Six Degrees of Losing Lou [Larry Stylinson] (portuguese version)

3° Passo

3° passo – E o terceiro, é quando seu mundo se parte ao meio

Agora faziam mais de três semanas (quase um mês) desde que Louis havia terminado com Harry. Ele estava destruído. Ele tentou ligar e mandar mensagens a Louis mas não obteve nenhuma resposta. Harry estava deprimido e afundando suas mágoas em álcool, drogas e maratonas de filmes românticos de merda.

Para ser honesto, ele nem sabia se ainda acreditava no amor. Louis foi a única pessoa que ele amou e ele o perdeu, essa era a pior dor que ele já sentiu em seus 18 anos de vida. Ele tirou todas as suas fotos juntos porque ele não podia olhar para elas sem chorar; tentou retirar tudo que o fizesse lembra do garoto de Doncaster, mas isso nunca funcionou. Era como se Louis estivesse consumindo sua mente, o lembrando constantemente de que ele estava sozinho.

Todos conseguiam ver que Harry estava agindo de uma maneira estranha, até mesmo os fans perceberam. Harry e Louis não se sentavam mais um próximo do outro nas entrevistas, e nos shows, eles nem se olhavam e muito menos falavam entre si. Toda vez que Harry tentava falar com Louis, ele recusava e se afastava. Isso machucou muito Harry. Muito.

Harry estava definitivamente em pedaços.                                                               

Ele se trancou em seu apartamento e negava-se a sair caso não fosse extremamente necessário. Ele não falava com ninguém. Os outros garotos tentaram animá-lo inúmeras vezes mas nenhuma deu certo. Harry pôs um sorriso falso em seu rosto e tentou agir como se ele estivesse feliz embora tivesse o pressentimento de que Zayn, Niall e Liam podiam enxergar através de sua máscara.

Harry estava sozinho em sua poltrona naquele dia nublado, passando por canais aleatórios quando seu celular começou a tocar com uma melodia familiar. Ele pegou o celular e para sua surpresa, na tela lia-se Louis. Louis estava ligando para ele. Seu coração descompassou no momento em que ele atendeu.

“Oi?”

Ele ouviu a respiração de Louis tremer, abafando o som. “Erm, oi Harry,” suspirou Louis.

Harry parou. “Oi Louis”

“Desculpe por não ter atendido suas ligações, eu estive... eu estive ocupado, é isso.” Louis cantarolou.

“Oh” foi a resposta de Harry.

“Hm... então, como você tem passado?”                               

A garganta de Harry se apertou “E-eu não vou mentir para você. Eu estou destruído, eu sinto m-muito a sua falta” o ar lhe faltou. Do outro lado da linha, Louis mordia seu lábio inferior ao ouvir as palavras de Harry.

“Desculpe.” Louis repetiu.

“Volte, por favor, eu sinto muito a sua falta e me desculpe por brigar com você, eu fui um idiota, nós podemos fazer isso dar certo eu prometo-“

“Harry” Louis respirou “Nós precisamos de um tempo afastados”

Harry soluçou “Não, Lou, por favor-“

“Nós brigávamos demais, n-não era uma relação saudável” Louis explicou.

“Louis, por favor” a voz de Harry falhou e agora ele chorava novamente, lágrimas escorrendo pelas suas bochechas macias.

“Escute, nós podemos continuar sendo amigos, não é? E além do mais, nós estamos em uma banda. Nós meio que temos que ser amigos-”

“Mas eu não quero ser só amigos!” Harru soluçou, sua mão tremia ao que ele segurava o celular próximo a sua orelha. “Eu te amo tanto, Louis, tanto que chega a machucar, por favor me aceite de volte, me desculpe por tudo.”

Louis engoliu em seco “Tchau Harry” bufando antes de desligar.

Harry sentiu seu peito apertar ao que ele não escutou mais a voz de Louis “Não, Louis...” ele chorou olhando para a tela do telefone e percebeu que Louis havia desconectado a ligação. Ele encarou o celular por um longo tempo; seu corpo tremendo.

Os dentes de Harry trincaram ao que ele jogou o aparelho contra a parede, fazendo com que o mesmo se quebrasse e suas peças caíssem no chão. Harry afundou-se na maciez de sua poltrona. Ele odiava tudo, ele odiava a ele mesmo, ele odiava o amor, ele odiava Louis.

E ele também odiava o fato de que apesar de sua raiva de Louis, bem no fundo, ele o amava. Ele era loucamente apaixonado por Louis e não conseguiria deixar de amá-lo.

Harry foi, sem forças, até o banheiro. Encarou seu reflexo no espelho, seus olhos estavam vermelhos, seus cachos levemente grudados em seu rosto e seus lábios estavam inchados. Ele piscou algumas vezes enquanto encarava seu reflexo, insatisfeito com ele mesmo.

De repente, uma realização atingiu Harry: o termino do namoro não era culpa do Louis, era tudo culpa sua. Era culpa sua Louis tê-lo deixado, ele era um namorado ruim, um amante terrível.

Harry soluçou ainda mais, desejando que ele tivesse o corpo quente de Louis para segurar. Desejando que ele pudesse beijá-lo, desejando que ele pudesse dizer-lhe o quão arrependido ele estava.

De uma maneira subconsciente, sua mão encontrou o caminho até a gaveta, onde ele começou a procurar por entre as besteiras. Ali haviam cortadores de unha, lixas e uma lâmina de barbear. Harry estremeceu ao que ele a pegou e segurou contra seu pulso, onde ele a arrastou demoradamente, seus cortes sangraram e o líquido vermelho escorreu por sua pele.

Era tudo culpa sua estar sozinho, e  ele não culpava ninguém além dele mesmo.