Naquela manhã, Sul Maddie caminhava pelo Jardim de seu Palácio. Lindas flores, árvores e plantas enfeitavam o lugar, dando um toque delicado de graciosidade.
Pelos muros baixos de ouro polido dava para ver a imensidão do reino que havia criado, apenas com seu poder. Montanhas cravejadas de cristais e esmeraldas rodeavam Australús, o sol batia nelas refletindo o mundo a sua volta.Sul Maddie avistou uma flor que se destacava em meio as outras, não por sua beleza, mas porque suas pétalas estavam murchando, morrendo. Ele estranhou, pois nenhuma de suas criações ficava naquele estado! A não ser que o mal entrasse em seu reino, mas quem seria o percursor daquilo?
Como não gostava de ver nada assim, ele tocou a flor e seu caule começou a crescer, tornando-se lentamente uma linda rosa branca.
- Usando seu poder, Majestade? - Anastácia o inqueriu e se reverenciou, dando uma leve risada.
Sua capa bordada a ouro reluziu ao virar-se e ver a moça de olhar ingênuo, que assim o dirigia.
- Sim - O Rei sorriu - Não suporto ficar sem usá-lo, ainda mais quando vejo uma flor desta forma! Não sei o que pode estar acontecendo.
Anastácia cresceu junto ao Rei, sempre foram amigos, assim tinha mais intimidade com o tal.
Sonhava com o dia em que ele pudesse ensina-la a usar poderes, mas sabia que não teria tempo, então se calava e não tinha coragem de falar.
Era só uma simples copeira. Mais uma, dentre tantas empregadas do Palácio...- Estão esperando a Vossa Majestade no Salão Principal.
- A progressão de meus filhos! Muito obrigado! O que seria de mim se não fosse você? - Passou por Anastácia, apressado, olhando-a firmemente nos olhos.
O Rei chegou ao seu destinatário aspirando alegria, sorriu ao ver seus dois filhos.
- Vamos começar Majestade? - Erik o príncipe mais novo perguntou, ansioso para saber em qual grau de poder ele se encontrava. No fundo sabia que não teria chance, porque a maior progressão só aconteceria com aquele que fosse mais velho. Já tinha insistido muito para que seu pai desse esta chance e não queria de nenhuma forma desperdiça-la.
- Que comece a Progressão! - Ordenou o Rei com autoridade. - Seu irmão Henrique irá primeiro, ele é o mais velho.
"Henrique, sempre Henrique" - pensava Erik desolado.
- Não, Majestade. Deixe-o ir. Não há problema. - Disse o príncipe Henrique, com o coração bondoso.
Erik se posicionou, respirou fundo e buscou forças - Que não tinha - em seu interior para usar seus poderes. Quantos meses passara treinando para superar o irmão? Quantas vezes insistiu para que seu pai desse esta chance? A chance de se tornar o herdeiro das maiores terras do grande Império Maddie. Erik tinha ambição e era muito esforçado, quase sempre conseguia o que queria.
Ele esfregou uma mão na outra até que começou a sair um pó negro da mesma. Quando tocaram o piso de mármore branco, delicadamente se viu crescendo um lindo cravo vermelho, no centro do salão.
Todos olhavam abismados aquele acontecimento inédito. Bateram palmas para Erik que se encheu de si. Ele foi ao encontro de seu irmão o fuzilando com os olhos.
- Vá e faça melhor! - Cochichou o desafiando, convencido de já ter ganhado.
- Eu só te parabenizo. - Saudou o príncipe. - Você deu o seu melhor.
Henrique reverenciou-se diante do Rei e fechou os olhos. Quando sentiu uma leve brisa tocar seu rosto, se agachou colocando as duas mãos contra o chão que começou a tremer terrivelmente.
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Mundo de Cores [ Degustação ]
RomanceHelena leva uma vida tranquila em Medlyn, um reino imenso, localizado na vastidão do Império Maddie. Um lugar onde tudo é absolutamente perfeito, a esplendorosa natureza brilha com suas cores vibrantes, frutas suculentas e um por do sol magnífico. M...