"Não estou nem aí"

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Cole Povs
Merda, 1000 vezes merda, um milhão e meio de vezes merda. Georgia devia estar puta comigo, não como "Não estou nem aí mas vou fingir estar brava para ele me dar mimo", não mesmo, ela devia estar mais como "deixa pensar qual vai ser o castigo. Greve de sexo? Greve de fala? Fuder com o primeiro homem bronzeado e musculado que encontrar?" Provavelmente tudo junto. Meu dedo estava suspenso sobre o número dela, bastava um toque e o celular dela iria começar a tocar do outro lado do mundo.

-Cole, você precisa fazer soundcheck, tá todo mundo esperando você – Paul avisa e eu deixo meu celular carregando na tomada, Georgia não irá ligar de qualquer das formas.

Caminhei para o palco pelos longos corredores junto a Paul.

-Se passa alguma coisa? Você não parece bem

Suspirei pensando na burrada que tinha feito ontem.

-Esqueci do aniversário da Geórgia, nem precisa de dizer que to fodido, eu sei que to

-Ainda bem que sabe – ele disse rindo do meu desespero

Vou despedir ele. Mentira, não vou nada.

Horas se passaram e finalmente ganhei coragem para ligar para ela. Minha palma escorria com a transpiração, meus dedos tremiam e tudo isto só pelo nervosismo.
Um toque.
Dois toques.
Três toques.
Quatro toques.

Ela não vai atender.

-Cole? – meu coração deu um pulo mas aquela não era a voz da minha namorada.
-Cole? A Georgia tá dormindo. Cole, você tá aí? – percebi ser a Clare, sua amiga
-Sim eu to
-Pronto, ela ta dormindo, com uma ressaca das grandes, ela bebeu até cair ontem por sua causa
-Eu imagino – disse triste

Georgia nem gostava de bebida mas então bebeu, por minha causa, meu coração apertava só de saber que de alguma maneira lhe causei mal.

-Clare, me ajuda
-Ajudo? Você fez burrada, você que tem de se resolver com ela
-Clare colabore, nós dois sabemos que ela tá puta comigo, preciso da sua ajuda, eu to do outro lado do mundo e não posso ir para Londres do nada – disse tentando convencê-la e felizmente ao fim de algum tempo a tinha convencido a me ajudar com uma surpresa para Geórgia. 

Desliguei sabendo que teria de continuar tentando falar com ela, mesmo antes da tal surpresa, precisava pelo menos tentar, já que a probabilidade de ela atender ser mínima mesmo. Antes de dormir liguei 9 vezes para ela e quando ia ligar pela décima recebi uma mensagem dela. Me sentei na cama antes de ler.

"Você sabe que não vou atender, sabe também que fez burrada e que não quero falar com você então vá se fuder e me deixe trabalhar Sprouse"

Lindo. Maravilhoso. Brilhante. Espantoso.
Só que não.

Balancei minha cabeça pensando em como amanha teria de ser perfeito ou Georgia iria arrancar meu pinto para todo o mundo ver.
Respondi rápido sabendo que ela mesmo não querendo, iria ver seu celular.
"Já não sei quantas vezes enviei uma mensagem dizendo apenas "Desculpe", sei que devia ter lembrado e que nada que diga irá você fazer entender o quão arrependido eu estou por não ter ligado para você ontem. Feliz aniversário atrasado. Saiba que a amo muito. Bom trabalho. Cole."

Acordei empolgado e apreensivo ao mesmo tempo. Tudo tinha de correr na perfeição. E meu nervosismo foi aumentando com o decorrer do dia. No avião estava mais irrequieto que o normal e isso é bem perto duma pessoa ligada à corrente. Desci as escadas do avião e liguei para a Clare, ela me deu luz verde. Georgia estava em Nova Iorque tal como eu, tinha ido a um meet dum cantor que ela gostava, tinha jantado num restaurante em que a conta já estava obviamente paga, tudo tinha sido planejado. Ela agora iria estar no Central Park com Clare, que iria embora assim que me visse.
Os minutos pareciam horas, os segundos pareciam minutos, tudo estava descontrolado, tudo estava fora do lugar, tudo sem encaixe. Isso era o que Geórgia causava em mim.
Assim que o carro parou corri para o local que combinei que elas estariam. Procurei, procurei e procurei e então a vi. Olhando para mim. Foi seu olhar que me chamou, foi o seu olhar que me fez procurar ela naquele exato lugar. Me aproximei devagar e ela estava estática olhando para mim, num misto de surpresa por me ver e tristeza. Queria apagar toda aquela tristeza em seu olhar, queria apenas a surpresa, queria apenas felicidade, queria ser perfeito para ela. Infelizmente não sou, continuo cometendo os mesmos erros, na esperança de ela entender que não consigo ser de outra forma, não é por mal, não é por ser com ela, apenas sou mau, horrível na verdade com datas, preciso ter lembrete no celular para lembrar do aniversário até de minha mãe.
Chego junto dela e a olho nos olhos mas não consigo ver nada em seus olhos sem ser tristeza. Tento me aproximar mas ela se afasta dando um passo para trás.
Não Geórgia, não se afaste de mim, não me afaste.
-Foi você não foi? Tudo isto foi você...
-Fui, eu precisava ver você e não conseguia ir até Londres
Mesmo sem querer compreender eu sabia que no fundo, ela compreendia pois, sabia que meus horários eram apertados e que não conseguia voar até Londres.
Seu olhar era tão distante, merda, eu precisava fazer alguma coisa.
Me aproximei de novo e ela deu – de novo – um passo para trás, a agarrei sem ela querer.
-Me larga Sprouse – ela disse mas isso só me fez agarrar seu corpo junto do meu ainda mais. Enlacei completamente meu braços na sua cintura e meu queixo estava em seu pescoço, eu precisava ter ela junto a mim, mesmo que seus braços estivessem caídos do lado de seu corpo, não retribuindo meu abraço.
-Não fuja de mim Geórgia, sei que errei com você, sei que nada desculpa eu não ter ligado para você desejando feliz aniversário, sei que sou todos os nomes que você me chamou na sua cabeça, sei que existem pessoas muito melhores que eu para você e que elas tão apenas esperando eu fazer burrada para darem em cima de você, sei que não mereço nem metade de tudo aquilo que você me deu e dá, mas eu sei que você me ama e você sabe que não fiz por mal, me perdoa Geórgia.
Seus braços finalmente envolveram meu pescoço, retribuindo meu abraço.
-Você me paga Cole Sprouse – ela disse e pela sua voz soube que estava chorando
-Não chora amor – disse desfazendo o abraço e limpando suas lágrimas que caiam uma a uma pela sua bochecha.
Acariciei seu rosto com minhas palmas nervosas e rocei seus lábios nos meus bem levemente, para depois juntar nossos lábios.
Um, duas, três vezes sem sucesso.
-Por favor – pedi crente – me beije debaixo de todas estas estrelas
-O céu não está estrelado – ela disse contendo o riso e mantendo seus lábios roçando nos meus
-Nova Iorque é um saco, vamos fugir para ver as estrelas?
-Agora? Só nós dois?
-Só nós dois – disse e a beijei a puxando para mim.
Seu corpo junto do meu de novo, minha palma no fundo de suas costas, minha outra palma em seu pescoço, suas mãos na minha nuca e ombros. Me puxando para si, sem medos, sem receios, sem querer se afastar. Me aceitando como eu sou. Me perdoando e me desejando.
A arrastei a custo para nosso hotel – já que a ideia de ser beijada no meio de Nova Iorque estava gradando um pouquinho demais a ela – e não foi preciso mais de dois segundos para a ter entre a cama macia e meu corpo ansiando pelo seu.
Não era minha cabeça debaixo pensando, era a de cima, incrivelmente era a de cima. Minha mente clamava por ela, por a ter junto a mim por esta noite, por a saborear por completo, por aproveitar cada momento pois mais semanas sem nos vermos se avistavam. Apenas a queria, só a ela, aqui e agora.
