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Eu lembro do nosso primeiro abraço.

Já fazia dois meses que eu estava na sua casa, dormíamos em quartos separados, mas a minha vontade era de dormir ao seu lado. Eu comecei a me preocupar com você, de um jeito que nem eu mesmo sabia como explicar.

Você sempre dormia abraçado com um urso, e eu sempre via essa cena, era tão lindo, você parecia tão indefeso, quando na verdade você é a defesa de muitos.

A primeira vez que você passou mal, eu não sabia o que fazer. Você quase desmaiava, e eu sempre estava ali. E por mim eu sempre iria estar, eu não queria mais ir embora, eu não queria te deixar. E eu não te deixei.

Nos estávamos no seu quarto assistindo mias um capítulo do anime que você amava. Eu não gostava, mas eu via por você, a sua risada me acalmava, eu me sentia tão bem.

Você me olhou e perguntou se eu estava gostando, eu não disse anda apenas sorri, e você fez o mesmo. Seu sorriso era tudo para mim, exatamente tudo.

Continuamos ali assistindo até que você desligou a televisão e me olhou com um sorrisinho no rosto. Eu ri, ri de nervoso.

Você falou que queria brincar lá fora, no balanço que tinha atrás da sua casa. Você tinha a alma de uma criança, você era uma criança e eu sinto falta disso.

Eu ri e concordei, você me puxou e foi descendo as escadas comigo atrás de você, quase caindo, mas estava te seguindo. Fomos até o jardim que tinha atrás de sua casa, você foi correndo até onde tinha as rosas.

Ficou mexendo nelas como de costume. Você era uma rosa, a mais bonita do jardim, mas não te davam amor, só pisavam em cima de você. Então eu te daria o que fosse preciso para que você voltasse a ser resistente a tudo.

Você arrancou uma rosa com toda a delicadeza que pode, e veio até mim. Colocou a rosa atrás da minha orelha e arrumou um pouco o meu cabelo. Eu sorri, e você riu.

Fomos até os balanços, você se sentou em um, e eu me sentei ao seu lado. Começamos nos balançar. Estava tão divertido.

Você falou que conseguia ir mais rápido e mais alto, eu não duvidava disso, mas falei que eu era melhor. Então começamos uma leve disputa para ver quem ia mais alto.

Você ria, a sua risada me contagiava, me deixava feliz. Eu estava feliz ao seu lado. Eu me sentia calmo, você me deixava assim. Eu gostava da sua presença, eu gostava de te ver. Eu, eu gostava de você.

Então você ganhou de mim, você conseguiu ir mais alto. Você pulou do balanço e começou a dançar, eu ri e fui até você, comecei a dançar com você. Você falou que perdedores não podiam dançar, que era a dança da vitória.

Eu fiz bico fingindo estar chateado, e você parou de dançar.

Então eu senti seus braços agarrarem minha cintura e me puxarem até você. Eu corei e você me abraçou, e eu fiz o mesmo. Eu te abracei com toda minha força, naquele abraço eu coloquei todo o meu amor, eu coloquei tudo o que eu sentia por você.

E então depois desse abraço, eu me tornei dependente de muitos outros. Eu me tornei dependente dos seus braços, do seu sorriso, da sua risada.

Eu achava tudo muito estranho, eu sentia que tinha uma conexão com você que talvez ninguém mais tenha. Eu sentia que deveria te proteger.

Seu cheiro era tão bom, seu cabelo escuro era lindo. As suas típicas roupas, eram fofas e combinavam com você, eram todas coloridas.

Você era uma junção de coisas boas, que com o tempo se tornaram maravilhosas, e foi deixando muita gente dependente de você, eu tinha medo de ser como elas.

Mas eu já era como elas, eu só não sabia.

Eu nunca irei querer muito mais. Você sempre estará ao meu lado, até o dia que eu morrer.

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As bochechas do Hobi são maçãs
VONTADE DE APERTAR

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Never Forget You;; myg + jhsOnde histórias criam vida. Descubra agora