Cap.9

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Mas eis que um dia ele saiu de casa.
Levou apenas as roupas e sumiu,dias depois veio a notícia de que ele havia se mudado pra junto de uma amante,com quem vive atualmente.
Foi o dia mais feliz da minha vida...eu senti a liberdade pela primeira vez,eu chorei,chorei muito...
Finalmente havia me livrado daquele monstro!
Mas minha vida não melhorou não,eu não conseguia viver em sociedade,continuava isolada de todos,era como um extinto! Eu tinha medo,estava me protegendo.
As pessoas mudam com traumas e eu nunca fui uma pessoa normal depois de tudo o que passei,algumas pessoas tentam esquecer,outras entram em pânico,algumas tentam agir naturalmente,outras ficam loucas...Já eu...
Eu sentia vontade de matar as pessoas que me zoavam,sentia vontade de tirar minha própria vida!
Eu sentia um vazio no peito,talvez por que ninguém se importava comigo,ninguém me entendia,e eu não conseguia me abrir pra ninguém.
Eu era a ovelha negra da família. Minha mãe não se importava comigo,apenas com minha irmã.
Com 16 anos comecei a sair mais,tinha amigos de festas e sair fazia com que eu esquecesse um pouco os problemas e tentasse ser mais sociável.
Até que com 17 anos conheci um garoto,primeira paixão da adolescência.
Namorei com ele por 2 anos e alguns meses,eu nunca contei nada da minha vida para ele,ele não precisava saber.
Eu gostava muito dele,mas ele me magoou muito e terminamos!
Ele me traiu,hoje não sinto mais nada apenas vejo como fui idiota.
Minha primeira decepção amorosa,eu que já não tinha um coração mole,aquilo serviu para me deixar mais fria ainda.

 Meu nome é RuthOnde histórias criam vida. Descubra agora