Beijei seu pescoço com carinho, aproveitando para sentir seu cheiro de coco, beijei cada parte dele, beijei seu ouvido, sua mandíbula, beijei sua testa, cada pequena célula foi beijada, beijei seus olhos, beijei suas bochechas, beijei seu nariz. Beijei então seus lábios, doces, macios, como uma nuvem de algodão doce saída da máquina, ainda ligeiramente quente e úmida. Passei minha língua sobre essa nuvem e saboreei cada pedaço daquele céu açucarado, cada recanto daquela boca tão conhecida por mim.
Fechei meus olhos aproveitando cada sensação que ela me conseguia proporcionar, cada toque delicado, cada gemido baixo, cada sorriso entre beijos. Toquei sua pele arrepiada com a ponta dos meus dedos, apenas testando a sua sensibilidade, sentindo o quão minha ela era, sentindo que a cada toque meu, ela correspondia como se apenas eu tivesse o poder de a fazer sentir bem.
Apoiei meu peso sobre meus joelhos e a ajeitei entre elas, então a puxei para cima e retirei com o maior cuidado seu casaco já aberto, beijando cada canto de sua pele recentemente descoberta, depois retirei sua camisola a vendo por fim de soutien na minha frente. Sua pele chamativa, um pano rendado apenas cobrindo seus seios, seu pescoço vermelho por minhas caricias, sua respiração irregular, seus olhos fechados. Meu paraíso bem diante de mim.
As mãos de Georgia tocaram minha pele junto de meus jeans e começaram também, a retirar minha t-shirt, senti suas mãos passearem por minhas costas e então assim que a peça de roupa foi parar no chão, suas unhas foram de encontro à minha pele das costas, fazendo com que o primeiro gemido alto da noite se ouvisse nas paredes daquele quarto. A ideia de dor e de prazer junto me deixa mais excitado do que para a maioria das pessoas, Geórgia sabe como me deixar louco apenas me fazendo sentir prazer e dor ao mesmo tempo, isso é o suficiente para algo se inflar dentro de mim, para me deixar implorando por ela, completamente na sua mão. Para me deixar com pressa.
A beijei com desejo, lhe transmitindo todo o tesão que estava sentido por ela, fazendo ela saber que poderia ficar assim toda uma noite, implorando para ela me deixar a fazer minha.
-Ah Cole – ela gemeu no meu ouvido quando soltei seus lábios, a mordendo logo depois
Retirei seu soutien e massageei seus seios, para depois os puxar ou chupar, sempre alternando, sabendo que estava apenas tornando tudo mais tenso para ambos, seus gemidos no meu ouvido, meu mamilo rígido na minha língua, seu peito na minha palma, minha visão estava nublada e meu membro pedindo por espaço.
Parei o que estava fazendo e desci os beijos para sua barriga, chegando no cós da calça a retirei junto com suas botas e minhas próprias calças e tênis. –Olhe para mim – pedi me deitando sobre ela de novo, roçando nossas intimidades necessitadas.
Seus olhos nos meus, minha testa na sua, escorrendo gotas de transpiração de nossos corpos eu disse
-Eu amo você, por muita merda que eu faça, você sabe que eu amo você, que faria qualquer coisa para a fazer feliz certo?
-Certo – ela respondeu num sopro fechando de novo os olhos e puxando meus cabelos junto da nuca me fazendo beijá-la de novo e de novo.
Retirei minha mão que estava em sua cintura e fui baixando sua calcinha até ter de me ajoelhar para retirar até ao fim. Retirei então minha boxer e coloquei o preservativo. Me baixei apoiando um das mãos no colchão e subi pelo seu corpo beijando suas pernas, coxas, cintura e intimidade, beijando aquela zona com tanta paixão como se fossem seus lábios algodão doce, respirei seu sexo me inundando com seu cheiro e apertei seu clitóris sabendo que ela estava pronta depois de mais um gemido profundo.
Me posicionei em sua entrada e coloquei centímetro a centímetro, até à base, nos inundando de prazer acumulado.

Não fui capaz de conter tanto desejo e comecei a estocar fundo, não tão rápido, mas bem fundo, nos levando ao limite, ao extremo de prazer, ao precipício.

Georgia continuava fustigando minhas costas que já deviam estar bem vermelhas, me apertando os músculos dos braços e enlaçando suas pernas me fazendo ir cada vez mais fundo, um milímetro que fosse.
Não aguentando mais, dei algumas estocadas mais rápidas e gozei, sem aviso prévio, sem conseguir dizer nada. Continuei estocando sentindo o orgasmo de Geórgia vir em ondas, me sugando, me apertando dentro dela num ritmo contante para então desfalecer em baixo de mim, tentando controlar sua respiração. Sai de dentro dela e retirei o preservativo o jogando no chão, puxei os lenções e a fiz se enroscar em meu corpo tão coberto de suor como o seu.
-Nosso quarto, nossas estrelas, só nós dois, tal como prometi a você – disse a vendo adormecer.

 -Nosso quarto, nossas estrelas, só nós dois, tal como prometi a você – disse a vendo adormecer

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