– Vamos, Jungsook, não seja tímido! – Jihyun insistia, enquanto o moreno suspirava no banco do motorista.
– Para com isso, Jihyun. – Jimin soltou uma risadinha, tocando os cabelos do moreno ao lado. – Deixa o sook em paz.
– Ele é tão recluso, né? – Jihyun falou, esticando os braços, demonstrando sua preguiça. – Parece até um CEO daqueles bem sinistros e misteriosos.
– Ele é só um bebê. – Jimin respondeu, fazendo uma careta na direção do outro.
Já faziam horas desde que Jihyun tagarelar disparadamente no carro, seja das árvores enormes pelas quais passavam, ou por qualquer mosquinha que pairava no ar, continuava insistindo em encher o saco do irmão mais velho, como nos velhos tempos.
– Nós estamos quase chegando... – Jungkook se pronunciou, ignorando as falas de Jihyun, que apenas fingia não estar sendo desagradável.
– Ai, Jesus. – Jimin colocou umas das mãos no peito, respirando pesado. – Acho que vou ter uma crise de ansiedade...
– Não precisa ficar assim, hyung. – Jihyun colocou uma das mãos em seus ombros. – Vai dar tudo certo.
– Vai mesmo, e se não der, eu vou fazer dar certo. – Jungkook resmungou, virando mais uma rua.
– É por aqui, Jungsook. – Falou, apontando para mais uma das ruas.
– Olha, Jihyun, a praça que a gente costumava brincar. – Jimin apontou e tocou a unha no vidro, abrindo um sorrisinho na direção do irmão.
– Sim! Você lembra daquela vez que eu derrubei aquele menininho no chão porque ela bateu em você? Foi icônico. – Jihyun riu. – E depois ainda contaram pra mamãe.
– Você foi um bom garoto. – Jimin riu, apoiando os dois braços na janela. – Continua do mesmo jeito.
Não sabia que tipo de sentimento dominava seu coração, mas sabia que a volta para sua cidade de forma alguma, significava casa para si, ou o aquecia por inteiro de sentimentos bons.
Porquê casa, de certa forma, vem de família; lar, e Jimin sabia que sua verdadeira casa estava em seus amigos, e na pessoa que ama, é uma visita nunca faria isso mudar.
Nada nunca faria isso mudar, não importa se a estação do ano muda, se o século vira, se o milênio é outro, se a idade aumenta, nada nunca iria mudar o que estava sentindo naquele momento.
E ele realmente esperava que fosse assim. Park Jimin estava apostando todas as suas fichas em Jeon Jungkook, e não esperava que fosse perdê-las.
– Chegamos! – Jihyun falou, apontando para a casinha branca à sua frente.
Jimin engoliu em seco, nada havia mudado naquele local, literalmente, e de certa forma, ele queria que tivesse mudado.
E quando desceram do carro, algo ruim ocupou sua mente.
Ele queria que o reboco da parede não fosse mais o mesmo, ou que os anões de gesso não ocupassem mais o jardim, ou que as pessoas não sentassem mais à porta para falar da vida dos outros.
Queria alguma prova de que algo realmente havia mudado, assim como ele mudou, queria alguma ação, algum sentimento, mas tudo que conseguiu sentir, foi angústia.
Jimin sentiu angústia por estar ali, um sentimento ruim em seu peito e a barriga revirando em desconfiança.
Jungkook aproximou-se do baixinho, mordendo o lábio inferior enquanto segurava sua cintura de forma calma, tentando passar serenidade.
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Redemption
FanfictionApós a morte de sua esposa, Jeon nunca mais havia sido o mesmo, se tornou uma pessoa amarga, descontente e com sua atenção voltada para o seu trabalho, afundou-se em seu próprio mundo, um mundo direcionado a obrigações monótonas, e as vezes até esqu...