"Porque você e eu
Nós nascemos para morrer"
— Lana Del ReySr. Carter me perguntou o que estava acontecendo e eu respondi que não poderia dizer. Então saí da sala antes de ser interrogado. Alicia estava comendo um hambúrguer e Sun, um sanduíche de atum.
— Jonas! — Sun entrelaçou seu braço nos meus ombros. — Sabe quem acabamos de ver? Felix Moon!
— Ele estava com um colete laranja e uma calça jeans também laranja. — Alicia me puxou pelo braço até a lanchonete. — Olha ele ali!
Felix estava sentado na mesa, conversando com os seus amigos. E realmente, ele estava maravilhoso com aquele colete.
Me aproximei dele, e sentei-me ao seu lado.
— Oh, Jonas... Feliz aniversário, cara! — me deu três tapinhas nas costas.
— Obrigado. — sorri para ele.
Felix tinha dezesseis, mas era um deus grego. Eu não cansava de admirar a sua beleza.
— Soube de alguns novatos e novatas esse ano. — Felix sorriu para mim.
— Bem, eu não sei de muitos... — dei de ombros.
Olhei para frente e vi Marco correndo na nossa direção.
— Vocês sabiam que existe filas nos caixas de supermercado de manhã cedo? — nos perguntou, ofegante.
— Ahn... Sim...? Todos sabem disso. — respondi.
— Pois eu não. E eu só queria comprar um biscoito de morango. — enxugou o suor da testa e respirou fundo. — Ah, feliz aniversário, Jonas. Ah, droga, esqueci o seu presente em casa...
— Não precisava. — tentei argumentar, mas ele balançou a cabeça negativamente, como se estivesse tentando impedir que essas palavras entrassem em seu ouvido.
— Nada disso! Você vai ganhar e pronto! — December cruzou os braços.
Balancei a cabeça positivamente, cedendo. Olhei para o fundo do local, a última mesa, e vi o Connor Merlin. Acho que posso chamá-lo só de Merlin; não é todo mundo que tem o nome do maior mago dos tempos, como segundo nome.
— Ei, quem é aquele? — Felix cutucou o meu braço e apontou para Connor, ou Merlin, tanto faz.
— Ah, é um garoto novo da escola. Ele se chama Connor Merlin Walter. — falei.
— Será que ele tem magia ou algo do tipo? — Sun brincou, arrancando gargalhadas de Felix e seus amigos.
— Será que ele fala aquelas palavras estranhas, latim talvez, para praticar as suas feitiçarias? — Felix usou um tom assustador.
— Eu não acho que ele gostaria que brincassem com o nome dele. — os repreendi.
— Deixa de ser sem graça, Jonas. Vamos até lá. — Felix me puxou pelo braço até a mesa de Merlin, que estava escrevendo algo em seu caderno. Quando nos viu, fechou-o rapidamente.
— Posso ajudar? — perguntou. Notei em seus lábios rosados enquanto se movimentavam, e tive um enorme desejo de beijá-los, talvez.
— Queríamos saber se você tem magia. — um amigo de Felix perguntou.
— Perdão? — Merlin se inclinou para frente, a fim de ouvir melhor.
— Merlin... Merlin... Merlin... O grande mago! Onde está o seu amiguinho, Arthur? — Felix engrossou a voz.
— Perdoe-me pela minha arrogância e falta de compreensão, mas você sofre de algum doença mental? Demência? — Merlin cruzou os braços em cima da mesa.
— Não. Mas eu entendo que está de TPM porque não pode praticar suas feitiçarias aqui na escola.
Tudo bem, eu gostava de Felix. Mas ele era um tremendo babaca.
— É, isso é muito triste. Então faz assim, companheiro — Merlin ergueu o braço direito e fez uns gestos no ar. —: por que não volta para a sua mesa e esquece de mim?
— Seria interessante, mas não teria graça...
Eu estava só observando. Até que a manga do casaco azul de Connor Merlin estava arregaçada, e eu pude ver cicatrizes de cortes em seu braço.
Era por isso que ele sabia... Ele era como eu.
— Felix, para com isso. — puxei-o para longe de Connor. — Está ridículo.
Ele abriu a boca para reclamar, mas o sinal tocou.
Aquela aula de matemática estava até interessante, e eu estava bem focado nela. No entanto, quando a professora estava nos explicando uma fórmula maravilhosa, me surpreendo com um bilhete em cima da minha mesa.
"Obrigado por ter me defendido no intervalo
~ Merlin, bruxão, doidão"
Ri pela sua assinatura e guardei o papel. Ele estava do outro lado da sala, escrevendo no caderno de capa preta. Então eu me perguntei o que tanto ele escrevia ali.
Mas também, olhando-o daquele jeito, percebi que ele se parecia muito com Jack Frost (de A Origem dos Guardiões). Falta só o cajado de madeira e pronto.
Então ele era dois em um: o mago Merlin e o Jack Frost.
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Suicidal Love (Romance Gay) [PAUSADO]
RomanceEu estive andando pelas ruas. Estive com o olhar distante, vazio, sem brilho algum. Estive sem saber se estava vivendo, ou morrendo, sem saber se estava sendo dramático ou apenas sofrendo, sem saber se aquela dor seria para sempre ou passageira. Est...