A morte pode chegar a qualquer momento

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— Quem está falando? - April perguntou à voz no telefone.

— Minha voz não parece familiar?

— Não. Acho que nunca falei com você antes. Com que você quer falar?

— Com a pessoa que estava dormindo no seu sofá.

April arregalou os seus olhos. Ela não tinha ideia de como o cara no telefone sabia que a mesma estava deitada e dormindo no sofá. A não ser que ele estivesse vendo ela.

— Como sabe que eu estava dormindo no sofá da minha casa?

— É fácil saber o que uma pessoa faz quando se observa ela.

— Onde você está? - April olhou ao redor, a procura do indivíduo que falava com ela.

— Se eu revelar meu esconderijo, você vai me achar muito rápido. Até você descobrir onde eu estou, podemos brincar um pouco.

April conhecia seus amigos, sabia que eles poderiam brincar com ela, fingindo estar a observando. Após a morte de Elliot e Ethan, não seria difícil enganar as pessoas com vozes de assassinos psicopatas. Sabendo disso, April passou a duvidar se alguém realmente estava olhando para ela.

— Já pode parar com isso, Jodie, Logan, Leila ou Garrett. Quase conseguiram me assustar.

— Acha que isso é uma brincadeira, April?

— Eu sei que é. E não foi uma das muito bem planejadas.

— Então você está muito enganada. Ficou sabendo do que aconteceu com Ethan e Elliot? Bom, saiba que aquilo em breve te acontecerá também, mas tenha a certeza de que vai ser muito pior.

Naquele momento, a garota se moveu até a porta da frente. Ela podia continuar acreditando que era uma brincadeira, mas mesmo assim, estava com um pouco de medo. Quando se aproximou da porta, ela a trancou, girando a chave duas vezes.

— April, você às vezes é tão burra. É possível ver sua expressão de medo. Mas, o que você deveria estar fazendo é: se perguntando se ao trancar a porta, você me impediu de entrar, ou de sair?

No instante em que ouviu isso, a menina se virou para trás, verificando se havia realmente alguém na casa, ou no cômodo em que estava. Logo, ela se virou para a porta da frente novamente, e em seguida, foi ouvido a porta do armário, que estava próximo a April, sendo aberta bruscamente, e de dentro dela, alguém vestido por vestes pretas e usando uma máscara saiu.

Esse indivíduo estava armado com uma faca, e com ela, tentou apunhalar a garota, que por sorte conseguiu se abaixar para não ser ferida. Assim que a lâmina passou por cima dela, a menina correu em direção a escada, mas foi surpreendida por puxão em sua blusa, vindo do indivíduo com vestes pretas. Ele a jogou no chão e ficou por cima dela. Nesse tempo em que estava olhando April de cima, ele segurou firmemente a faca e tentou a enfiar no rosto da jovem, que virou a cabeça e evitou o golpe. Após isso, April, enquanto se debatia para ser solta, deu uma joelhada na barriga do mascarado e o empurrou para o lado. Isso lhe deu oportunidade para correr.

Ela subiu as escadas o mais rápido que pode, enquanto o indivíduo que a atacou se levantava. Sem olhar para trás, ela seguiu para o seu quarto. Ao chegar no cômodo, fechou a porta. O homem que usava uma máscara que se assemelhava a um rosto de um fantasma, correu atrás de April, mas não chegou a tempo de conseguir entrar no quarto. Ele batia na porta, o mais forte que podia. Dava chutes e fortes empurrões. Com todos esses golpes recebidos, a porta começou a rachar, e April, que estava dentro do quarto, ficava mais assustada a cada minuto que se passava.

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