- Isso vai deixar alguma cicatriz? – pergunto ao médico enquanto observo os pontos no corte em meu braço.- As melhores pessoas carregam cicatrizes – murmura Cole, encostado ao lado da porta do quarto.
Ergo meu olhar para ele e sorrio. Ele retribui o sorriso um pouco tímido, e desvia a atenção para outro ponto do quarto.
- Vai deixar uma marquinha, sim – diz o médico e eu faço uma careta. – Mas o seu namorado disse uma coisa interessante: as melhores pessoas carregam cicatrizes – sorri.
Eu e Cole trocamos um olhar e respondemos em uníssono:
- Não somos namorados!
Trocamos mais um olhar e, como sempre, Cole é o primeiro a cortar o contato visual. O Dr. Marcus enrola uma atadura no ferimento e me libera.
Eu e Cole caminhamos lado a lado nos corredores do hospital, afundados num silêncio que me incomodada.
- Obrigada por ter me ajudado – agradeço, quebrando o silêncio.
Cole e eu estudamos no mesmo colégio, mas nunca fomos de trocar muitas palavras a não ser para perguntar sobre os trabalhos ou alguma atividade. Eu sou meio que uma garota popular, ando com os garotos do time de futebol e com as líderes de torcida, mas não sou aquelas garotas malvadas e arrogantes que as pessoas costumam ver em filmes.
Cole também tem os amigos dele, mas pelo que percebi, ele é sempre na dele. Ele me parece um garoto um pouco tímido, apesar de fazer sucesso com as garotas do colégio pela sua beleza natural e o sorriso encantador.
Estou no hospital por um simples motivo: acabei caindo feio da moto em frente á casa dele. Na verdade, eu não sabia que ele morava lá, e só estava passando por pura coincidência, mas, por sorte, ele escutou o barulho do acidente e apareceu na janela do seu quarto e correu para me ajudar.
- Não precisa me agradecer – me olha do canto do olho.
- Claro que preciso! Você salvou a minha vida!
Cole dá risada.
- Você está exagerando, Laura – sorri.
- Estou, né? – dou risada. – Mas você me salvou mesmo assim.
- Disponha então.
- Há algo que eu possa fazer por você? – pergunto quando saímos pelas portas duplas da frente do hospital.
- Você não me deve nada – para junto comigo em frente a minha moto. – Teria feito o mesmo por mim, não é?
- Claro – sorrio. – Mesmo assim eu gostaria de retribuir. Sei lá, posso te pagar um café qualquer dia desses.
- Fechado então – abre um sorriso tímido.
Ficamos no encarando.
- Tem certeza que consegue voltar para casa de moto? – Cole quebra o gelo, apontando para a minha máquina.
- Relaxa – sorrio. – Foi só um descuido. Eu sei pilotar bem, sério.
Cole apenas sorri.
- Então, até amanhã, Laura – vira-se em direção ao carro do seu pai.
- Espera – chamo-o, fazendo ele se voltar para mim novamente.
- Sim?
Sorrio de canto de boca e me aproximo, o surpreendendo com um beijo. Cole fica um pouco surpreso no começo, mas acaba retribuindo ao beijo. Beijar o garoto com os olhos mais belos do meu colégio em frente de um hospital não é algo que eu tenha planejado, mas é um bom começo.
Afasto-me dele, deixando um selinho nos seus lábios carnudos. Cole me olha confuso, mas parece ter gostado da minha atitude, pois abre aquele sorrio encantador que só ele tem.
- Tchau, Sprouse – sorrio.
- Estarei ansioso para tomar um café com você – sorri de canto.
Sorrio divertida, montando em minha moto.
- Será apenas um de muitos cafés – dou uma piscadela para ele e coloco o capacete.
Funciono a moto e aceno para Cole, que acena de volta enquanto vejo a sua figura ser deixada para trás pelo retrovisor. Como eu havia dito antes: será apenas um de muitos cafés, e espero que seja um de muitos beijos.
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Imagines Cole Sprouse
Fiksi PenggemarDesde 2017 Muitos dos imagines são respostados de páginas, então caso o autor responsável estiver lendo, entrem em contato comigo para os créditos serem dados de maneira correta. Boa leitura!