Capítulo 3 - Eu vou te encontrar, Yoongi.

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Vim aqui no começo apenas para avisá-los que o estiver entre dois disso aqui → (...) ←, serão lembranças, okay? E esse cap também tem música, as quais vou deixar lá embaixo.
Quero agradecer também todo mundo que está acompanhando a fic, fico muito feliz :3
Obrigada!

  — x — 

Depois de ter conversado com Jimin no parque, antes mesmo da hora do almoço e ter levado um sermão do outro — já que não havia contato nada do seu cio para Hoseok ainda —, o ruivinho havia o convidado para ir a sua casa. Fazia muito tempo que os melhores amigos não faziam coisas de melhores amigos, como comer muita besteira e assistir programas idiotas e aleatórios na tevê; colocar o papo em dia e compartilhar músicas, as quais cada um estava escutando muito no momento. Jimin estava viciado em uma nova boyband de uma empresa chamada BigHit Entertainment — se Yoongi estava certo, eles se chamavam Garotos a Prova de Balas ou Bangtan Boys. Era um nome um pouco diferente, não podia negar, mas até que combinava com o estilo do grupo.

Ele gostou também, principalmente pelo fato de que o dançarino principal e um dos rappers era a cara do Hoseok. Por isso aquele já era seu bias, não queria nem saber. Jimin havia se apaixonado pelo maknae do grupo e sabia muito bem que o mesmo era alfa, por isso toda vez que via o menino de cabelos castanhos claros e olhos bonitinhos se derretia todo.

Ah se Jungkook soubesse disso, do jeito que o moreno era ciumento para com Jimin, era capaz de dar um jeito de cair na porrada com esse garoto em algum fansign do grupo.

E se isso acontecesse era claro que Yoongi estaria lá para assistir de camarote com um bom balde de pipoca em mãos... E também para aproveitar e chegar mais perto daquele rapper; pedir um autógrafo ou quem sabe o número do telefone dele.

Era engraçado ver o ruivo todo apaixonadinho pelo membro do grupo, e era mais engraçado ainda o ver com ciúmes do mesmo quando este tocava de mais o hyung mais baixo que ele e de cabelos rosa.

Depois de uma tarde inteira na casa do amigo, relembrando os velhos tempos juntos — os tempos antes do ensino médio, onde ainda tinham um pouco de vida e energia de sobra —, voltou para o apartamento. Já era noite, com certeza umas sete horas. As ruas já não estavam tão movimentadas e as luzes dos postes começaram a se ascender.

Aquela noite seria fria, pois os ventos estavam cada vez mais gelados a cada esquina que virava.

Tirando todos os seus casacos e os pendurando em um gancho perto da porta, se lembrou de pegar o celular e ligar para o pai, este que demorou muito tempo para atendê-lo.

Precisava saber o que estava acontecendo, já que o fato de dividir o apartamento com o moreno não foi uma simples "coincidência" como achou que seria.

— Mas por que demorou tanto pra me atender, pai? — perguntou raivoso se sentando no sofá em um baque.

— Eu estava em uma reunião, desculpe. — falou o mais velho. — Mas por que me ligou? Aconteceu alguma coisa?

— Quando você ia me contar que eu teria que dividir o apartamento? — fora direto.

O loiro escutava a respiração calma do pai pelo telefone, porém, mais nada. O mais velho parecia arrumar alguma desculpa, afinal, conhecia o pai como a palma de sua mão. Bufou e voltou a falar:

— Pai, sem desculpas ou histórias inventadas dessa vez. Eu não sou mais uma criança. — pediu. — Só me fala logo o que você e a mamãe estavam ou estão tramando.

O alfa mais velho suspirou bem fundo, e percebeu isso por causa do alto chiado na ligação.

— Bem, já que você quer a verdade, eu não tenho muita escolha... — hesitou, mas continuou. — Já faz alguns anos que a família Min e a família Jung se conhecem, justamente por isso criamos uma amizade forte. Eu e o pai do Hoseok estudamos juntos desde o ensino fundamental, somos melhores amigos. — o loiro mordeu o lábio enquanto ouvia, principalmente quando o nome de Hoseok veio à tona. — Quando ficaram sabendo que sua mãe teria uma ômega, já que ainda não sabíamos que você era um garoto, rapidamente propuseram que "nossa filha" e o filho mais novo alfa deles se casassem quando completassem dezoito anos. Não seria torturante para nenhum dos dois porque não seriam completos desconhecidos, pois cresceriam juntos e assim, seguiriam a tradição da família deles com esse negócio de casamento arranjado. Mas antes de pirar, Yoongi, termine de me escutar! — pediu, porque ele sabia que o filho estava com os olhos arregalados de surpresa. — Quando você nasceu e vimos que era um garoto ômega, ficamos chateados de contar para eles. É claro que não ficamos chateados por ter você, meu filho, não é isso que estou dizendo; você foi a melhor coisa que poderia ter acontecido entre mim e sua mãe. Apenas não sabíamos como dar a notícia. No fim, eles souberam do mesmo jeito, já que éramos muito próximos, e em nenhum momento desistiram da ideia de casar você com o filho deles. Eles são uma família completamente sem preconceitos, mas o problema era o avô de Hoseok que nunca aceitaria isso. E ele realmente não aceitou. — suspirou. — Por isso afastamos Hoseok de você, pois já havíamos percebido o quão próximos eram e o quão forte era a ligação entre vocês. Como eram muito novos, um acabou se esquecendo do outro.

Noir | yoonseok |Onde histórias criam vida. Descubra agora