Capítulo 01

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( Não revisado! Vou liberando aos poucos esse já está prontos e mais alguns. Semana que vem posto o mais)

LAÍS

-  Faz uma semana que você nos deixou paizinho, confesso que estou sem chão e sem saber o que fazer. Sua partida foi tão repentina que nem pude me despedir, mas a mamãe está pior e eu tenho medo de perdê-la. – Dor era visível na voz de Laís e comoveu a todos que presenciaram suas súplicas diante do túmulo de seu pai.

- Venha minha criança sua mãe precisa de você mais do que nunca.  – A voz da sua vizinha Marta uma senhora de 68 anos a despertou de sua escuridão.

- Ela está começando a me esquecer e é isso que me dói mais.

-  Filha vamos pensar ser forte, pois por que ela agora só tem a você nesse mundo e mesmo que a cabeça dela tenha te esquecido o seu coração sabe que você é a razão de viver dela. – Aquelas palavras aqueceram o coração de Laís acendendo a chama da esperança.

- Mesmo que ela não lembre mais de mim eu a amarei com toda minha alma.

O caminho  de volta pra casa foi percorrido em silêncio e Laís agora tinha uma grande preocupação, como elas viveriam a partir de agora? Seu pai era autônomo e não pagava o INSS sua mãe sempre foi dona de casa e agora a única renda delas será o  benefício dado pelo governo porém a preocupação​  de Laís é notório, pois muitos benefícios for cortados e ela temia que o de sua mãe também.
  Assim que chegaram em casa dona Marta de despediu com um beijo entendendo que mãe e filha precisavam de um tempo só delas.

- Mãe! -   Laís chamou em sussurro, mas não obteve resposta e decidiu ir ao  quarto. Ao entrar ela encontrou sua mãe se arrumando e olhando para a  janela. -  Aonde a senhora vai?

- Desculpe, eu conheço você moça?– Essas palavras foram tivessem
cravando um punhal nas costas de Laís e ela sentiu todo o seu corpo perder as forças.

- Mãe sou eu sua filha, a senhora não lembra de mim? – Ela falou em súplica lutando para que tudo não passassem de um surto passageiro como ela vinham tendo.

- Acho que você está me confundido com alguém  anjo, apesar de você ser linda eu não sou sua mãe a minha filha é pequena. – A constatação doeu mais do que ela imaginava e tudo o que o médico falou estava acontecendo, sua mãe apenas lembrava dos fatos passados esquecendo de tudo o que aconteceu recentemente.

- Porque você está chorando minha querida? – Laís estava tão transtornada que sequer percebeu que estava chorando.

- Eu... Apenas me emocionei ao olhar pra senhora, és tão linda e parecida com minha mãe que cheguei a confundir. – Ela esboçou um sorriso triste e  sua mãe se aproximou e sem delongas lhe deu um abraço e isso derrubou todas as barreiras de Laís e ela colocou pra fora o choro que estava preso.

- Chore meu anjo coloque pra fora tudo o que está lhe afligindo minha pequena sereia. – Laís chorou mais ainda porque aquele era o apelido que sua mãe lhe chamava carinhosamente quando ela era criança.

Depois de ter se acalmado ela ajudou sua mãe tomar seus medicamentos lhe deu seu lanche lhe fez companhia até que ela dormiu. Preparou um chá e sentou na cadeira de balanço antiga que seu pai havia reformado e colocado no terraço na intenção de poder observar a noite e as estrelas, essas lembranças  trouxe uma tristeza imensurável deixando-a com falta de ar.

- Você vai acabar pegando um resfriado se ficar por conta da frieza e de tanto chorar criança. – Ela enxugou as lágrimas com a barra da blusa e fitou sua doce vizinha que vinha sendo seu porto seguro.

EMIL    Intenso e MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora