Capítulo 5

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Depois de recusar o jantar pela milésima vez, a empregada desistiu e me deixou sozinha no quarto. Eu chorava muito. As empregadas tentaram me ajudar, fizeram penteados em meus cabelos e me fizeram rir, mas, quando elas se foram eu chorei, e muito.

Sentei na cama e desfiz algumas tranças, foi quando bateram na porta. Mandei entrar. E, para a minha surpresa, era o príncipe.

- Sai daqui. - Eu disse ríspida fechando a porta, ele a segurou.

- Me desculpe pela forma no qual tratei a senhorita pela manhã. - Se desculpou. - Isso não era bem uma atitude de um cavalheiro. Eu só... só não gosto que entrem no meu quarto.

- Você poderia ter sido bem menos grosseiro. Podia ter me pedido para sair e não voltar mais lá, só isso. - Digo.

- Eu te peço perdão. E quero recomeçar. Que tal um passeio?

- Não vou sair com você depois de ter gritado comigo, me tratado com tanta brutalidade...

- Me arrependo do que fiz, prometo não toca-la, se não quiser. - Pensei por um instante. É, não seria má idéia.

- Mas, vestida assim? - Ele olhou para meu vestido e sorriu. - Não acha que ele seja simples de mais?

- Prefiro a simplicidade. - Ele disse. Sorri sem mostrar os dentes. - Então, aceita?

- Tudo bem, mas, você tem que me prometer que não vai fazer nada contra a minha vontade. - Digo.

- Não vou sequer toca-la, se não quiser.

Nós saímos de meu quarto e fomos para o jardim do castelo. Era lindo. Andamos um pouco até que vimos um guarda nos seguindo. O príncipe olhou para ele e o mesmo recuou.

- Então Duquesa...

- Elle!

- Elle, como sabe que não é a Duquesa Meredith? - Ah não, esse assunto não.

- Eu apenas sei. Antes de aparecer aqui, eu iria a um passeio com minha mãe e meu irmão. O taxista estava louco e acabou batendo o carro, ele capotou várias vezes e eu desmaiei.

- Taxista? Carro? - Ele me olhou confuso.

- São coisas da minha cidade. Lá tem várias coisas que você não sabe o que é. E você, como sabe que eu "sou" a tal Duquesa? - Perguntei.

- Vocês são idênticas. - Ele disse. Olhei para ele e levantei uma sobrancelha. - Se não acredita, me acompanhe. Posso mostrar um quadro seu.

- Tudo bem. - Ele me levou até uma sala gigante. Chegando lá ele tira um grande cobertor de cima de um quadro. Havia uma foto de uma mulher e um homem. Minha vista estava embaçada. - Desculpe, não consigo ver muito bem.

- Aproxime-se. - Me aproximei mais do quadro e consegui observar melhor. Era uma mulher totalmente idêntica a mim e um homem muito bonito. - Este homem é seu falecido marido.

- Céus!

- Eu disse que era parecida.

- Por favor, vamos sair daqui. - Eu o segurei pela mão e senti um arrepio. Então eu parei. - É... Pode ir na frente.

- Venha. - Ele caminhou na frente e eu o segui pensando no significado do arrepio. O que será? - Então Duq... Elle, como está se sentindo aqui no castelo?

- Estou me sentindo presa. - Ele arregalou os olhos.

- Bom... Eu fiz isso porquê você...

- Eu sei, eu sei. Eu merecia tudo.

- Me desculpe. Pode sair o horário que quiser. Só não pode ir além dos muros do castelo sozinha.

- Obrigada.

- Não há de que. - Depois de andarmos mais um pouco, o Príncipe me deixou em meu quarto e deu um beijo em minha mão. - Tenha uma boa noite e amanhã apareça para o café dá manhã.

- Ok. - Eu disse.

Fui dormir bem tarde naquela noite. Como alguém pode mudar de uma hora para a outra?

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Perdidamente ApaixonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora