Capítulo 15 - Destino (FINAL)

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Muitos anos se passaram. A relação de Flávio e Manuela foi aceita. Manu, foi adotada por Romeu. Arnaldo, teve um trágico fim. Faltando um ano para ir embora da prisão, foi assassinado durante uma rebelião dentro da prisão. Manuela nem fez questão de ir ao velório. Afinal, nem teve velório. Seu corpo, foi jogado de um penhasco. Manuela e Flávio se casaram tempos depois. Uma bela cerimônia. A igreja estava bem arrumada e organizada. Um aglomerado enorme de pessoas. Uma festa de arromba estava pronta. O padre, declarou.
-Eu vos declaro, marido e mulher. - todos bateram palmas, de pé. A emoção tomou conta de todos.
-Quanta emoção.- disse Will.
-Concordo. Hoje foi um dia muito emocionante.- responde Jessie.
-Não me refiro somente a este dia, querida.
-Ué? Então se refere a o quê?
-Nossas vidas. Todos esses anos foram repletos de emoções. Quem diria... Nosso filho tão intelectual, se tornou um homem tão entretido. Tão amigável. Até conseguiu uma esposa!
-Epa!Nosso filho não é tão horrível assim! Fale direito sobre ele.- reclamou Jessie. Romeu apareceu.
-Oi gente. Como vocês estão? Que dia incrível não acham? Nossos filhos se casando!
-É mesmo, cara. Não é melhor dizer...Que anos, hein?
-Hê hê!- disse Romeu, risonho. Os pombinhos apareceram.
-E aí sogrão?! E aí pai e mãe?! Beleza?- gritou Flávio, na maior euforia.
-Tô bem filhote. Já você...Bebeu bastante né? Nunca fez isso!- disse Jessie.
-Ah! É o dia deles! Deixe que aproveitem.- responde Romeu.
-Vem amor! Eu vi outros docinhos naquela mesa!- gritou Manuela.
-O tempo passa...Mas esses dois parecem crianças. Como sempre.- disse Will.
É...Crianças pra sempre. E lá foram os dois. Correndo pelo salão. Sorrindo. Festejando. Vivendo.

Mais anos se passaram. Manuela engravidou. Tiveram um lindo casal de crianças. Certo dia, estavam em um parque, fazendo um piquenique. As crianças corriam em volta deles.
-Amor...Você já parou pra pensar na vida?- perguntou Manuela.
-Claro que sim. E como penso.- responde Flávio.
-Tanta coisa aconteceu até aqui. Lembra de quando éramos adolescentes? E roubamos aquele famoso banco da cidade de Lindóia?
-Lembro sim. E seu pai estava morrendo de medo.- os dois caíram na grama de tanto rir. Começaram a olhar o céu. Estava azulado e de tamanha imensidão. Tão admirável e penetrante. Deram as mãos.
-Sabe Manu...Acho que vivemos a vida muito bem. Se morressemos hoje, acho que eu iria feliz. Por que tudo que a gente viveu, valeu a pena.
-Concordo. E tudo aconteceu nas suas férias.
-Não foram férias qualquer. Foram as férias da minha vida, amor. Da minha vida.
Os dois se viraram um para o outro e se beijaram, enquanto as crianças se jogaram em cima deles.
É...foram apenas inocentes férias de verão. Nada planejado.

                                          
                                                 FIM
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