Capítulo Final

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— Bom dia, dorminhoco. — toco os cabelos do Nick, que está se mexendo tranquilamente ao meu lado na cama do hospital. Ele abre os olhos devagar e esfrega-os antes de sorrir pra mim.

Eu passei a noite no hospital mesmo achando isso desnecessário, pois me sentia muito bem depois que fui medicada. E embora sabendo que o Nick queria deixar esse dia horrível para trás na nossa cama, estar aqui o deixaria mais tranquilo em relação a mim e aos nossos bebês. Bebês. Como foi que eu consegui isso? Uma familia completa assim logo de cara com o homem da minha vida? Acho que sou a mulher mais sortuda do mundo, só pode.

Mesmo com todos os contras, aqui estou eu. Casada com um homem maravilhoso, grávida de dois mini Nicks e ainda... Viva. Pensei que fosse morrer hoje com aquela vadia apontando uma arma para a minha cabeça e tudo o que eu conseguia pensar não era nem na minha própria vida, mas sim na dor que isso causaria ao Nick. Nossa! Eu sei que ele ficaria destruído de uma forma que talvez nunca poderia se recuperar e é por isso que ao vê-lo dormir tranquilo na poltrona ao meu lado na cama, sinto minha alma transbordar de alegria plena. Graças a Deus e ao próprio Nicholas, aquela vaca não conseguiu obter resultado na sua ameaça ridícula.

— Bom dia, linda. — seu sorriso tímido ainda me pega desprevenida às vezes, assim como agora — Como você está?

Ele se levanta, alonga-se e me dá um beijo casto.

— Da mesma forma como eu estava quando você me perguntou às duas da manhã. E às cinco e meia.

— Você enfrentou uma barra e tanto ontem, amor. — Nick senta-se na beira da cama e tira dos meus olhos uma mecha teimosa de cabelo.

— Você também.

— Sim. Mas foi você quem teve uma arma apontada pra sua cabeça o dia todo. E eu sei que você tem a mania de esconder como se sente.

Levanto uma sobrancelha pra ele. É sério?

— Eu? Eu escondo o que sinto? Não acha que esse artifício é seu?

— Sem indiretas pra mim, tá. — ele sorri de forma sexy e lenta — Você sabe do que eu estou falando. Quer ser forte o tempo todo até que quebra de vez, como depois do seu acidente.

Torço os lábios, frustrada. Não queria ter que ouvir sobre isso nunca mais. Mas mesmo assim ele espera que eu responda sua pergunta trazendo de volta esse assunto tenebroso.

— É sério, Nick. Foi terrível sim, mas já acabou. Foi ontem. Hoje é um novo dia então por que não esquece?

— Esquecer? Eu quase te perdi. Não me peça pra esquecer assim.

— Mas não perdeu. Eu estou aqui e tudo o que eu quero é deixar pra trás os dias ruins. Por favor, Nick.

Ele suspira. Eu toco sua barba com carinho e sorrio pra ele. Ele revira os olhos, mas concorda.

— Tudo bem. Mas nós não podemos ainda. Temos que passar na delegacia pra dar nosso depoimento.

E é exatamente o que fazemos assim que saímos do hospital após o médico me dar alta. Mas o que eu achava que levaria pouco tempo, acaba por se arrastar pela manhã inteira. É quase meio dia quando chegamos em casa, de fato. Vamos diretamente para o chuveiro e passamos quase meia hora entre carícias e beijos ardentes.

Mas não é aqui que eu quero matar a saudade dele. É na nossa cama. Nick também quer, embora eu ache que qualquer lugar onde ele possa me prensar já está de bom tamanho. Mas ele consegue se controlar e me levar até o quarto. Nos engalfinhamos nos lençóis e logo ele está dentro de mim, liso, quente e duro. Delicioso. Seu jeito de fazer amor – ou melhor, seu jeito de foder, porque nós estamos fodendo agora – é único. Ele me faz ver coisas e ir a lugares que estão além da imaginação. Meu Nick é o homem mais completo do mundo. É lindo, é atencioso, é protetor, é meigo, é podre de rico e é um monstro na cama.

Redenção (#SR3)Onde histórias criam vida. Descubra agora