Jimin saiu do local onde Yoongi trabalhava, estava o dando uma força, correu com o carro até a escola de Hyosun.
Caminhou até a entrada com o habitual e encontrou a mesma brincando sozinha em algum brinquedo qualquer.
Perguntou-se instantaneamente onde estaria Jungwa, poderia muito bem estar chorando em qualquer canto por conta do seu pai.
Jeon Jungkook, seu chefe amargo e arrogante, seu nome não deixou seu subconsciente e o causou dificuldades em sua noite de sono que deveria ter sido bem proveitosa.
Depois do que ocorreu com Jimin e Taehyung após a reunião, Jungkook estava agindo estranho, no começo, Jimin achou que seria apenas impressão de sua cabeça.
Mas quando contou sobre a proposta para Jungkook, o maior apenas o ignorou, juntou suas coisas e saiu da sala como se nada estivesse acontecendo, como se Jimin não fizesse diferença alguma para aquela empresa.
E ele começou a achar que realmente não faria, a semana toda Jungkook o tratou como um verdadeiro fantasma, e Jimin não gostava disso, ele queria reconhecimento.
Por isso estava pensando seriamente em aceitar a proposta de Km Taehyung, mesmo não tendo gostado da forma de como o loiro chamou o moreno. Quer dizer, Jungkook era sim, cabeça dura, mas só Jimin podia o chamar disso.
Por outro lado, a proposta era realmente bem tentadora, e Jimin estava realmente sentindo-se disposto a aceitá-la; na real, ele só queria saber o porquê de Jungkook estar agindo assim.
Tudo bem que ele e Jungkook mal trocavam vinte palavras no dia a dia, e agora estavam trocando ainda menos, Jimin estava frustrado.
— Oi, meu amor. — Jimin deixou um beijo na bochecha de sua filha.
— Appa, oi! — Ela pediu colo, Jimin a carregou. — Porquê o Appa parece tão triste? Não gosto disso, meu coraçãozinho dói. - Ela colocou as duas mãozinhas sobre o coração, fingindo uma massagem ali.
— Está tudo bem, meu anjo. — Jimin apenas sorriu para a garota, olhando em volta. — Onde está Jungwa?
— Ah, ela correu para a sala da diretora do nada, tenho medo daquela mulher, por isso não a segui. — Ela soltou uma risadinha, Jimin riu junto.
— Você se parece tanto comigo, céus. — Jimin bagunçou os cabelos dá garota. — Venha, vamos vê-la.
— Mas Appa, aquela bruxa está lá.
— O papai é caçador de bruxas. — Jimin sorriu para a garota, que agarrou sua mão gordinha e caminhou ao seu lado quando fora deixada no chão.
Caminharam por alguns segundos até a sala de espera, onde viram Jungwa sentada, com os dois pés balançando, pois nem encostavam no chão, as duas mãozinhas recostadas em suas coxas, nem parecia estar de fato prestando atenção.
— Unnie! — Sun soltou os braços de seu pai, correndo para dar um abraço na menor.
Oh, ela realmente lembrava Jeongguk, possuía os cabelos pretos e lisos, sua boca era do mesmo formato, até mesmo o jeito de sorrir lembrava o pai, seus olhos grandes e bem delineados, de fato, uma segunda versão do chefe, só que melhorada.
Jungwa desceu da cadeira para abraçar Hyo, retribuindo o abraço da menor, e Jimin ficou ali, plantado, com um sorriso bobo no rosto, apreciando o mais puro amor, o infantil.
Até a porta da direção ser aberta.
Jungkook apenas saiu dali, afrouxando um pouco da gravata do seu terno, mas quando olhou para cima e encontrou o ruivo, ficou estático e imóvel, não deixou-se abalar.
Jimin desviou o olhar. - Ei, amor, está na hora de ir. - Jimin suspirou, tocando os cabelos de sua filha com carinho e afeto. - O papai não pode se atrasar, ainda temos muitas coisas pra fazer, sim?
— Olha, papai, o Appa chato da Jungwa. — Ela apontou para Jungkook, Jimin arregalou os olhos, puxando a mão direita da menina. — O que foi? Até ela o chama assim.
