Cap. 18

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Capítulo 18

Camila Cabello

—Sério mesmo Camila? — Vero gritou por cima de mim.

—Isso é inaceitável, especialmente para você. Coloque suas malditas roupas quero você e essa sua bunda lá embaixo.

O lado do meu rosto estava grudado ao couro no sofá e assim estava o meu pau mole. Eu não sei quanto tempo eu dormi, mas acordei me sentindo como se eu tivesse passado um tempo com cada mulher ao mesmo tempo do meu livro. Meu corpo estava relaxado e satisfeito e me senti tão completamente exausta, eu poderia ter rolado de costas e voltado a dormir.

Tudo que eu sabia era que Jessica tinha estado lá. Ela me mostrou que valeu a pena cada centavo e mais muito mais. Eu também sabia na hora que eu acordei que Jessica tinha ido embora. Seu calor não estava pressionado contra mim do jeito que tinha estado depois que eu tinha liberado a minha carga.

Eu estava deitada lá, fria e nua no meu sofá de couro, com Veronica olhando para mim com irritados, olhos redondos.

—Que diabos está acontecendo com você? Você nunca misturou negócios e lazer antes.

Eu definitivamente fui longe demais. Eu não estava planejando transar com ela ainda, na verdade, eu estava jogando com a ideia de deixá-la ir. Mas o seu pequeno modo de se insinuar. Eu não fui capaz de me segurar. Não com ela se tocando e me seduzindo pra caralho.

—Você está me ouvindo? —perguntou Vero.

Suas palavras cortaram minhas lembranças da noite anterior, forçando a minha alegria do dia seguinte a se dissolver rapidamente.

—O que você está falando? Eu a despedi. Eu não estou misturando tudo. —me levantando do sofá, eu estiquei o meu corpo nu e estralei meu pescoço.

—Você está fodendo com ela em seu escritório, durante o horário do clube. Esta é a segunda vez que isso aconteceu.
Você nunca trouxe suas meninas aqui antes. Esta merda tem que parar.

Abaixei-me e coloquei minhas calças.

—Este é o meu escritório, Veronica. Vou foder todas as mulheres do meu livro, na porra do meu escritório, a noite toda, se eu quiser. —eu procurei minha blusa e empurrei meus braços para ela.

—Desde quando você dá a mínima para onde e com quem eu transo? —eu perguntei, ao abotoar minha blusa.

—Desde que começou a deixar esta cadela afetar o seu trabalho, — disse ela, abrindo a porta e deixando entrar a música do andar de baixo. —Eu estou indo para baixo. Há pessoas esperando para vê-la quando estiver acabado de brincar aqui em cima.

A porta bateu atrás dela pela centésima vez esta semana. Mesmo que eu deveria ter ficado extremamente chateada por ter falado assim, eu não estava. Eu não conseguia pensar em nada, a não ser a forma como Jéssica me fazia sentir contra mim. Eu podia sentir o cheiro dela em volta de mim. Nunca tinha sido assim com qualquer outra mulher. Nunca.

Eu tinha sido a sua primeira. Mesmo que fosse para ser um momento especial para ela, eu não podia ajudar, mas sinto como se o momento fosse especial para mim, também. Por que eu? Por que ela se deu tão livremente a mim da forma como ela tinha? Dinheiro à parte, eu não tive que a empurrar para isso. Ela veio até mim, e isso me fez sentir totalmente diferente de alguma forma. E o que é pior, eu não odiei isso.

Porra, eu adorei.

Passei o resto da noite ficando mais bêbada do que um gambá na seção VIP. Engoli dose após dose, pendurada meus braços em torno dos ombros de algumas Novas Yorkinas mais quentes e ricas. Eu estava relaxado e realmente me divertindo na minha própria criação, como se eu não estivesse no trabalho.

Vero estava longe de ser encontrada e, pela primeira vez, eu estava feliz por não tê-la pairando sobre mim. As garçonetes tinham os drinques em andamento e não demorou muito para que fosse hora de fechar. De alguma forma, eu fiz isso lá em cima.

Na manhã seguinte eu acordei nua, com uma furiosa dureza, e uma dor de cabeça que doía muito para até mesmo abrir os olhos. Eu ainda podia sentir o cheiro dela em minha pele, e mesmo que eu soubesse que era uma péssima ideia, eu precisava vê-la novamente.

—Qual a cor que você gostaria? —perguntou a vendedora.

—Preto.

A cor dos seus cabelos a cor da luxúria e do pecado, e todas as outras coisas que eu pensei quando penso em Jessica. Nenhuma outra cor faria isso por ela. Claro, ela parecia incrível em qualquer coisa, mas o que ela estava fazendo comigo era proibido, e eu queria lembrar isso cada vez que meus olhos corressem pelo seu corpo.

Eu estava ao lado e vi enquanto a senhora envolvia a lingerie preta em uma caixa cheia de papel de seda. Eu não podia esperar para ver a calcinha de renda escondida nas ondas doces da bunda dela, ou o vê-la no sexy sutiã, apenas cobrindo os seus seios empinados. Eu estava indo para realmente desfrutar de tirar esses pedaços caros de rendas de seu corpo.

