Capítulo 6 - O pai falso

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Depois do beijo, aquilo ficaria na mente dos dois pra sempre. Ou por um longo prazo. O morador de rua, viu tudo. Ao ver Flávio e Manuela irem em sua direção, se emocionou. Não se sabe ao certo o porquê, mas sim, foi uma bela cena pra quem viu.
-Ei, senhor!! Você mesmo, nessa casa de papelão!
-Seja mais educada, Manuela.
-Fique quieto, Flávio!

O morador de rua, se chamava Romeu. Pobre homem, pobre vida. Não tinha família, não tinha nada. Só uma casa de papelão, que nem podia ser chamada de casa.
-Olá, crianças.- apresentou- se Romeu.
-Oi moço. Bom, meu nome é Manuela e este, é Flávio, meu irmão.
-Irmão?!- Em seguida, Manuela deu um pisão no pé de Flávio, para indicar que ele devia confirmar a história.
-Ah, sim! Somos irmãos!- disse Flávio.
-É...Moço, quero fazer-te uma pergunta.
-Pode fazer garotinha.- A pergunta tão repentina, acabou sendo inconveniente para Flávio.

-Você quer ser nosso pai?- Houve um silêncio na rua. Todos olharam e ouviram eles. Romeu olhou nos olhos de Manuela e uma lágrima escapou de repente. Manuela segurou no braço de Flávio e Romeu, e usou um de seus poderes para desaparecer dali: o teletransporte. Até que apareceram em outra rua da cidade.
-Ei Manuela!!! Você ficou maluca, é?! Além de pedir para um desconhecido ser nosso pai, usou seus poderes na frente de todos!! Agora, vai ser mais fácil o seu pai nos achar!
-Sim. -disse Romeu. -Eu sempre quis ser pai. Não sei se o que farei agora é certo. Mas algo me diz que acolher vocês, será um ato obrigatório. Eu vou ser pai de vocês. Meu grande sonho. Ser pai.- Flávio olhou para Romeu, assustado e ao mesmo tempo, surpreso com suas palavras.
-Ótimo!!! Chega de minuto emocionante! Temos um pai!! Precisamos agora de uma mãe!- gritou Manuela.

Flávio, Manuela e Romeu, foram caminhando atrás de um novo objetivo. Mas Flávio, agia estranho. Parece que sentia que algo estava por vir. Algo não tão bom.

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