como ela anda, o sorriso, o olhar. Tudo nela era tão interessante. Ela então começa a declamar o poema em voz alta.

Loving EmmaOnde histórias criam vida. Descubra agora