Capítulo 26

1.7K 352 32
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(Alec)

Depois do jantar, muitos haviam saído quando vi meu pai se aproximar da Alliana e do Antony, e quis garantir que ninguém mais da família atrapalhasse a felicidade dos dois.

– O Antony foi o filho que eu queria ter tido. – Eu não precisava ouvir mais. Ele não fora lá para espezinhar ou hostilizar o rapaz, ao contrário, parecia muito feliz com a presença do Antony. Coisa que nunca demostrava comigo.

Por mais que eu jurasse a todos que aquilo não me atingia, lógico que eu queria que meu pai se orgulhasse de mim.

Saí da casa de meus pais e desci por um caminho que era muito conhecido meu e de minhas irmãs. Encontrei o velho barco à beira da praia e me sentei ali, se ainda tivesse com os remos com certeza eu poderia ir para mais longe.

Ouvi um barulho e uma silhueta de mulher, vindo pela escuridão. A Alliana estava por perto, devia ter ouvido as palavras de meu pai.

– Alec?

– Como chegou aqui Sophia?

– Sua irmã me mostrou o caminho.

– Me desculpe, não devia ter deixado você sozinha.

– Eu não estava sozinha. – Por fim ela entrou no barco se desequilibrando e quase nos fazendo cair na água, se é que um banho frio não faria mal a mim naquele momento.

– Sinto muito por seu pai.

– Não sinta, estamos acostumados com ele.

– As pessoas não deviam se acostumar com as grosserias de ninguém. – Ela tinha razão, mas minha mãe nunca deixaria que faltássemos com respeito a meu pai.

– Tem razão, mas... Vamos deixar para lá. Não tem importância. Quer ir para casa? – Ela olhava de um lado e de outro.

– Como isso sai do lugar?

– Não sai mais. As meninas jogaram os remos fora para que eu não conseguisse fugir dos castigos de minha mãe quando éramos mais jovens.

– E com tanto dinheiro, vocês nunca pensaram em comprar remos novos? – Até chegamos a comprar, mas minha mãe os havia destruído.

– Minha mãe achou que isso seria um bom marco para aprendermos a nunca fugir de nossos problemas. Barco sem remo não chega a nenhuma ilha, assim não poderá se isolar.

– Sua mãe é muito sábia, gosto dela.

– Devemos ir... A Bebel logo chamará por um de nós.

– Engano seu, está dormindo ao lado da Allice que estava cansada. E segundo sua irmã, amanhã ela mesma a levará para casa.

– Que bom! – Eu pensei em uma noite totalmente diferente, mas agora estava sem ânimo.

– Por isso eu pensei que esse barco poderia nos levar a algum lugar, ainda é cedo para voltarmos para casa.

A Aposta.  - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora