Cap. 1 - A visão - O começo de tudo!

49 0 0
                                    

Desde pequena eu tinha “digamos que visões” de coisas que estavam para acontecer uma espécie de premonição, mas eram suscetíveis as visões teriam que de certa forma tomar um rumo que me atingiria só assim eu tomaria conhecimento delas sobre determinados assuntos, uma vez aconteceu um fato que me marcou até hoje, eu estava totalmente distraída andando de balanço num parquinho na rua de baixo da minha casa e derrepente parei de me mover no balanço, e entrei num transe totalmente alheia a tudo e todos, no transe eu me via saindo do parquinho e correr na direção do meu pai que chegava, e notei que ele estava totalmente concentrado em mim que não tinha notado que o carro vinha em ritimo bem acelerado em direção a ele, não deu tempo nem de gritar para ele ouvir o carro já o tinha atropelado e seu corpo jazia inerte no asfalto, meu rosto angustiado saiu do transe rápido, sacudi minha cabeça para tentar entender o que eu tinha visto e notei que se eu não apurasse aquilo certamente iria acontecer, derrepente vi o carro dele, fazer a curva na esquina e estacionar e aquilo se repetindo então corri, mas corri tanto que no momento que ele abria a porta do carro e colocava um dos pés para fora eu já estava em bem a sua frente sorrindo de alivio para ele em quanto minha baba já louca com meu repente sumiço aparecia e olhava abismada para mim e meu pai que já tinha me pego no colo e afagava meu cabelo.

— Tudo bem Nancy eu estou bem. — minha vozinha infantil a tranqüilizou.

— A minha menina travessa... Quase tive um treco quando vi que você não estava mais ao meu lado. — ela me olhava com os olhos pretos um tanto molhados de emoção, eu sabia que ela me tinha como filha e que se preocupava muito comigo.

— Nancy, Nancy você sabe como a Grasi é sapequinha, né meu amor? — meu pai me olhou e deu um sorrisinho travesso, porque sabia que eu era uma arteira.

Recordando agora esses fatos me lembrei como eu fui feliz na minha infância e como também fiquei confusa com esse meu dom, com quatro anos comecei a ter visões, e algumas vezes ouvir uma voz de homem, mas foi com seis anos de idade que tudo começou a fazer sentido em minha cabeçinha de criança.

   Minha infância sempre foi muito tranqüila, incidentes como esses eram realmente muito freqüentes em minha vida, mas como eu já estava acostumada não era mais assustador, cresci achando que com minhas ‘visões’, eu poderia de certa forma mudar o mundo.

A família inteira sabia desse meu dom e me ajudavam a compreender mais sobre determinados assuntos e fatos, no começo foi difícil porque eu achava que eu estava ficando louca até em psicólogo minha mãe levou, mas não adiantou ele somente disse que era uma fase minha, que eu era uma criança solitária, mas ele estava muito enganado eu nunca fui solitária minha família sempre foi presente em minha vida meus irmãos sempre brincavam comigo a minha estadia na terra era muito, mas muito feliz.

Eu cresci sem muitas mudanças, eu sempre fui uma criança curiosa com uma vontade louca de apreender, e não mudei muito na minha adolescência continuei curiosa e ainda mais com sede de aprender sobre coisas que vão bem além de nós meramente humanos, o que eu sempre dizia para minha família é que nós não estávamos a sós nesse mundo que mistérios existiam e que em breve isso viria à tona.

Eu estava com 18 anos quando coloquei em pratica o que realmente queria ser, uma advogada criminalista, não eu não seria uma de porta de cadeia, mas sim aquela que faria a diferença que lutaria pelos direitos dos cidadãos. O que eu sempre gostei foi de desafios, meu pai uma vez me disse quando eu tinha uns 15 anos “Filha já que você gosta tanto de desafios, que luta com unhas e dentes por justiça, minha querida vai fazer uma faculdade de Direito, assim você vai poder exercer o que você tanto fala e sei que vai se dar muito bem e será uma profissional nata, uma grande advogada filhinha” meu pai tinha razão se você gosta realmente de algo, tem correr atrás, ser advogada realizaria todos meus sonhos e fantasias.

Minha formatura do Ensino Médio se sucedeu, ocorreu sem incidentes nenhum, na realidade eu não gostei muito dessa formatura, porque fiz ela com os alunos do turno da manhã os quais eu não tinha nada em comum, mas, minha turma não queria fazer, queriam sim era se livrar da escola de uma vez.

Nessa época eu trabalhava como secretária de médico o que é totalmente diferente da faculdade que eu iria fazer, mas eu gostava de trabalhar com a Dra. Regina ela sempre foi muito rígida, porém era um amor de pessoa, gostava de tudo nos conformes sempre me disciplinou muito bem.

Comecei estagiando no consultório, mas a Rosana a secretaria iria se aposentar então fiquei no lugar dela, já que eu sabia tudo, estava apta por ocupar com mérito seu lugar. Trabalhar com a Dra. Regina requer muita paciência e competência, ela gosta de tudo pra ontem, os convênios sempre tem que estar em ordem, às planilhas de quantos pacientes viriam por dia ou os nomes de quem vai vir se consultar nos outros meses. Ela sempre me dizia que eu tinha que lutar pelos meus objetivos e se eu queria ter sucesso e muito dinheiro teria que me empenha muito que dinheiro não caia do céu.

Estudei as minhas férias inteira para passar no vestibular, se eu passasse, poderia fazer minha faculdade e teria grandes chances de ser a grande advogada que eu almejava; O dia estava bem bonito quando fui fazer a prova, eu estava um tanto nervosa, mas que teria que estar calma, muito calma, aliás.

A Faculdade Boêmio Duarte é uma das melhores de Passo Fundo, o curso de Direito é bastante amplo, posso advogar em varias áreas.

Quando chegamos eu e minha amiga Lurdinha, já tinha bastantes alunos, aos poucos um por um foi entrando e vendo onde ficaria a sala em que iriam fazer a prova, eu fiquei na sala 304 ou seja no 3° andar, a Lurdinha ficou na sala 508, 5° andar.

A minha sala estava repleta de alunos já sentados nas classes, fui me sentar na primeira fileira só que na quarta classe, em cima da mesa tinha um bilhete e um bombom grampeado junto, havia também uma garrafinha de água mineral, caso nós se ‘desidratasse’.

Soou 14h em ponto, então o aluno que estava cuidando dessa sala foi entregando as provas e o cartão resposta classe por classe.

As perguntas desfilavam em minha frente, me concentrei, então comecei a marcar as respostas.

Deu 18h o sinal tocou para então entregarmos a prova ao aluno responsável pela sala, eu estava bem mais aliviada, eu tinha passado. A certeza disso? Eu não sabia, apenas sentia.

A Lurdinha já me esperava em frente ao portão da Faculdade, ela me olhou e sorriu.

— Como foi? — ela esperava ansiosa minha resposta.

— Passei. Direito lá vou eu. E você?— dei um gritinho tipo ‘Huhuuuuuu’.

— Também Grazi. Ai, quem perguntar pra gente, como vocês sabem? Eu vou responder, eu estudei.

 — Nós estudamos amiga. Venha, vamos pegar o Chad e dar uma voltinha.

O Chad estava estacionado bem em frente à pizzaria que tinha ali perto, pisei fundo no acelerador e fomos à direção do centro, passear pela Moron e depois parar no Posto Esso, encher o tanque.

Quando voltamos do ‘passeio’ eram umas 21h, minha mãe já estava com a janta quase pronta, me esperando.

Minha mãe me perguntou como eu tinha ido ao vestibular, falei que tinha ido muito bem, que e eu a Lurdinha já podia se sentir indo pra faculdade.

O curso de Direito ia começar daqui a um mês e meio.

Fui me deitar já passada da meia noite.

O restante da semana passou sem muita novidade, até o final de semana onde minha prima me convidava para uma festa.

A noite prometia, uma festa da Regiane nunca era de mais, era sempre o máximo.

Onde Tudo Possa AcontecerOnde histórias criam vida. Descubra agora