Six Degrees of Losing Lou [Larry Stylinson] (portuguese version)

6° Passo

6° Passo – E sexto, é quando você admite que pode ter feito alguma coisa errada

Harry entrou em seu apartamento e limpou as lágrimas com as juntas dos dedos. Ele não conseguia tirar a imagem de sua cabeça. Louis com aquela garota, fazendo só deus sabe o que no chuveiro. Memórias dolorosas voltaram imediatamente a sua cabeça. Lembrou-se que toda manhã, depois de terem feito sexo, Louis e Harry costumavam a tomar banho juntos. E, deus, a ideia de Louis fazendo isso com outra pessoa faz Harry querer vomitar.

Harry continuou chorando e desmoronou no sofá, enterrando sua cabeça no descanso de braço para abafar seus soluços. Ele choramingava, e queria gritar. Ele queria gritar com Louis. Ele queria dar um tapa no rosto de Louis e mandá-lo para o inferno. Ele queria socar Louis no estômago e gritar com ele.

Mas, apesar de tudo isso, de um jeito irônico, ele queria beijar Louis. Ele queria amá-lo, ele que estar com Louis.

Machucava saber que Louis já achou alguém para substituí-lo. Ele e Harry namoraram por dois anos, porra, será que aquilo não significou nada para ele? Ele esqueceu Harry tão fácil assim?

Mesmo assim, ele não culpava Louis. Só culpava a si mesmo. Ele era um péssimo namorado e ele não aguentou a situação da ‘namorada falsa’ muito bem com a agência e com Louis. Era tudo sua culpa. Tudo culpa sua estar chorando no sofá e se machucando tanto.

Ele olhou ao redor, seu flat. Nada do Louis restava. Não haviam mais fotos, roupas ou memórias, era como se a relação deles nunca tivesse existido.

Harry tremeu quando o pensamento repentino passou pela sua cabeça. Ele estava tremendo, seu sangue correndo ao que ele levantou-se e caminhou até a cozinha. Ele pegou o vidro de remédios para dor, tremendo o tempo inteiro.

-

Louis praguejou baixo quando viu Harry ir embora com lágrimas em seus olhos. Foi tudo um mal entendido e ele precisava dizer a Harry antes que fosse tarde demais.

“O que foi aquilo?” Eleanor perguntou.

Louis suspirou. “Harry pensou que você e eu estávamos....juntos, no banho, entendeu?

Eleanor respirou fundo “Ai não,” ela disse, cobrindo a boca delicadamente com sua mão.

Louis sabia que ele precisava dizer a Harry a verdade o mais cedo possível, antes que ele fizesse algo estúpido consigo mesmo. Eleanor era apenas uma amiga próxima e ele precisava saber disso.

“Eu tenho que ir,” ele anunciou. Colocou rapidamente uma calça suja de moletom qualquer e uma camiseta antes de pegar suas chaves.

Ele entrou em seu carro e fechou a porta com força e colocou o cinto rapidamente. Ele saiu do estacionamento, deixando marcas no asfalto, indo ao apartamento de Harry. Seu coração estava quase pulando para fora de seu peito. Ele desobedeceu várias leis porque, afinal, estava com pressa, era uma situação de vida ou morte.

Ele sabia o quão frágil Harry era, e o quanto ele fazia decisões drásticas algumas vezes, sem pensar, e com seu antigo hábito de se cortar, ele não tinha certeza do que ele era capaz de fazer. Ele nem queria pensar sobre isso.

Louis freou bruscamente, fazendo os pneus gritarem no asfalto. Ele pulou para fora do carro e correu até a porta de Harry, sua respiração acelerando a cada segundo. Ele bateu uma vez, e não houve resposta alguma. Choramingou ao que bateu novamente.

“Por favor, Haz,” lamuriou, lágrimas escorrendo por suas bochechas. Ele mexeu em seu bolso até encontrar o pequeno pedaço de metal –a chave. Ele a colocou na fechadura e abriu a porta.