Capítulo 1.

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— MAS QUE DROGA, EU ESTOU FERRADA. MUITO FERRADA. - Gritei pra mim mesma, enquanto pegava a mochila e saia correndo em direção ao 4x4 que já me esperava.

— Se atrasou Senhorita Manuela? - disse Luiz, o motorista dá família.

— Já disse mil vezes que pode me chamar de Manu. E sim, estou completamente atrasada, pisa fundo aí Luizão. - respondi sorrindo e tentando parecer agradável.

Normalmente eu costumo dirigir sozinha pra ir a faculdade, mas meu pai "achou" que depois de ontem era melhor que fosse com o motorista para garantir.
E por falar em ontem, meu Senhor amado, o que foi aquilo? Fui a uma festa de uns veteranos da universidade e fiquei completamente louca (como de costume aliás, até por que se for pra não causar eu nem vou) e bom, depois de beber muito e misturar tudo que eu via pela frente, o resultado não poderia ser diferente: dei um belo de um PT (perda total). Ou seja, vomitei até os órgãos, desmaiei e acordei hoje com uma puta ressaca física e moral, e não lembro de quase nada do que eu tenha feito. Provavelmente fiz muita besteira. Mas nem quero pensar nisso agora.  Tenho muito mais com o que eu me preocupar, como por exemplo, como vou fazer prova hoje, se eu mal consigo raciocinar nessa manhã?!

Cheguei em poucos minutos e entrei correndo, cheguei a sala do professor Matias, do meu curso de corte e costura, e pedi licença para entrar.
Eu estou no segundo ano de moda, na Universidade de São Paulo (USP). Já era para eu estar no meio do terceiro ano, mas eu reprovei ano passado, por conta da minha "irresponsabilidade" como meu pai costuma dizer. Já eu, prefiro chamar de "O meu modo de viver a vida". Tipo, fala sério, qual é? Eu tenho 20 anos. Repeti o ensino médio uma vez, e o segundo ano da faculdade apenas uma vez também. Quem nunca passou por isso não é mesmo?

Eu amo a vida. Amo viver, curtir, dançar, beijar, beber. Sou como uma mulher normal da minha idade e quero apenas aproveitar tudo de bom que o mundo tem a oferecer.
Quer dizer, na real quando digo normal, não quero dizer tão normal assim. Até por que sou filha do "magnífico" Eduardo Velasco, o cantor sertanejo mais amado e famoso do Brasil. E não, isso não é maravilhoso, o "sonho de qualquer garota". Não mesmo. Não achem que ter sempre um paparazzi por perto é algo bom. Não que eu ainda não tenha me acostumado, já convivo com isso desde que nasci, mas desde que fiz dezoito anos e comecei a sair em todas as capas de revistas de fofoca como uma "garota problema" comecei a odiar toda essa exposição.
A verdade é que não me considero uma garota problema, eu sou só uma garota, que acabei de me tornar mulher, que comete erros como toda garota da minha idade, mas que sou julgada a todo momento. E isso me revolta. Não foi eu quem escolheu isso, não fui eu quem escolheu ser famosa, então não tenho que ser gentil, aceitar e lidar numa boa com tudo isso.

Professor Matias dizia alguma coisa relacionada a linhas, quando meu iPhone tocou fazendo desviar a atenção de todos para mim. O professor fez um sinal pra que desligasse o aparelho ou saísse para atendê-lo lá fora. Fiquei completamente constrangida, pedi licença e fui atender ao telefone fora da sala de aula.

— O que você quer garota? - disse tentando não rir quando vi o nome " Vaca <3 " no visor.

— Oi, amiga. Sei que tá na facul, mas precisamos muito conversar. Olha o print que te mandei no whatsapp, agora. - Disparou Júlia, minha melhor amiga maluquinha.

— Tá bom amiga, eu prometo que vou olhar, agora preciso voltar pra sala. Beijo. Te amo, sempre.

— Ok, sempre. - disse e desligou.

Esse lance de "sempre" é uma parada nossa. Júlia tem um pequeno problema com a palavra "Eu te amo", nos conhecemos desde pequenas e ela nunca conseguiu dizer essa palavra. Então criamos isso, de sempre. Por que "eu também" soava muito falso, quando eu dizia que a amava e ela dizia "Eu também" em resposta. Então meio que, "sempre" virou um código entre nós.

Voltei pra sala, e abri meu Whatsapp, haviam várias mensagens, de vários contatinhos, passei o dedo rapidamente por todas as conversas até chegar na de Júlia e abri. Havia umas quarenta mensagens dela. Quando vi do que se tratava o print e o por que do desespero da minha amiga, eu também fiquei desesperada. Que droga, como eu odeio essas pessoas. Senti muita vontade chorar, então rapidamente joguei meus cadernos dentro da mochila e sai correndo da sala, sem dizer uma palavra.

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  Olá pessoas! Sejam bem vindos.
Se gostaram do capítulo e querem mais, votem bastante e quem sabe serei legal e já postarei o segundo capítulo hoje mesmo!? Então encham esse capítulo de estrelinhas! <3
ALGUÉM POR FAVOR ME AJUDA COM A CAPA? PRECISO URGENTE DE UMA CAPA PRA ESSE LIVRO, E ALÉM DE NÃO SABER FAZER, NÃO CONHEÇO NINGUÉM QUE FAÇA. ENTÃO SE SOUBEREM DE ALGUÉM, OU SE ALGUMA DE VOCÊS MESMAS SOUBEREM FAZER CAPA, ME MANDEM ALGUMAS POR FAVOR?
Tenho outra história publicada aqui no Wattpad, se chama Por trás de uma tela. (PTDUT) dêem uma olhadinha lá, acho que irão gostar. E se você veio pela indicação que fiz em PTDUT, já comenta aqui pra eu saber.
Bom, a princípio é isso galerinha, se querem conhecer melhor a história dessa garota maluca e saber o que tinha no print que a deixou tão chateada, não deixem de votar e acompanhar os próximos capítulos.
Beijos!! ❤ - Gabs.

Cartas Para ManuelaOnde histórias criam vida. Descubra agora