Eu tive os pacotes entregues a ela porque eu não me sentia bem fazendo isso sozinha. Entregar presentes em pessoa, não era algo que eu costumava fazer. Inferno, comprar presentes era algo completamente diferente, mas eu não vi Jessica gastar dinheiro levianamente em si mesma. Ela não era esse tipo de garota. Ela estava dando, e eu não podia esperar até que ela estivesse me dando o que eu queria de novo.

Por mais difícil que fosse eu fiquei longe dela. Era quase impossível, mas necessário. Passei minhas noites no clube e as tardes com o negócio e papelada. Sempre que Vero chegava, eu fingia estar o mais normal possível. Eu certamente não preciso de sua merda.

Meu impasse durou dois dias inteiros. Foi então que eu me encontrei dirigindo até o condomínio de Jessica. Eu queria vê-la e eu não dou a mínima para o que os outros tinham a dizer sobre isso. Eu estava em um semáforo, no centro da cidade, quando uma silhueta me chamou a atenção.

Jessica estava andando pela calçada com um sorriso feliz no rosto. Ela estava com um simples par de jeans, uma camiseta preta com o logotipo desbotado, e um par de sapatilhas. Tão simples, mas tão gloriosa ao mesmo tempo.

Sem saber que estava sendo observada, notei quão graciosa, e única ela se movia se destacando na multidão. Sua luz era muito brilhante para ser apenas mais uma.

Um homem sem-teto estava encostado contra a lateral de um prédio, roupas cheias de buraco pendiam de seu corpo, e sua mão segurava um copo à espera de algum trocado. Jessica sorriu para ele, antes de cavar em seus bolsos e soltar qualquer trocado que ela tinha no bolso.

Lá estava ela, sem saber que eu tinha reabastecido sua conta, e ela estava dando a um homem sem-teto seus últimos trocados. Isso falou muito sobre o tipo de pessoa que ela era, o tipo de pessoa que eu poderia ter amado quando eu era mais jovem. Mas isso foi quando a minha vida estava um caos total e eu pensei que as emoções eram importantes.

Os carros atrás de mim começaram a buzinar e eu fui para o seu lugar. Eu sabia que ia chegar lá antes dela, mas eu meio que gostei do elemento surpresa.

Ela saiu do elevador e em seu apartamento com um sorriso e uma mão cheia de papelada. Ela chutou seus sapatos e suspirou, abaixando e esfregando seus pés. Eu gostei do fato de que ela parecia tão confortável na casa que eu tinha dado a ela. Fez-me sentir realizada, como se eu tivesse feito mais na minha vida do que o clube.

Sem me perceber sentado em seu sofá, ela foi até a cozinha, colocou os papéis sobre o balcão, e encheu um copo com água. Sua garganta trabalhou para cima e para baixo enquanto ela engoliu todo o copo de água. Sua camisa se agarrava ao seu corpo, deixando-me ver cada inclinação e curva.

—Aproveitou o seu passeio? —eu perguntei.

Seus olhos se arregalaram, e ela cobriu a boca para impedir a água de voltar.

—Camila, você me assustou, — disse ela, colocando o copo vazio sobre o balcão.

—Eu não posso deixar de me perguntar se você estaria tão nervosa se você tivesse uma arma por aqui.

A lembrança do seu rosto pálido e do jeito que ela tremia depois que quase tínhamos sido assaltadas ficou gravada na minha mente. Eu não gosto da ideia dela andando pelas ruas de Nova York sem proteção.

—Eu não quero falar sobre armas de novo, — disse ela, dando a volta no balcão e no espaço onde eu estava sentado.

—Por que você estava andando? Você poderia ter chamado
Martin. —eu mudei de assunto.

—Está um dia lindo lá fora hoje e eu não precisava ir muito longe. É necessário fazer exercício de qualquer maneira.

—O que se passa com os papeis? —eu apontei para a pilha sobre o balcão.

—Esse é o meu plano de cinco anos. —ela deu um passo para trás para o balcão e pegou os papéis. Levantei-me e me aproximei dela. Tomando os papeis de sua mão, inclinei-me e fiz uma coisa que eu estava pensando em fazer desde que eu a vi andando pela calçada.

Eu a beijei.

Não era o beijo habitual duro e forte, mas um rápido que me satisfez até que eu pudesse conseguir mais.

Quando eu me afastei, a surpresa em seu rosto era cômica. Eu amei como eu tinha invertido o quadro sobre ela.

Antes, minha agressividade a chocou. E agora, sempre que eu fizesse algo normal ou mesmo remotamente agradável, ela não sabia como agir. Ela era definitivamente divertida para brincar.

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Oi oi gente🤗 como vcs estão 🤔 espero q vem ☺ bem vcs foram pacientes comigo e espero q vcs gostem das atualizações e que a fic esteja otima😏 bem até o prox Cap beijos na boca 😘😗 até o prox. Cap.

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