Capítulo 20

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- Elle, tem um rapaz insistindo para ser atendido por você. - Olhei para meu chefe e ergui uma sobrancelha.

- Vou atende-lo. - Digo e saio da lanchonete.

- Olá, Elle. - Era Andrew.

- É... O que faz aqui? - Perguntei.

- Vim tomar um café. Não quer se juntar a mim?

- Não, obrigada. Tenho muito trabalho a fazer. - Digo.

- Por favor. - Ele disse e calmamente segurou em minha mão.

- Olha, não quero lhe decepcionar, mas, eu sou casada. - Digo.

- Onde está a aliança? - Perguntou ele. Puxei minha mão.

- A aliança... É... Droga! - Ele riu.

- Mas, você sendo casada ou não, nós somos apenas amigos, não é? - Disse ele.

- É isso mesmo que eu não quero. - Sua expressão facial mudou.

- Olha Elle, mesmo que eu quisesse, eu nunca, nunca iria me relacionar com você. - Disse ele. - Eu não sou esse cara que você vê. Eu não sou o certo pra você. Nunca vou ser.

- E, eu acho isso ótimo. Não quero me apegar a ninguém. - Dou um sorriso forçado, mas, por dentro me sentia péssima. - Vou pegar seu café.

Entrei na lanchonete.

~🔸ANDREW BERKELEY 🔹~

Se fiquei decepcionado? Talvez sim, talvez não.

Como eu disse antes, não quero me prender a ninguém. Quero ser livre.

Ela parecia tão confiante no que dizia, sobre eu e ela nunca sermos amigos. Mas, tudo bem. Se ela não quer, não vou força-la a nada.

Minutos depois, ela voltou com meu café.

- Aqui está. Você sabe onde fica o caixa. - Disse e voltou para dentro.

Tomei meu café devagar enquanto pensava. Primeiro: Não posso me apaixonar. Minha vida é curtir, beber, etc. Segundo: Na minha adolescência, me apaixonei, mas, só quebrei a cara. Então, nem penso na possibilidade de amar novamente. Terceiro: Se houver alguma possibilidade de isso acontecer comigo e com a Elle, talvez, talvez dê certo. E essa possibilidade de amar é apenas com ela.

Terminei o café e entrei na lanchonete para pagar. Paguei o café e vi Elle limpando uma mesa e me aproximei dela.

- Vim me despedir. - Ela se virou assustada e olhou para mim.

- Ah, é... Tudo bem. Ok. - Me aproximei dela e beijei sua bochecha.

- Até algum dia. - Digo.

- Até algum dia. - Ela sorri sem mostrar os dentes.

Naquele dia, saí da lanchonete triste.

Perdidamente ApaixonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora