Me perdoa?

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ESPECIAL 2M

"E espero que me perdoe

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"E espero que me perdoe. Eu ainda te amo"
Engoli em seco e ignorei a mensagem, prendendo as lágrimas nos olhos. Continuei fixando na estrada á minha frente enquanto dirigia e tentava não perder o foco.

Eu tinha pensado que depois de dois meses Cole tinha desistido. Depois de quase um mês sem dar notícia, acabei recebendo uma mensagem de voz dele. Eu não queria que ele me esquecesse, não queria parar de receber suas mensagens e ouvir sua voz, mas também não queria o perdoar e continuar alimentando o meu orgulho.

Há mais ou menos quatro meses, Cole e eu tínhamos brigado muito feio. Saí de casa e voltei a morar no meu pequeno apê no oeste da cidade. Passamos três semanas sem nos falar ou ter notícias um do outro, mas como ele sabia que eu não ia dar o braço a torcer, ele veio atrás de mim. O ignorei todas ás vezes que ele ficou plantado horas na minha porta, ás vezes debaixo de chuva, e todas suas mensagens, eu não respondia.

Não sabia qual era o meu problema: eu tinha o homem mais maravilhoso do mundo lutando por mim e estava o ignorando do jeito mais tosco e infantil. Eu não sabia se isso me levaria a algum lugar a não ser acabar de uma vez com um relacionamento que lutamos para construir.

Determinada, mudei a tragetória do carro e dirigi pelo centro da cidade, pisando fundo no acelerador e desviando dos carros em minha frente. Decidi deixar o orgulho de lado e ir atrás do homem que eu verdadeiramente amava. Depois das mensagens de alguns minutos atrás, ele teria de ouvir o meu pedido de desculpas.

Freiei bruscamente em frente ao prédio de quarenta e dois andares e saltei do carro carregando minha bolsa. Passei correndo pelo porteiro — ele me conhecia há anos, sempre me deixava subir sem perguntas, mas depois de tanto tempo sem aparecer, tinha medo de ser barrada — ignorando sua tentativa de me chamar.

Apertei o botão do elevador diversas vezes, desesperada, arrancando um olhar meio confuso do homem bem-vestido ao meu lado. As portas duplas se abriram e eu entrei com tudo, já apertando o meu andar. Cole morava quase na cobertura, então teria que esperar com a paciência que não tinha.

Pessoas entraram e saíram do elevador para então eu chegar ao meu andar. Quando pus os pés no corredor e me encontrei sozinha, ardi em insegurança. Respirei fundo e, como se tivesse descoberto algo muito interessante nos meus pés, caminhei até a última porta do corredor. Esperei, respirei fundo, esperei mais uma vez e toquei a campainha.

Toquei uma, duas, centenas de vezes, mas fui ignorada completamente. Eu sabia que ele estava lá dentro, e talvez estivesse me observando pelo olho mágico e ignorando minha súplica. Tudo bem. Eu merecia.

— Cole, por favor, abre essa porta — pedi com a voz chorosa. — Olha, eu sei que eu errei, mas... Eu mereço mais uma chance, não mereço? — Esperei, mas a porta continuou imóvel. — Eu sei que você está aí dentro. Por favor, eu sei que fiz isso com você, mas não me deixa aqui fora sozinha. Cole — choraminguei —, vamos conversar, por favor.

Respirei fundo. Eu sabia que não seria uma tarefa fácil, ainda mais depois de tudo o que passamos nos últimos meses. Então preparei o fôlego e abri o coração:

— Eu sei que me amar é uma tarefa difícil — comecei. — Até eu não me suporto ás vezes, mas se você me conhece e escolheu ficar, tem que saber lidar com o amor e com a dor.. Você sempre foi muito paciente comigo, me amou como ninguém jamais fez, e acredite: eu te amo do mesmo tamanho. Sou orgulhosa, teimosa, birrenta, mas é isso que eu sou. Sempre deixei claro para você e sei que mesmo com esses inúmeros defeitos, eu ainda terei o seu amor. E é isso que me faz gostar de você tanto assim. Eu espero que você me perdoe pelas minhas tentativas de te deixar de lado. Eu nunca conseguiria deixar de amá-lo, pois não posso tirar da cabeça aquilo que não sai do coração... — engoli o nó na garganta e tentei controlar as lágrimas, mas foi impossível. Chorei. — Por favor, não me deixa aqui fora conversando sozinha. Eu te amo.

Eu estava perto de desisitir quando uma voz falou atrás de mim:

— Você deveria saber que eu nunca a deixaria falando sozinha do lado de fora, mesmo você tendo feito isso comigo outro dia.

Virei-me sobre os calcanhares. Encontrei Cole encostado na parede ao meu lado, com braços e pernas cruzadas. Pela sua posição de conforto, sabia que ele estava ali a bastante tempo, vendo eu suplicar para o vazio. Eu poderia xingá-lo, mas estava feliz demais por saber que não tinha sido ignorada.

— Você está aí há muito tempo? — limpei as lágrimas e funguei.

— Desde quando você chegou. Eu subi no elevador ao seu lado — deu de ombros.

— Você estava aí o tempo todo e não disse nada? — não disfarcei a irritação em minha voz.

— Eu queria ouvir o que você tinha a dizer — disse ele. Relaxei. — Gostei bastante. Você já pensou em escrever poesia?

Revirei os olhos, mas um sorriso meio sem jeito acabou escapando.

— Desculpa — pedi, olhando para os próprios pés. — Por tudo. Eu... sinto muito.

— Não precisa me dizer mais nada.

Ergui o olhar para Cole que tinha um pequeno sorriso de canto.

— Então você me perdoa?

— Já tinha a perdoado no momento em que a vi saindo pelo elevador.

Um sorriso enorme se espalhou pelos meus lábios. Pulei nos braços de Cole e joguei meus braços ao redor do seu pescoço. Sem lhe dar chances para falar, beijei seus lábios com urgência e intensidade. Surpreso pelo meu ato, Cole riu entre meus lábios e retribuiu o beijo.

— Eu te amo — declarei ao desgrudar nossos lábios.

— Eu te amo mais — beijou meus lábios. — Você não quer entrar? — convidou com um sorriso malicioso no canto dos lábios.

Dei risada e balancei a cabeça positivamente. Respondi:

— Eu adoraria.

— Eu adoraria

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Imagines Cole SprouseWhere stories live. Discover now