capítulo 14

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*Henrique ON*

Sem revisão

Eu sabia que ela me perguntaria sobre o que viu ontem, e sinceramente não queria falar com ela sobre esse assunto e no impulso até pensei em ir atrás dela e tentar me explicar, fiquei com medo dela ter lembrado que fui eu quem matei seus pais. Mais por sorte ela só lembrou de partes e logo ela lembrará de tudo e fico realmente mal por saber que ela irá me odiar no caso o cavaleiro e eu em seguida quando descobrir que somos a mesma pessoa. E para fugir do assunto trouxe ela ao meu estábulo, tenho muito orgulho dos meus cavalos, todos de raça pura. Ela analisa o ambiente.
- Eles são mesmo lindos...achei que teria medo, mais não sinto.- ela se aproxima de fúria e toca na cara fazendo carinho ele parece ter gostado dela e olha que ele é bem chato quando o assunto é pessoas.
- Esse é o meu cavalo favorito...seu nome é fúria, ele gostou de você e isso é raro.- aliso a crina dele, fico bem perto dela e posso sentir o cheiro bom vindo dos seus cabelos que me faz respirar mais forte perto deles, disfarço após ela virar e me encarar.
- Eu também gostei muito dele, mais quais são os outros animais?- seu sorriso é encantador e me motiva muito saber que ela gosta dos animais...diferentes das outras mulheres que já trouxe aqui e que sempre preferia o luxo da casa e não gostava de estar perto dos animais.

Já tem mais um ponto positivo.

Fizemos um logo percurso pela fazenda e mostrei todos os animais e ver o fascínio em seu olhar me fez vibrar em diversos momentos me fazendo até me estranhar por esperimentar sensações que nunca havia sentido antes. Caminhamos de volta para o estábulo.
- Pelo seu sorriso, posso dizer que gostou dos animais.- falo admirando sua beleza e paramos em frente.
- Amei todos. Mais em especial os cavalos eles são lindos...- ela encara os cavalos e tenho uma idéia, parece um pouco absurda, mais não custa tentar.
- Sophia, quero lhe fazer um convite, aceita calvagar comigo, prometo que será bem rápido e escolho um cavalo bem tranquilo.- ela virá e me encara surpresa, mais logo sorrir e isso parece ser um sim.
- Eu não sei cavalgar, eu acho, e meu braço ainda está machucado, mais confesso que é tentador o convite.
- É verdade como sou lerdo me esquece, então vamos os dois no mesmo cavalo se você não se importar é claro...- falo a encarando.
- Eu aceito, mais confesso que estou com um pouco de medo de cair.- Ela sorrir sem graça e seguro sua mão no impulso e como sempre aquele eletricidade passa por nós e solto rápido, ela me encara fixamente e fico nervoso.
- Você também sentiu?...- ela pega minha mão novamente e sinto minha Palma esquentar e seu olhar sobre mim é como se ela pudesse me ver por dentro e ver alguém fazendo isso me incomoda muito e puxo um pouco ríspido a minha mão.
- Vamos logo, antes que fique tarde.- caminho para dentro do estábulo e tiro ó fúria da baía.
- Eu sentie toda sua tristeza e escuridão...porque você é tão sombrio?- paraliso com suas palavras e penso no que dizer e estou sem coragem para encara-la, mais mesmo sem coragem me viro e seus olhos castanhos me fitam de forma preocupada e assustada.
- Não sei porque consegue ter acesso às minhas emoções, mais evite me tocar e a minha escuridão não é importante...agora vamos.-Pego o fúria já que ele gostou dela e ela vai ser a primeira mulher a fazer isso.
Ela parece pensativa, mais me acompanha, ajudo-a á subir  segurando na cintura e queria ter sido menos vago nas minhas palavras, mais é melhor assim.
e logo começamos a cavalgar.
E ter seu corpo tão perto do meu e seu perfume de flores enchendo minhas narinas me deixa um pouco atordoado e ver o quanto ela me afeta e essa garota vai acabar descobrindo mais do que deve e é justamente isso que eu temo.
- Para onde estamos indo? Amei sua Fazenda ela é mesmo linda.- ela esta traquila e parece ter cavalgado antes e ver seu sorriso quebra um pouco das barreiras que venho construído, ela me deixa estranho demais.
- Não vamos muito longe, o sol vai se pôr daqui a mais algumas horas só queria que você saísse um pouco.- faço com que fúria vá um pouco mais rápido e seguro firme sua cintura para que ela não caia como da outra vez e também é bom ter seu corpo colado ao meu dessa forma.
Chegamos a uma parte alta da Fazenda de onde da para ver o Mar e por alguns instantes tenho a impressão que já estive aqui antes.
- Nossa! Que vista linda...acho que nunca vi um lugar tão bonito e se tivesse eu nem lembraria.- vejo uma pontada de tristeza em sua voz e desço do cavalo e ajudo ela.
- É realmete lindo mesmo, venho aqui quando quero pensar na minha vida e não fique triste por não se lembrar das coisas, breve sua memória voltará.- ela sorrir e vira em direção ao mar e encara o horizonte e agora eu entendo o porque que me parece tão familiar isso tudo...parece com a visão quando eu á toquei quando estava no quarto só que daquela vez eu estava transformado. O que será que significa isso?
- Henrique!- saio dos meus devaneios ao ouvir meu nome e ela está do meu lado me olhando preocupada.
- Oi...o que foi?
- Você esta passando mal?- sorrio diante da sua preocupação.
- Não, eu estou ótimo...só pensando muito.- ela continua me analisando e parece querer me decifrar e essa Sophia sem memória é bem atrevida, sendo que ela era bem tímida e mal me olhava nos olhos.
- Você é muito misterioso e parece ter muitos segredos, mais entendo você ficar pensativo deve ser difícil cuidar sozinho de tão grande património e com certeza têm muita coisa do que se preocupar.- ela não tenha dúvida disso.
- Você esta certa, e o misterioso é só impressão sua, eu sou reservado e é melhor assim.- ela sorrir e volta a atenção para o horizonte e se ela soubesse só a metade dos meus segredos ela acabaria ficando louca ou saindo correndo daqui. Encaro o céu e o calor do sol começa me encomodar.
- O sol ainda está forte vamos para perto daquela árvore.- puxo a rédea de fúria e ela vêm do meu lado.
- Me fale um pouco sobre você já que de mim eu não posso falar nada.- Prendo a rédea em um galho e encaro ela que só agora vejo corar.
- O que a senhorita gostaria de saber sobre mim?...Não tenho muito o que falar.- tiro meu paletó e coloco no chão iria segurar sua mão para ajuda-la a sentar, mais desiste e me sentei e meio sem jeito ela fez o mesmo e da árvore podemos ver o mar em seu azul perfeito e ao longe uma pequena Ilha.
- Tenho muitas perguntas...uma delas é quantos anos você têm?- ela aperta as mãos e parece nervosa e acho engraçado esse constrangimento repentino.
- Pareço ser bem velho, mais só tenho 29 anos.- falo a encarando e vejo a surpresa em seu olhar.
- Nossa! Você é bem jovem e já têm tudo isso, mais cadê sua família? com certeza eles têm muito orgulho de você.- desvio minha atenção para o horizonte e posso garantir que eles não têm orgulho de mim coisa nenhuma.
- Desculpa eu não deveria falar da sua família...- ela ficou sem graça.
- Não tudo bem...Eu aceitei responder suas perguntas...Mais sou sozinho, meus pais morreram quando eu era adolescente e lutei para ter tudo que tenho...agora faça outra pergunta.- a encaro sorrindo e gosto desse nosso contato e dessa paz que me faz não querer sair de perto dela.
- Certo senhor Henrique...vou fazer muitas perguntas e se não quiser responder tudo bem.- faço um aceno e ela ageita o vestido.
- Uma lembrança boa de quando você era criança e o que você mais gostava de fazer?- me escoro na árvore e fecho os olhos lembrando da minha infância.
-Ela foi muito pobre, mais eu tinha uma coisa que nem todo o meu dinheiro poderia comprar que era o amor dos meus pais e a felicidade de ver meu pai chegar após o dia cansativo de trabalho e me pegar no colo e conversar comigo...e também eu era muito travesso e adorava invadir o quintal do vizinho e pegar goiaba, mais tive que me virar aposta morte dos meus pais e trabalhei muito.- ela me ouvi atenta e sorrir.
- Pelo visto você aprontava mesmo e Você ainda pode ter o amor de uma esposa e filhos...porque ainda não se casou? Você é jovem e tenho certeza que têm muitas garotas nobres na cidade que adoraria ser cortejada.- ela cora por ter feito uma pergunta muito íntima.
- As garotas nobres são muito fúteis e não iriam dar o mesmo valor que eu dou a minha Fazenda e não ligo para títulos, e esse é um dos meus sonhos ter minha família, mais ainda não achei a esposa ideal...e a minha teria que ser muito especial.- uma brisa suave passa por nós e tira o cabelo dela do lugar me aproximo e não tiro os olhos dos seus que me prendem como dois imãs, toco suas maçãs coradas e coloco o cabelo de volta atrás da orelha, encaro seus lábios rosados e estou tentado a beija-Los.
- Pessoas especiais são raras, mais ainda bem que eu sei detecta-las e você sem dúvida é uma delas.- vejo surpresa em seus olhos e me inclino em direção aos seus lábios.

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*Concluída*Protegida pelo cavaleiro negro. Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora