Capítulo 14

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Gostava da atenção de Andrew totalmente para mim, mas ele teve que dividir comigo e com sua amiguinha. No começo fiquei com raiva, depois mais ainda.

Eu sou egoísta? Sim, admito. Mas eu amo ele e o quero só pra mim.

Em um momento eles estava conversando e eu estava super por fora dos assuntos deles, então, apenas me retirei e pedi para uma empregada me mostrar a biblioteca. Assim que chegamos fiquei encantada com a quantidade de livros. Era maravilhoso.

Peguei um livro e sentei em uma cadeira bastante macia e confortável. Comecei a ler o livro.

Quando estava no segundo capítulo acabei adormecendo.

Sonhei que Becca estava comigo em um hospital, ela chorava e segurava minha mão. Era estranho. Eu nunca me senti tão conectada com Becca como naquele momento. Era inexplicável.

Meu sonho durou pouco tempo, acordei assustada, mas, não era nada. Nem Andrew, nem ninguém. Levantei da cadeira e andei pela biblioteca, pensei em Andrew. Ele não apareceu, a conversa deve estar ótima com sua amiguinha.

Saí da biblioteca com os olhos cheios de lágrimas. Sabia que não podia correr por ali, mas, meu desespero era tão grande que não pude aguentar. Vi minhas empregadas e não hesitei em passar por elas correndo e chorando. Eu queria eliminar aquela dor através das lágrimas.

- Senhorita, o que houve? - Elas disseram vindo atrás de mim. Continuei a chorar.

Abri a porta de meu quarto e entrei no mesmo. Eu sabia que as empregadas iriam fazer um espetáculo se eu não deixasse elas entrarem, então, deixei a porta aberta.

- Senhorita pode nos contar o que aconteceu? Pode confiar em nós. - Disse uma enquanto a outra fechava a porta.

Continuei chorando. Elas me consolaram como das outras vezes, tentaram me fazer rir, e então, perguntaram o porquê.

- Senhorita, porque estava a chorar tanto? - Perguntou. Uma estava mais curiosa que a outra.

- Andrew. Desde aquela hora no café da manhã ele não larga aquela outra. Quando estava junto deles não entendia seus assuntos, foi quando saí e fui para a biblioteca. Lá eu li, dormi, sonhei, pensei e chorei. Agora estou aqui pensando que fui largada pelo homem que mais amo e que a qualquer momento ele pode me tirar de sua casa e eu vou viver nas ruas desse lugar. - Digo.

- Pra nós a senhorita já é a princesa. Desde sempre apoiamos você e o Príncipe Andrew.

- Obrigada, mas acho que vocês deveriam parar de pensar assim. Acho que Andrew me trocou. - Digo.

Naquele momento, Andrew entrou no quarto. As empregadas olharam para ele e entenderam que ele queria ficar à sós comigo.

- Porque estás a chorar meu amor? - Perguntou ele. Senti vontade de rir. Ele era tão fingido.

- Não precisa fingir, Andrew. Se quiser ficar com ela, fique. Eu vou embora. - Digo. Ele arregala os olhos e segura minhas mãos, ficando de joelhos.

- Faça tudo que quiser, mas nunca, em hipótese alguma me deixe. Sou capaz de tirar minha própria vida se me deixar. - Ele estava a ponto de chorar em minha frente. Eu o amava e sabia quando estava falando a verdade. Fui uma boba em pensar aquilo dele.

Segurei suas mãos e o puxei para perto de mim.

- Eu te amo. - E o beijei. Ele deitou em cima de mim e continuamos aos beijos.

Alguém bateu na porta.

- Senhorita? Está tudo bem? - Era a rainha.

Levantei da cama num pulo e abri a porta.

- Porque não estaria, majestade? - Digo sorrindo.

- As empregadas estavam altamente nervosas e elas me disseram que você estava mal. Só queria saber como estava.

- Eu estou cada vez mais ótima. - Digo. Ela sorri e se retira.

Olhei para Andrew e nós rimos. Que bom que ela nos atrapalhou.

Perdidamente ApaixonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora