Capítulo 2
Olhei espantada. Como eu fui ficar pelada? Tentando tampar o máximo possível do meu corpo com as mãos, corri até a cama em que ‘ele’ ainda se encontrava deitado e puxei uma das cobertas para cobrir meu corpo.
–Seu tarado, você abusou de mim! –eu disse.
–Não abusei nada, você que começou a se esfregar em mim! –disse ele me olhando irritado e corei com o que ele disse... Afinal era verdade!
–Eu pensei que estivesse sonhando. –eu disse bem baixinho, mas pelo visto ele ouviu por que soltou uma risadinha e eu corei mais ainda. E para tentar fugir dessa conversa constrangedora mudei de assunto com a delicadeza de um mamute. –Como eu vim parar aqui? –perguntei.
–Eu te encontrei caída na floresta, eu ouvi passos e sai para ver quem ou o que era, e então te vi lá caída. –ele disse. –E te trouxe para cá para não ser comida por lobos ou morrer de hipotermia. –ele disse me olhando.
–Ta e por que estou pelada? –perguntei.
–Eu te enchi de cobertas e bolsas de água quente e você não esquentava de jeito algum. –disse ele.
–Ah e você resolveu meu esquentar abusando do meu corpo? –perguntei ultrajada.
–Eu não abusei do seu corpo! –disse ele. –Já ouviu falar em ‘Regras básicas de sobrevivência’? –ele disse me olhando ironicamente, como se aquilo explicasse muita coisa e vendo que eu não havia entendido bulhufas do que ele disse, suspirou e explicou. –A forma mais rápida se esquentar uma pessoa que esta congelando de frio e tirar a roupa, calor humano entende? Esquenta! –ele me olhava e falava como se estivesse falando com uma criancinha de cinco anos de idade.
–Ah. –eu disse constrangida e completei em pensamentos “E que calor humano!”, eu pensei olhando para o seu peitoral de fora das cobertas.
–E então... Como você se chama? –ele perguntou.
–Isabella Swan, mas, por favor, me chame de Bella. –eu disse. –E você como se chama?
–Edward e, por favor... Me chame de Edward. –e dizendo isso deu uma risadinha como se contasse a melhor piada do mundo, aff!
–Engraçadinho... É só Edward mesmo? Não tem sobrenome? –perguntei.
–Só Edward. –disse ele fechando a cara e então seu rosto ficou completamente frio.
–Estranho... –eu disse pensativa.
–O que é estranho? –ele perguntou.
–Tenho a impressão de já ter te visto em algum lugar antes.
–É impressão mesmo, sempre vivi aqui. –disse ele se levantando completamente nu ainda e eu corei de vergonha, ouvi o som de sua risada e quando olhei já estava vestido com uma calça de moletom.
–Por favor... Onde estão minhas roupas? –perguntei delicadamente e ele apontou para um pequeno varal em frente à lareira. Eu fui até elas verificar se estavam secas e vi que estavam bem quentinhas, me preparei para vesti-las e então me lembrei. –Você pode se virar, sabe... Para eu poder me vestir, por favor? –ele suspirou e fez o que eu pedi.
Vesti-me bem rapidinho e meu corpo quase gritou de alegria ao sentir o quão quentinhas minhas roupas estavam. Agora que eu estava devidamente vestida fiquei sem saber o que fazer.
–E então Bella o que você fazia sozinha no meio da floresta com esse tempo? –ele perguntou.
–Estou fugindo de casa. –eu disse simplesmente.
–Fugindo? –ele perguntou me olhando confuso.
–É meus pais querem que eu me case sem amor... E então resolvi fugir. –eu disse naturalmente e totalmente a vontade com aquele assunto.
–E quantos anos você tem? –ele perguntou.
–18 e você? –perguntei.
–29. –ele disse arrumando algo em um pequeno fogão a lenha. –E o que você pretende fazer agora? Onde você vai ficar?
–Eu não sei... Eu pretendia ir para La Pushi, mas acho que desviei um pouco da rota não é? –eu disse rindo envergonhada.
–Desviou um pouco? –ele se virou para mim incrédulo. –Você esta quase na fronteira com o Canadá! –eu arregalei os olhos...
–Como eu agüentei andar tanto?
–Sei lá... Mas então onde você pretende ir agora? –ele perguntou.
–Não sei. –eu disse a verdade, porque serio eu realmente não sabia aonde ir e muito menos como voltar para casa.
–Bom te garanto que não tem como você sair por ai, teve um nevasca noite passada e você simplesmente vai acabar morrendo com essa neve toda por aí. –disse ele.
–Meu Deus! –eu disse espantada.
–Então onde você vai ficar? –ele disse me olhando serio agora.
–Aqui? –perguntei por perguntar e ele começou a rir, sério ele riu muito.
–Não sei se você percebeu que eu vivo sozinho aqui... E eu gosto da solidão. –ele disse.
–Pra onde você espera que eu vá? –perguntei com medo.
–Se vira. –disse ele se voltando para o fogão.
–Seria mais fácil se você tivesse me deixado no meio da neve a mercê dos lobos não? –perguntei irritada.
–O que você quer dizer? –ele perguntou.
–Não é meio obvio? –eu disse. –Se eu sair vou acabar morrendo de qualquer jeito... Então porque você não me deixou para morrer de vez?
–Eu não deixara ser humano algum, em hipótese alguma, morrer... Não sei antes fazer tudo o possível para salvá-lo! –disse ele meio irritado.
–É eu percebi isso, e salvar as pessoas inclui tirar a roupa delas? –perguntei.
–Pensei que já tivéssemos superado esse assunto. –disse ele.
–Pois é! –eu disse irritada e fiquei ali parada, encarando a parede a minha frente. O que eu faria agora?
–Tudo bem! –disse ele um pouco alto demais fazendo com que eu me assustasse. –Você pode ficar, mas até essa nevasca passar! –disse ele e eu não acreditei. Quando vi já estava pendurada no pescoço dele enchendo-o de beijos por todo o seu rosto.
–Isso vai ser mais difícil do que parece! –disse ele.
–O que você quer dizer? –perguntei desgrudando de seu pescoço.
–Nada. –disse ele rispidamente. –Quer café?
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A Cabana
Fiksi PenggemarBella acaba de descobrir que esta prestes a se casar, tendo apenas 18 anos, e com um homem que não ama. Então em uma atitude impensada resolve fugir de casa, e acaba se infiltrando na floresta em pleno inverno. Os moradores da região ouviam boatos d...