Capítulo 5

192 15 29
                                    

Boa tarde, pessoinhas lindas, desculpem tooooooooooooooda a demora, mas minha cabecinha criativa anda com problemas, vou tentar atualizar mais rápido e vamos  ver que rumo tomamos, espero que gostem! Beijinhos. xoxo

________________________________________________________________________________

Não sei por quanto tempo fiquei parada naquela mesma posição numa batalha interna de pensamentos. O que eu estava fazendo? O que eu havia feito esta noite? Bom, primeiro eu interrompi o que parecia ser uma briga de namorados, mas por quê? Pelo motivo de eu me
importar com Dinah? Ou será que eu apenas queria inflar meu ego e mostrar pra mim mesma e para ela que eu tinha algum poder? Eu não sabia a resposta pra nenhuma dessas perguntas que eu mesma havia formulado. O que gerava mais questões na minha cabeça e tudo levava à
primeira pergunta: o que eu estava fazendo?

Fui para minha casa afastando todos esses pensamentos da minha cabeça, mas não conseguia afastar a parte principal: Dinah.

Dirigi até minha casa e tomei um banho gelado assim que cheguei como numa forma de tentar tirar tudo que eu sentia de dentro de mim pela minha pele. Mas eu sabia que era só um conforto pensar assim, alguns minutos de respirar aliviada, porque logo daqui um tempo tudo voltaria à tona. Talvez muitas vezes pior do que já estava.

Não demorou muito pra que eu estivesse só de boxer deitada em minha cama, completamente esgotada física e emocionalmente, pegando no sono com a cabeça cheia de coisas e pensamentos.

Quando acordei na manhã seguinte eu já estava decidida a evitar Dinah de uma vez por todas agora, o que acontecera ontem a noite não poderia voltar a acontecer. Com a decisão tomada, não voltei à Jet Lag naquela noite, nem na seguinte, e definitivamente não voltaria nos outros dias. Quando eu quisesse ver Normani, eu ligaria para ela e marcaríamos em outro lugar, um lugar neutro pra nós duas. Talvez um bar mais perto de onde eu morava. Eu não tinha certeza
disso, podia ser qualquer lugar, menos qualquer lugar perto de Dinah. Mas de uma coisa eu tinha certeza, Mani não me deixaria na mão, não importa onde iríamos nos encontrar.

Quando fui trabalhar segunda-feira de manhã, já me sentia melhor, meus pensamentos filtrados não iam tanto para o lado de Dinah, eu me sentia mais leve. Talvez aquele nosso encontro teria apenas me servido de exemplo de que eu realmente não posso me aproximar dela, era anormal o jeito como ela me conduzia e me deixava sem reação rápida que
geralmente tenho. 

Assim que entrei no elevador e as portas começaram a se fechar, alguém as interceptou com a mão, abrindo-as novamente. Só conseguia pensar em uma coisa: inacreditável. Quando achei que minha manhã seria na mais perfeita calma, calma no meu conceito de ninguém atrapalhar minha rotina. Camila entrou pela porta do elevador e então me lembrei das fotos que eu tinha que fazer ainda. Oh não, eu daria qualquer coisa pra não ter que enfrentar Camila hoje, foi involuntário quando revirei os olhos e suspirei com sua presença.

— Animada em me ver, posso sentir daqui. — Ela disse num tom claro de pura provocação pra mim. Isso foi um verdadeiro balde de água fria na minha expectativa de dia.

Abri meu maior sorriso para Camila, colocando todo meu esforço para que meus lábios curvassem nas pontas. Quando a olhei, ela me fitava de cima para baixo, com um olhar estranho que não consegui decifrar. Ou eu nunca tinha visto aquele olhar, ou ela não usava há muito tempo e eu não me lembrava. De qualquer forma, ficar calada era o melhor jeito
de lidar com Cabello, pois qualquer coisa que eu dissesse ela conseguiria reverter contra mim.
Fui interrompida de meus pensamentos pelo barulho do elevador que anunciou a chegada no andar que iríamos. Camila deu uma última olhada em mim, achando que eu não perceberia, antes de sair do elevador, rebolando mais do que o necessário. E foi neste momento que entendi aquele olhar e lembrei não ser desconhecido de forma alguma. Aquela morena ainda queria algo comigo e saber disso me dava alguns pontos de vantagem para perturbá-la pelo resto dessa campanha de fotos.

O dia se arrastou lentamente, mas fiquei tão ocupada e concentrada no trabalho que praticamente não pensei em Dinah. Então, talvez apenas um encontro com Normani fosse mais que o necessário pra eu tirar toda aquela tensão do meu corpo e esquecer de vez aquela loira com os cabelos perfeitamente ondulados, o corpo emoldurado, com todas as curvas nos lugares certos. E a maior perdição de tudo? Aquele perfume que ela tinha e senti quando ela chegou tão perto de mim, um perfume que nunca havia sentido, sem marca, sem preço, o perfume natural dela.

Dizem que as poções do amor mais fortes e eficazes são aquelas que nos atraem por todos os cheiros que mais gostamos, sem mesmo que saibamos o que é, ou até se descobrimos que gostamos só na hora que sentimos. Não que eu acreditasse nessas coisas de misticismo e magia, ou muito menos que eu fosse capaz de sentir algo por alguém, e menos ainda que
eu me permitisse chegar nesse ponto. Sim, meu cérebro não para quando começa, eu e ele parecemos duas pessoas doidas conversando que começam a falar de batata e em dez minutos estamos discutindo se o vestido é roxo e preto ou branco e dourado.

Mas é, agora que lembrei de Dinah eu só consigo pensar em Dinah. No cabelo da Dinah, nas mãos da Dinah - e que mãos! -, no nariz perfeito da Dinah, nos ombros da Dinah, nas coxas da Dinah, na bunda da Dinah, na bunda da Dinah, na bunda da Dinah, na bunda da Dinah, na bunda da Dinah, nos olhos da Dinah, na boca da Dinah, na boca da Dinah próxima da minha. Okay, chega de Dinah. Balancei a cabeça para afastar todos aqueles pensamentos de mim, saindo da garagem da empresa para parar no primeiro sinal e espera? Era Dinah atravessando a rua? Apertei com força os olhos e abri de novo para perceber que era só uma mulher loira nada parecida com a minha loira da pele dourada. Tudo bem, hora de ligar pra Normani.

O telefone não terminou de dar nem o terceiro toque quando ouvi a voz dela sair do alto-falante:

— Duas vezes em quase menos de cinco dias, Jauregui? — Ela disse soltando uma risada pelo nariz, já sabendo que eu precisava muito me encontrar com ela e se aproveitando da situação.

— Em 30 minutos no Indigo, sim ou não, Normani? — Resolvi ser direta e saber logo se poderíamos nos ver ou se eu iria pra casa de uma vez, minha paciência já estava no limite de qualquer forma.

— Pra você? É sempre sim, em menos que isso já estou lá, suíte de sempre?

— 15 minutos.

E respirei aliviada finalmente, já sentindo um pouco da tensão ir embora.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 17, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Dame Esta Noche - LaurinahOnde histórias criam vida. Descubra agora