A batalha final. E o final épico.

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Lunger gritou com todas as forças assim que evocou o maior escudo que alguma vez já tinha feito só para proteger as irmãs Brownie de um ataque direto de Will, com os punhos envoltos no seu fogo amarelado e um riso psicótico no rosto.

Violet, ou Némesis, ergueu a sua roda da fortuna e ditou palavras em latim, fazendo todos nós brilharmos em volta dos nossos corpos e entender que nos sentíamos com mais capacidade de luta. Maioria agradeceu-lhe com um simples sorriso, investindo para cima do demónio.

Peguei bruscamente no meu diário que caiu ao chão, por ter tentado evitar uma flecha rumo ao meu rosto. Folheei-o rapidamente e com a palma da minha mão direita na direção do meu alvo gritei três simples palavras que estremeceram o chão, abrindo uma cratera enorme na tentativa de o sugar.

" – Patentibus globe terra!".

O meu objetivo nem era derrota-lo com aquele golpe e sim fazê-lo desviar-se para o lado esquerdo, perto das pessoas que davam o suporte. Assim, ele iria sentir-se atraído a derrota-los primeiro.

Assim que lhe vi sorrir pela ideia que teve, sorri ainda mais ao perceber que tinha caído na minha armadilha.

" – Agora, Bill!". – Berrei com todas as forças.

O loiro saiu da cratera que criara no meio dos suportes, socando em seguida em baixo do queixo do irmão de cabelos azuis envolto com as mãos cobertas de fogo azul.

Vi-lhe os caninos se formarem e o sangue dos olhos começar a aumentar, à medida que a troca de socos se fortalecia. Will não parecia querer ceder, embora mais são que o mais novo.

" – Nem... Penses que te vou deixar tocares com um dedo que seja nos meus...!". – Praguejou entre dentes a frase incompleta. O mais pálido pareceu ver-lhe uma brecha e chutou-lhe o estômago, fazendo-o praticamente voar até à outra ponta da sala.

Segui rapidamente com o olhar horrorizado pelo dano que lhe deveria ter causado, chegando a amolgar a parede.

" – Bill!". – Gritei, pronto para ir na direção dele. Porém, alguma força parecia ter-me detido de ir para o outro lado do campo, recebendo um olhar de canto do mais velho dos dois. Sussurrei mentalmente algumas palavras não muito indicadas.

" – Os teus quê? Posso saber, caro irmão?". – Perguntou num tom sereno, voltando a descer calmamente e ficando frente a frente ao irmão.

Por incrível que pareça, o mais alto riu-se baixinho, vendo-lhe os ombros mexerem-se lentamente, apesar da dor. Esfregou a sua luva preta pelo nariz ensanguentado e levantou-se lentamente, fitando-lhe o olhar com um sorriso rasgado e louco.

Aquele sorriso que me metia medo.

Mas, daquela vez, eu soube que estava tudo bem e sorri de volta, assim que obtive um olhar de milésimas de segundo; O olhar convencido que eu tanto amava.

Assim feito, virei costas e sorri de orelha a orelha, voltando a berrar outros encantamentos para dar cura a muitos que tinham ficado feridos contra o inimigo. Vi o chapéu de Soos a um canto qualquer e praticamente desfeito; Muito provavelmente perdido durante a batalha.

" – Os meus amigos, era o que eu ia dizer". – Sussurrou Bill, estalando os dedos lentamente ao lado do corpo. Depois, ficou completamente envolto em chamas azuis e num sorriso psicótico e olhar de um vermelho puro de raiva. – "Mas acho que me enganei, caro Will. Eu quis dizer família!".

E partiu novamente para cima do irmão, fazendo-me rir baixinho enquanto ajudava Pacífica a recuperar de uma dor enorme no braço quase fraturado.

My little, sweet and loyal EmployeeOnde histórias criam vida. Descubra agora