Capitulo 18

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Capítulo 18

Edward PDV

Eu estacionava o Volvo em frente a uma casinha de madeira, com a pintura amarela desbotada pelo tempo, na reserva Quilleute. Há apenas um dia atrás eu sabia o que deveria ser feito assim que meus irmãos pronunciaram as palavras que me tiraram de meu transe. Peguei minhas coisas e segui o carro de meu irmão até a minha antiga casa, Alice estava na minha garupa falando pelos cotovelos, provavelmente recuperando o tempo perdido e eu praticamente bebi tudo o que ela falava.

Eles entram na frente para ‘preparar o terreno’, como Alice havia dito. Ela havia me dito que quando parti que mamãe havia entrado em depressão, e que o meu pai havia retirado todas as lembranças minhas de casa até o dia que eu voltasse... Então eles deveriam começar a colocar as fotos de volta em seus devidos lugares, pois eu voltei para ficar, mas ainda tinha assuntos pendentes, então sossegaria enquanto não os resolvesse, todos eles.

Assim que a minha querida e amada mãe Esme colocou seus olhos em mim ela começou a gargalhar.

–Alice aonde vocês encontraram esse ator? –ela disse ainda se recuperando do acesso de risos.

–Eu não sou um ator mãe. –falei e então vi seus olhos se arregalarem.

–Meu Deus! –ela exclamou e correu até mim me prendendo em seus braços amorosos.

Ela não permitiu que eu saísse de perto dela naquele dia. Encheu-me de mimos, beijos e abraços, nem meu pai e meus irmãos conseguiam chegar perto de mim o suficiente, mas eu sabia que todos ali estavam felizes. Eu também estava feliz por voltar, mas havia inúmeras coisas que eu teria que resolver antes que a minha alegria plena voltasse.

Desci do carro caminhando através do chuvisco, ouvindo o chapinhar dos pedregulhos aos meus pés. Bati na porta de madeira e minutos depois uma senhora de pele vermelha e cabelos negros me atendia, uma meninha veio correndo atrás dela, ela devia ter uns cinco anos e eu imediatamente me lembrei de minhas filhas. Elas teriam mais ou menos a idade da garotinha se tudo o que aconteceu não tivesse acontecido.

–Em que posso ajudar? –perguntou a senhora com uma expressão abatida de alguém que já sofreu muito na vida.

–Quem é o moço vovó? –perguntou a meninha e eu sorri para ela.

–Seth Cleawater esta? –perguntei.

–Quem deseja falar com ele? –perguntou a senhora.

–Edward Cullen. –eu falei meu sobrenome pela primeira vez depois de anos e vi os olhos da senhora se esbugalhar aterrorizados em seu rosto.

–E-ele não esta. –ela falou gaguejando.

–Eu não farei mal algum ao seu filho. –eu disse. –Quero apenas conversar com ele.

–Tio Seth! –ouvi a garotinha gritar olhando atrás de mim, me virei imediatamente e vi um rapaz de uns 28 anos se aproximando com a cabeça baixa e com as mãos nos bolsos da calça jeans surrada, ele estava coberto de graxa e óleo.

–Ola. –eu disse e seu rosto se levantou, ele me olhou sem expressão alguma e então reconhecimento passou em seus olhos, nenhuma outra emoção, ele parecia aos meus olhos um homem que perdeu a vida há muitos anos.

–Tio Seth. –a garotinha desgrudou da barrada da mulher e correu em direção ao homem que a pegou no colo.

–Como esta querida? –ele olhou para ela com carinho.

–Esse moço veio te ver. –ela disse coma sua voz infantil e os dedos gordinhos apontando em minha direção.

–Eu sei querida, vai lá com a vovó. –ela a soltou no chão e ela correu para dentro da casa.

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