Até que a morte nos reúna.

299 24 3
                                    


Dias atuais...

Quando fui preso por meus assassinatos comecei a escrever um diário com tudo que  tinha acontecido em minha vida. É muito provável que esse diário seja ocultado de todos, que ninguém chegue a ler as palavras nele escritas, que ninguém saiba a verdade e que todos pensem que matei e magoei tantas pessoas sem motivos. Se você está lendo isso, provavelmente deve ter notado que existem páginas faltando, sinto muito, mas eu as rasguei. Eu não podia contar detalhadamente como atirei em meu melhor amigo por ele não me deixar seguir em frente com minha vingança, não podia dizer que não senti nada em fazer isso. Me viciei em cigarros, e fumando, matei meu melhor amigo e completei minha vingança. A Polícia chegou momentos depois de tudo, a Stephanie a chamou. Eu poderia ter resistido ou tentado fugir, mas eu ja tinha feito oque fiz, sabendo das consequências que isso traria. Hoje é o dia da minha execução, e por mais que eu quisesse dizer que encontrarei a Ana e meus pais no céu, provavelmente irei para o inferno caso ele exista. Queria que todos entendessem que tudo que fiz foi por amor, por amor a Ana. Creio que todos tenham um John dentro de si, mas para que ele seja revelado, é necessário uma vida de perdas, uma vida colecionando lágrimas. Eu matei todos aqueles homens, minhas mãos estão sujas de sangue, mas minha consciência permanece limpa. Exceto por algo. A morte do David não era necessária, mas mesmo assim atirei em meu amigo até a morte porque eu estava cego. Nisso eu gostaria de voltar atrás, gostaria de não ter tirado a vida de quem mais me ajudou, mas eu o fiz. Minha execução está próxima. Peço a qualquer um que achar esse diário que não cometa os erros que cometi. Cuide bem da "sua Ana", não assasine seus amigos, mesmo que seja com palavras que parecem tiros. E principalmente, não espere ser tarde demais pra começar a demonstrar.

(...)

Acho que aqui acaba minha curta  vida. Daqui a dez minutos serei fuzilado, mas não é isso que me incomoda. Muitas palavras não foram ditas por mim, e foram elas que me mataram. Mas quero que todos saibam, que quando aqueles homens se prepararem pra atirar em mim, a minha última frase será: eu te amo, Ana Miller...

Eu sou John sartori, e esse é meu diário.

O Colecionador de Lágrimas Onde histórias criam vida. Descubra agora