Cap. 2 - Faculdade - 1° dia de aula

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Eram 18h em ponto quando sai do serviço, peguei o carro na garagem e fui buscar a Lurdinha no serviço, hoje era o grande dia, a faculdade ia começar novas amizades, uma nova forma de estudar, testar nossa capacidade intelectual.

A Lurdinha trabalhava no Tabelionato de Protesto, já estava me esperando na calçada.

— Oi Lurdinha. Nervosa?

— Um pouco, e você?

— Muito. Vamos tomar alguma coisa ali no Shopping? — no que ela entrou no carro, sai na direção do shopping, lá se tinha um ótimo café.

A lancheria do Shopping Garota Sabia ficava no 4° andar, quando entramos nela, as mesas estavam um tanto cheia, sentamos numa mesa próxima ao lago de enfeite que tinha, o cardápio rosa com o desenho de uma flor decorava as letras num tom preto negrito, pudera aquele lugar era ótimo, para fazer as refeições ou tomar um simples lanches.

Tomamos apenas um cafezinho com um pão de queijo, e fomos pegar meu carro no estacionamento.

Os alunos já estavam lá na frente da Faculdade, estacionei meu carro lá dentro, numa vaga perto da porta de entrada do Hal de entrada da escola.

Respirei fundo e desci do carro juntamente com a Lurdinha, meu caderno expremi contra meu peito de tão nervosa que eu estava, a Lurdinha me lançou olhar debochado pela minha suposta vulnerabilidade.

O sinal soou exatamente às 19h15min, como eu a Lurdes era da mesma turma não tivemos problemas assim de fazer novas amizades, alias ali todo mundo era estranho, ninguém se conhecia, o professor entrou na sala de aula, se apresentando.

— Olá alunos da turma de direito da Faculdade Boêmio Duarte, meu nome é Carlos Ninking, sou o professor da matéria de Direito Penal, hoje estou aqui apenas para me apresentar e conhecer vocês, pois as minhas aulas começaram daqui a alguns meses, o Direito Penal trata do homem em si, esse ramo de direito disciplina a vida (antes do nascimento que seria o crime de aborto, e depois da morte que será contravenção de exumação de cadáveres, calunias, ou violação de sepulturas.). Mas isso vocês iram aprender ao decorrer do curso, não se preocupem, não arranquem os cabelos, é bastante coisa sim, eu concordo, mas não é nada difícil de aprender, basta querer.

Dei uma olhadela na direção da Lurdinha que já entendeu do porque do meu olhar, eu estava no meu primeiro dia de faculdade e apreendendo sobre a matéria em que eu queria advogar na (área criminalista).

— Agora que já me apresentei, é a vez de vocês, e me digam em que área vão querer advogar e o porquê. — ah como eu odiava essa parte de se apresentar e ainda ter que dizer motivos.

Dito e feito um por um dos alunos foram se apresentando, eu já estava tendo piripaques de nervosismo quando chegou minha vez, “Não gagueje, não gagueje” repeti mentalmente para mim mesma.

— Olá, meu nome é Grasiely Tomazini Martiano, quero advogar na área criminalista, porque eu gosto de desafios, e quero justiça contra aqueles que agem contra as leis humanas, e não respeitam mais as pessoas. Quero na cadeia esses tipos de elementos. 

Todo mundo me olhou assustado com a minha veemência, com a paixão que tinha nas minhas palavras, que nem notei quando começaram a aplaudir. Fiquei um pimentão de vermelha, a Lurdinha dando gritinhos com o que eu tinha falado, e o professor se arriscou a dar um sorriso na minha direção, primeira aula, e já aplausos, nossa eu estava era feliz com o respeito estampado no rosto dos meus novos colegas.

A aula decorreu nos conformes, todos tinham se apresentado, demonstraram garra e vontade, o professor não deu nenhuma matéria, como já era esperado já que ele só veio se apresentar, mas mesmo assim explicou como ele ia dar aulas, como seriam as avaliações.

Cada dia seria uma matéria diferente.

O sinal tocou pra nós irmos embora, sai da escola pensativa, a noite tinha sido melhor do que eu esperava, o intervalo de 15 minutos era pouco, mas já dava pra espairecer.

— Amanhã eu venho de carro e passo lá pra te pegar no serviço. Tudo bem?

— Tranqüilo.

— Assim agente se reveza.

Como eu e a Lurdinha éramos vizinhas, era mais fácil de chegar cedo em casa, nós nos conhecemos já fazia uns treze anos, quando ela foi morar no lado da minha casa agente não se dava muito bem, mas aos poucos fizemos amizades e hoje somos melhores amigas/irmãs. A Lurdes Fátima Betina tem 1.70m, olhos castanhos, cabelos castanho e comprido, corpo sarado e uma voz um tanto irritante, é do tipo gostosona, quem não a conhece fala que é super nojenta e entupida, mas ela não é, bom ela é minha melhor amiga, aquela que eu sei que posso conta, que sempre vai estar do meu lado meu apoiando em tudo, lógico que tinha coisas que eu guardava sete chaves, não sabia bem o porquê mais sentia que certos segredos eram apenas meus.

Estacionei o carro e a Lurdes desceu me acenou um tchau e entrou em sua casa.

Minha mãe já me esperava com a janta quentinha, meu pai na sala assistia ao jogo do Grêmio que estava passando, meu irmão como sempre não estava em casa de noite, com certeza estava com alguma garotinha louca.

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