Jungkook olhou para a menor, e logo depois voltou seu olhar para Jimin, provavelmente reparando na semelhança dos dois, o ruivo ergueu uma sobrancelha.
— Sua pestinha, vamos logo. — Soltou uma risadinha sem graça e constrangida, virando de costas sem ao menos cumprimentar o moreno.
— Park. — A voz de Jungkook soou alta o suficiente para que o maior ouvisse e parasse na mesma hora. Hyosun continuou andando mas foi intervida, o que a fez resmungar.
— Sim, senhor? — Jimin indagou, tentando não virar para trás.
— Será que eu poderia falar com você? — Perguntou, um pouco receoso, o que fez Hyosun olhar com uma cara sapeca para o seu pai, que apenas revirou os olhos com um sorrisinho.
— Vai, Appa, aceita. — A garotinha puxou o braço do pai, como um pedido para o mesmo assentir.
— Pode, Jeon. — Jimin virou-se de costas, vendo o rapaz apenas assentir. — E você, vá brincar com Jungwa, se comporte, o papai já volta. — Deixou um beijo casto na cabeça da maior.
Jungkook apenas acenou com a cabeça para Jungwa e caminhou em direção a Jimin, que o seguiu até um lugar mais calmo. Sua cabeça martelava e um sorriso queria sair de seus lábios, mas ele tinha que bancar a pose de Park Jimin, o debochado.
— Eu tenho que resolver esse assunto mais rápido possível, Park. — Jungkook começou. — Vou ser breve, sei que está atrasado.
— Na verdade, eu tava mentindo pra te deixar irritado. — Jimin coçou a nuca, dando uma risadinha fraca.
— Céus, você é uma criança.
— E você é um velho chato.
— Vou ser direto. — Jungkook colocou as duas mãos no bolso do casaco. — A proposta que o Taehyung te fez é certamente, muito melhor que seu emprego atual.
— Eu sei que é. — Jimin deu de ombros.
— Você precisa aceitá-la, Park. — Jungkook disse, o menor o olhou indignado, com as duas mãos na cintura.
— Você realmente acha que vai me descartar fácil assim? — Arregalou os olhos, fingindo um falso drama.
— Por Deus, colabore. — Jungkook continuou. — Você tem uma filha, você vive de aluguel, você precisa disso, iria te ajudar a te manter bem mais estável do que é nesse emprego.
— É provável que eu a aceite, eu só estou... surpreso? — Jimin deu uma risada seguindo deu um suspiro falso.
- Não achou mesmo que eu iria me rastejar pra te manter na empresa, certo? - Jungkook ergueu uma sobrancelha. - Muita gente queria estar no seu lugar.
— Tudo bem, porra, eu já entendi. — Jimin olhou para outro lado, claramente sem argumentos, e cá entre nós, isso era muito raro de acontecer. Mas ele nem sabia o que tinha o atingido.
Não sabia se eram as palavras secas e sem sentimentos de Jungkook, ou a sensação de não poder bajulá-lo e irritá-lo todos os dias com palavras de baixo nível e sugestões chatas, o emprego não era tão chato, afinal, mas era a Gucci, e Kim Taehyung.
— Eu tenho um prazo? — Jimin indagou, cruzando os braços.
— Não. — Jungkook deu de ombros. — Já disse que me viro sozinho, pense o quanto quiser. - Deu de ombros. - Mas sugiro que a aceite.
— É... - Jimin suspirou. — Tchau, Jeongguk. — Virou-se claramente abalado, não queria demonstrar, mas dessa vez era quase impossível.
Segurou em uma das mãos de Sun, o puxando delicadamente em direção a saída, acenando para Jungwa.
Sentou-se no carro, virou a chave ouvindo o motor ranger, e então concluiu que estava realmente na merda total e real.
Se Jungkook não se importava, ele também não deveria, certo?
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Redemption
FanfictionApós a morte de sua esposa, Jeon nunca mais havia sido o mesmo, se tornou uma pessoa amarga, descontente e com sua atenção voltada para o seu trabalho, afundou-se em seu próprio mundo, um mundo direcionado a obrigações monótonas, e as vezes até esqu...