Diga Sim ao Soldado

NOVE

- Amiga abre essa porta - Vitória dizia esmurrando a porta do banheiro, depois de muita insistência eu abri a porta,  Vic já adentrou me abraçando apertado - Amiga não fica assim - Acariciou meus cabelos.  - 

- Eu lembrei de tudo - Disse entre soluços - Não sei mais, parece que vai passar anos e eu sempre vou me recordar e a dor vai ser sempre a mesma do dia em que aconteceu.  

- Pelo menos você tentou, no começo não vai ser fácil, mas logo você supera, eu acredito em você amiga e você também tem que acreditar, a felicidade que você estava dançando foi tão lindo de se ver, fazia tanto tempo que eu não solta daquele jeito. Você não pode desistir agora. 

- Ela não vai desistir - Lucas disse ao entrar no banheiro - Ela é forte e sabe disso.

- Eu não vou desistir - Falei em um sussurro tentando me convencer. 

Eles me deixaram em casa e depois voltaram para a festa, conversei com meu pai sobre o ocorrido e ele me aconselhou, depois me deitei na cama e dormir...

No dia seguinte Vic veio almoçar comigo e com meu pai, depois fomos para o quarto,  Vic me contou todos os babados da festa, disse que Caio ficou preocupado e perguntando o que havia acontecido, porém ela disse que se alguém tivesse que contar para ele, esse alguém seria eu.

(***)

Estava correndo de um lado para o outro pelo motivo de ter acordado atrasada, logo na segunda feira, tomei um banho rápido e me vesti com o uniforme que era uma calça social preta e uma blusa branca com detalhes vermelhos.

Assim que terminei de me arrumar, peguei minha bolsa e saí de casa começando a descer o morro em passos rápidos. Percebi alguns olhares sobre mim, porém não me importei. 

Olhei em volta e avistei Caio do outro lado da rua, ele parecia vir em minha direção, pensei que ele ia ficar com receio de mim por ter agido daquele modo, mas pelo jeito me enganei e querendo ou não eu devia pedir desculpas a ele pelo ocorrido, porém apenas diminui os passos esperando ele me alcançar.

- E ai morena - Disse ficando ao meu lado. - Está melhor? 

- Estou - Parei de caminhar me virando para ele, seus olhos tinham um brilho tão bonitos, respirei fundo até controlar a respiração que estava rápida devido a pressa. - Caio, me desculpa por ter te empurrado. - Ele sorriu de lado abaixando a cabeça e logo voltou a me olhar  com a cabeça erguida para o lado. 

- Não precisa se desculpar, acredito que você não teve intenção de me machucar - Ergueu as sobrancelhas fazendo sua testa ficar com rugas - Ou teve? - Perguntou me fazendo sorrir sem mostrar os dentes. 

- Não - Respondi, tirei meus olhos dos seus, para olhar a hora no relógio que havia em meu pulso - Tenho que ir, estou atrasada. 

- Quer que eu te leve? - Achei legal ele se oferecer, mas preferi não aceitar. 

- Obrigada mais não, vou de táxi mesmo. - Fitei seus olhos castanhos novamente. - Tchau - Sorri novamente sem mostrar os dentes. 

- Tchau - Piscou se afastando...

Assim que cheguei no serviço, bati ponto e fui direto para meu lugar deixando para guardar meus pertences depois. Hoje o movimento estava tranquilo no consultório. 

Na hora do almoço, fui ao girafas que não era tão longe da loja e comi um delicioso estrogonofe de camarão, assim que terminei de almoçar regressei ao serviço, liberando Vanessa para ir almoçar. 

Como era só nos duas, revezávamos o horário de almoço, eu sempre ia primeiro, pois Vanessa disse que tem o costume de almoçar tarde...

O resto do dia foi tranquilo, assim que cheguei em casa, me joguei na cama e tirei aquele cochilo, acordei por voltar das 19:00 horas e fui tomar um banho caprichado.

Assim que terminei de me vestir, desci para a cozinha para preparar a janta, meu pai ainda não tinha chegado, deve estava com bastante serviço para hoje.

Fiz macarrão com queijo e me sentei no sofá para esperar meu pai para jantarmos juntos.

Ele chegou por volta das 19:40 me deu um beijo e subiu para banhar, quando desceu nos jantamos conversando sobre nosso dia.

Quando estávamos quase terminando Vitória chegou gritando.

- Família.

-Chegou a doida - Meu pai disse sorrindo.

- Doida é pouco - Comentei o fazendo sorrir mais.

- Que horror, eu tiro um tempo de meu dia super lotado, para vir ver vocês e sou recebida desse modo - Fingiu chorar - Vou embora - Virou as costas e saiu.

Eu e meu pai ficamos sorrindo.

- Mentira, vou embora nada, vou é comer que o cheiro dessa comida está ótimo. - Vic voltou e se sentou a mesa se servindo.

Quando meu pai terminou de jantar, foi dormir, restando eu e Vic na cozinha.

- Amiga estava com saudade de ir a praia, faz um tempo que não vamos. - Disse Vic após limpar a boca.

- Nossa, faz um bom tempo - Disse me lembrando - Ai amiga. - Ia falar mas fui interrompida.

- Não começa com pensando negativo, qual o problema de por um biquíni? Pode parar, tu tem esse corpo lacrador, temos que pegar aquele bronzeado. Qual a graça de ir a praia e ficar de roupa?

- Tudo bem - Disse me dando por convencida.

- Se quer esquecer o que aconteceu, tem que viver normalmente. Não pode ficar se privando das coisas boas da vida.

- Verdade - Concordei.

- Amiga achei tão bonitinho o Caio preocupado contigo. - Me olhou

- Ele veio me perguntar se eu estava bem. - Falei me lembrando que havia o visto mais cedo.

- Ele está tão na sua - Apontou para mim.

- Amiga - Fechei meus olhos nela

- Não conte pro Lucas, mas ele é um gatinho - Piscou sorrindo.

- Ele é bonito - Dei de ombros.

Vic ficou comigo até Lucas vir buscá-la, quando deitei minha cabeça no travesseiro lembrei o que ela havia dito sobre Caio.

Mas também me lembrei da promessa que eu havia feito de não me envolver com nenhum homem envolvido do morro.

Pensar em relacionamento não é algo que eu goste muito, sei que vai ser difícil até eu me abrir e confiar em algum outro homem.

Só Deus para saber quando e com quem...

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Olá como estão? Estou com um pouco de dor de cabeça mais bem.

Espero que estejam gostando da história.

Amanhã estou com o dia livre e virei postar para vocês.

Mas, terão que comentar e votar em...

Cheiro 😚