Capítulo 6

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Horas mais tarde

Acabamos de almoçar, pagámos e saímos do restaurante.

Mimi: Eu vou ao cabeleireiro. Até logo!

Mar: Porque é que vais a um cabeleireiro daqui?

Mimi: Porque é o meu preferido.

Esta miúda pensa que me engana, mas eu não nasci ontem, as mensagens que ela estava sempre a receber de manhã e ao almoço e agora esta ida ao "cabeleireiro". Eu vou descobrir ou não me chamo Marina Silva!

André: Eu vou para o hotel descansar.

Mar: Vai lá.

Afonso: Até logo.

André: Ok, até logo!

Ele saiu e fiquei eu, a Clara, o Afonso e a Sol.

Mar: Bom, onde vamos?

Sol: Podemos andar por aí, o que acham?

Afonso: Bora.- diz e todas concordamos.

Continuamos a andar, eles iam mais à frente e eu mais atrás. Íamos passar por umas ruas estreitinhas, quando ouvi uma voz conhecida. Fui ver mais perto e deparei-me com a Mimi e um gajo que não conhecia de lado nenhum. Eu sabia que esta gaja não é flor que se cheire. Saí e fui chamar a Sol, quando esta viu o que se estava a passar quis logo fazer um espalhafato, mas eu segurei-a. Saí de novo de lá com ela e contei-lhe o plano.

Mar: Vamos dizer ao André que a vimos com um rapaz e quando ela chegar ao hotel, o André pergunta-lhe o que é que ela fez ao cabelo, e vê-mos a sua reação.

Sol: Plano aceite.- disse e começamos a rir.

Afonso: O que é que vocês tanto cochicham aí?

Mar: Vocês veem já. Podemos ir para o hotel? É que já me doem os pés.

Eles assentiram e começamos a caminhar de volta ao hotel.

Mar: Chegamos! Finalmente!- disse ao sentar-me na cadeira do quarto.- Podes sentar-te na minha cama, Clara, ela não te vai comer.

Clara: Ok.- disse tímida, mas sentou-se.

Sol: Vamos pô-lo em ação?

Mar: YUP. Venham connosco!

Afonso: Onde?

Mar: Não querias tanto saber o que é que nos estávamos a dizer? Então segue-nos e fecha a boca.

Voltamos a sair do quarto e dirigimo-nos para o quarto do André. Bati à e este abriu-a em questão de segundos.

Mar: Senta-te temos algo muito importante a tratar!

André: Humm...o quê?

Mar: A tua relação. Hoje, vi a Mimi com outro gajo.- disse de uma vez só.

André: O quê? Claro que não. Deves ter confundido Marina.

Sol: Ela não confundiu, eu também os vi.

O André senta-se e fica a olhar para o chão, solta uma risada seca e volta a olhar para mim.

André: Tu nunca gostas-te dela como é que eu não sei que não estás a mentir para nos separar?

Mar: Eu nunca faria isso.

André: AI NÃO, ENTÃO PORQUE É QUE ESTÁS A INVENTAR DESCULPAS, HAN?

Afonso: André, acalma-te!- a esta hora, eu já chorava

André: NÃO!- aí, pude ver a raiva nos seus olhos.- EU ESTOU FARTO DE OUVIR A MIMI ISTO OU A MIMI AQUILO. FARTO, MARINA!

Sem querer deixei sair um soluço e olhei para o André com o coração partido.

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