81: do you wanna restart?

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Quando Jimin finalmente recuperou boa parte dos seus sentidos, tentou abrir os olhos e sentiu mais uma dor forte em sua cabeça.

— Ah... — Murmurou, dolorido, tentando reconhecer o local onde estava com a vasta visão que tinha.

A primeira coisa que vasculhou, foi a sensação dolorosa em sua bunda, que felizmente, não estava lá. O que significava que provavelmente nada tinha acontecido.

Pior que aquilo, quando tentou levantar-se, sentiu uma das mãos contra algo duro e gelado, dando conta de que estava realmente algemado contra a cabeceira da cama.

Grunhiu irritado, lembrando-se do que havia acontecido na mesma noite, visto que ainda estava escuro e nada agitado, com a vasta luz da lua iluminando a janela.

Lembrou-se de sentar no carro e sentir algo o agarrar pelas costas, e mesmo que tivesse tentado defender-se, sabia que não iria acabar bem.

Antes de começar a especular sobre quem diabos poderia ter feito aquilo e por qual motivo, a porta um tanto distante de sua posição fôra aberta.

Jimin viu ali, o rapaz de cabelos castanhos, orelhas grandes e lábios carnudos, entrar no quarto e fechar a porta com certa força.

Percebeu pela sua postura, reações e respiração acelerada, que ele estava de fato, com raiva.

Nada melhor.

— Park Chanyeol. — Jimin jogou a cabeça para o lado, impressionado. — Porque é que eu não estou surpreso?

— Que bom que acordou. — O outro sorriu, levantando o canivete em suas mãos.

Jimin não pôde negar que ver aquilo em mãos alheias poderia o assustar bastante, mas precisava provocar Chanyeol para provar que de fato, não tinha medo dele.

Olhou ao redor, observando o quarto bem arrumado e paredes de cores frias, neutras, corroendo seu juízo como uma maldita bactéria.

— Que lugar esquisito pra levar uma vítima de sequestro, uh? — Perguntou, abrindo um sorrisinho sarcástico. — Cadê o armazém fedorento? A cadeira de madeira? As mordaças?

— Cala essa boca, Jimin! — Chanyeol resmungou, aproximando-se da cadeira ao lado da cama.

— Eu não. — Jimin deu de ombros. — Se for pra me sequestrar, que sequestre direito, porra. Sabe nem sequestrar.

— Jimin... — Chanyeol grunhiu, por fim, sentando-se. — Não estou aqui pra torturar você.

— Ah, e uma algema que tá apertando que só o caralho não é tortura o suficiente? — Jimin perguntou, quase rolando os olhos.

— É claro que é. — Chanyeol respondeu. — Eu só vim pegar o que é do Jungkook, assim como ele pegou o que era meu.

Jimin automaticamente engoliu em seco ao lembrar do acontecido na noite anterior, sentindo o coração apertar só de pensar em não ter Jungkook como seu namorado.

Só de pensar em não ter mais a oportunidade de beijar sua boca, murmurar juras de amor e demonstrar todo o seu afeto.

Jungkook não estava mais em sua vida, naquele momento, não havia algema nenhuma que superasse as feridas deixadas em seu coração.

Os destroços causados por Jeon Jungkook, que apesar de ter sido uma decisão aparentemente certa e menos egoísta, Jimin gostaria de enfrentar todos os perigos para mantê-lo ao seu lado.

— Nós não... — Jimin engoliu em seco, tentando evitar as lágrimas que dominaram as laterais dos seus olhos. — Não estamos mais namorando.

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